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    LE UDIENZE


    Il Santo Padre Benedetto XVI ha ricevuto questa mattina in Udienza:

    Gruppo dei Vescovi della Conferenza Episcopale del Brasile (Regione NORDESTE V), in Visita "ad Limina Apostolorum";

    S.E. Mons. Franz-Peter Tebartz-van Elst, Vescovo di Limburg (Repubblica Federale di Germania).

    Il Papa riceve questa mattina in Udienza:

    Partecipanti alla Plenaria della Pontificia Accademia delle Scienze.





    RINUNCE E NOMINE




    RINUNCIA DEL VESCOVO DI SAINT-JEAN-LONGUEIL (CANADA) E NOMINA DEL SUCCESSORE

    Il Santo Padre Benedetto XVI ha accettato la rinuncia al governo pastorale della diocesi di Saint-Jean-Longueil (Canada), presentata da S.E. Mons. Jacques Berthelet, C.S.V., in conformità al can. 401 § 1 del Codice di Diritto Canonico.

    Il Papa ha nominato Vescovo di Saint-Jean-Longueil (Canada) S.E. Mons. Lionel Gendrom, P.S.S., finora Vescovo titolare di Tagase ed Ausiliare di Montréal (Canada).

    S.E. Mons. Lionel Gendrom, P.S.S.

    S.E. Mons. Lionel Gendrom, P.S.S., è nato il 13 giugno 1944 a Saint-Quintin, Provincia del Nouveau-Brunswick e dal 1955 si è trasferito a Montréal. Ha compiuto i suoi studi secondari presso il Collegio "L’Assomption" e, in seguito, gli studi teologici presso il "Grand Sèminaire de Montréal" conseguendo la Licenza in Teologia. E’ stato ordinato sacerdote il 31 maggio 1969 per l’arcidiocesi di Montréal.

    Dal 1969 al 1970 è stato Vicario Parrocchiale a Saint-Marc de Montréal e nel 1970 è entrato nell’Istituto dei Preti di Saint-Sulpice della Provincia Canadese. Nello stesso anno è partito per la Colombia dove ha insegnato teologia presso il Seminario di Manizales. Dal 1972 al 1975 è stato a Roma dove ha ottenuto il dottorato in Teologia presso la Pontificia Università Gregoriana Terminati gli studi a Roma è ritornato in Colombia e ha svolto l’incarico di professore di Teologia nel Seminario di Bogotá, restandovi per un anno (1976). Dal 1977 al 1981 è stato Direttore e Professore presso il "Grand Sèminaire de Montréal". Nel 1981 è stato nominato Direttore del Centro studenti della diocesi di Montréal e Professore di Teologia presso il Seminario, incarichi che ha ricoperto fino al 1987, quando, per un triennio, è stato Rettore del Seminario. Stesso incarico gli è stato affidato per gli anni 1990-94 nel Seminario di Edmonton in Alberta (Canada). Dal 1994, per due mandati, è stato Superiore della provincia Canadese dei Preti di Saint-Sulpice

    L’11 febbraio 2006 è stato eletto Vescovo ausiliare di Montréal e ordinato il successivo 25 marzo.



    NOMINA DEL VESCOVO DI SÉES (FRANCIA)

    Il Santo Padre ha nominato Vescovo di Sées (Francia) il Rev.do Jacques Habert, del clero di Créteil, finora Vicario Episcopale e Responsabile del Settore pastorale di Charenton-le-Pont/ Joinville-le-Pont/ Saint-Maurice, nella diocesi di Créteil.

    Rev.do Jacques Habert

    Il Rev.do Jacques Habert è nato il 2 maggio 1960 a Saint-Malo, nell’arcidiocesi di Rennes. Dopo gli studi secondari, ha ottenuto una licenza in diritto pubblico presso l’Università Paris XII. Nel 1984 è entrato al Séminaire des Carmes di Parigi e ha seguito la formazione filosofica e teologica presso l’Institut Catholique de Paris, concludendola con la licenza in Teologia.

    E’ stato ordinato sacerdote il 30 settembre 1989 per la diocesi di Créteil.

    Dal 1990 al 1997 ha svolto il ministero nella parrocchia Saint-Léonard de l’Haÿ-les-Roses come Vicario e come Cappellano dei licei del medesimo settore. Nel 1997-2002 è stato Vicario delle parrocchie Saint Pierre de Charenton, Saint Charles de Joinville e Saints Anges Gardiens de Saint-Maurice e nel 2002-2006 è stato Parroco in solidum delle parrocchie del settore pastorale di Charenton-le-Pont, Joinville-le-Pont, Saint-Maurice. Dal 2006 è Moderatore del medesimo Settore. Nello stesso tempo, dal 2006 è consigliere spirituale delle Associazioni Familiari Cattoliche e, dal settembre 2009, Responsabile del nascente seminario propedeutico di Créteil. Inoltre, dal febbraio 2010, è Vicario episcopale e membro del Consiglio episcopale.










    VISITA "AD LIMINA APOSTOLORUM" DEGLI ECC. MI PRESULI DELLA CONFERENZA EPISCOPALE DEL BRASILE (REGIONE NORDESTE V)


    Alle ore 11 di questa mattina, il Santo Padre Benedetto XVI incontra i Vescovi della Conferenza Episcopale del Brasile (Regione NORDESTE V), in occasione della Visita "ad Limina Apostolorum".

    Pubblichiamo di seguito il discorso che il Papa rivolge loro:


    DISCORSO DEL SANTO PADRE

    Amados Irmãos no Episcopado,

    «Para vós, graça e paz da parte de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo» (2 Cor 1, 2). Desejo antes de mais nada agradecer a Deus pelo vosso zelo e dedicação a Cristo e à sua Igreja que cresce no Regional Nordeste 5. Lendo os vossos relatórios, pude dar-me conta dos problemas de caráter religioso e pastoral, além de humano e social, com que deveis medir-vos diariamente. O quadro geral tem as suas sombras, mas tem também sinais de esperança, como Dom Xavier Gilles acaba de referir na saudação que me dirigiu, dando livre curso aos sentimentos de todos vós e do vosso povo.

    Como sabeis, nos sucessivos encontros com os diversos Regionais da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, tenho sublinhado diferentes âmbitos e respectivos agentes do multiforme serviço evangelizador e pastoral da Igreja na vossa grande Nação; hoje, gostaria de falar-vos de como a Igreja, na sua missão de fecundar e fermentar a sociedade humana com o Evangelho, ensina ao homem a sua dignidade de filho de Deus e a sua vocação à união com todos os homens, das quais decorrem as exigências da justiça e da paz social, conforme à sabedoria divina.

    Entretanto, o dever imediato de trabalhar por uma ordem social justa é próprio dos fiéis leigos, que, como cidadãos livres e responsáveis, se empenham em contribuir para a reta configuração da vida social, no respeito da sua legítima autonomia e da ordem moral natural (cf. Deus caritas est, 29). O vosso dever como Bispos junto com o vosso clero é mediato, enquanto vos compete contribuir para a purificação da razão e o despertar das forças morais necessárias para a construção de uma sociedade justa e fraterna. Quando, porém, os direitos fundamentais da pessoa ou a salvação das almas o exigirem, os pastores têm o grave dever de emitir um juízo moral, mesmo em matérias políticas (cf. GS, 76).

    Ao formular esses juízos, os pastores devem levar em conta o valor absoluto daqueles preceitos morais negativos que declaram moralmente inaceitável a escolha de uma determinada ação intrinsecamente má e incompatível com a dignidade da pessoa; tal escolha não pode ser resgatada pela bondade de qualquer fim, intenção, conseqüência ou circunstância. Portanto, seria totalmente falsa e ilusória qualquer defesa dos direitos humanos políticos, econômicos e sociais que não compreendesse a enérgica defesa do direito à vida desde a concepção até à morte natural (cf. Christifideles laici, 38). Além disso no quadro do empenho pelos mais fracos e os mais indefesos, quem é mais inerme que um nascituro ou um doente em estado vegetativo ou terminal? Quando os projetos políticos contemplam, aberta ou veladamente, a descriminalização do aborto ou da eutanásia, o ideal democrático – que só é verdadeiramente tal quando reconhece e tutela a dignidade de toda a pessoa humana – é atraiçoado nas suas bases (cf. Evangelium vitæ, 74). Portanto, caros Irmãos no episcopado, ao defender a vida «não devemos temer a oposição e a impopularidade, recusando qualquer compromisso e ambigüidade que nos conformem com a mentalidade deste mundo» (ibidem, 82).

    Além disso, para melhor ajudar os leigos a viverem o seu empenho cristão e sócio-político de um modo unitário e coerente, é «necessária — como vos disse em Aparecida — uma catequese social e uma adequada formação na doutrina social da Igreja, sendo muito útil para isso o "Compêndio da Doutrina Social da Igreja"» (Discurso inaugural da V Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e do Caribe, 3). Isto significa também que em determinadas ocasiões, os pastores devem mesmo lembrar a todos os cidadãos o direito, que é também um dever, de usar livremente o próprio voto para a promoção do bem comum (cf. GS, 75).

    Neste ponto, política e fé se tocam. A fé tem, sem dúvida, a sua natureza específica de encontro com o Deus vivo que abre novos horizontes muito para além do âmbito próprio da razão. «Com efeito, sem a correção oferecida pela religião até a razão pode tornar-se vítima de ambigüidades, como acontece quando ela é manipulada pela ideologia, ou então aplicada de uma maneira parcial, sem ter em consideração plenamente a dignidade da pessoa humana» (Viagem Apostólica ao Reino Unido, Encontro com as autoridades civis, 17-IX-2010).

    Só respeitando, promovendo e ensinando incansavelmente a natureza transcendente da pessoa humana é que uma sociedade pode ser construída. Assim, Deus deve «encontrar lugar também na esfera pública, nomeadamente nas dimensões cultural, social, econômica e particularmente política» (Caritas in veritate, 56). Por isso, amados Irmãos, uno a minha voz à vossa num vivo apelo a favor da educação religiosa, e mais concretamente do ensino confessional e plural da religião, na escola pública do Estado.

    Queria ainda recordar que a presença de símbolos religiosos na vida pública é ao mesmo tempo lembrança da transcendência do homem e garantia do seu respeito. Eles têm um valor particular, no caso do Brasil, em que a religião católica é parte integral da sua história. Como não pensar neste momento na imagem de Jesus Cristo com os braços estendidos sobre a baía da Guanabara que representa a hospitalidade e o amor com que o Brasil sempre soube abrir seus braços a homens e mulheres perseguidos e necessitados provenientes de todo o mundo? Foi nessa presença de Jesus na vida brasileira, que eles se integraram harmonicamente na sociedade, contribuindo ao enriquecimento da cultura, ao crescimento econômico e ao espírito de solidariedade e liberdade.

    Amados Irmãos, confio à Mãe de Deus e nossa, invocada no Brasil sob o título de Nossa Senhora Aparecida, estes anseios da Igreja Católica na Terra de Santa Cruz e de todos os homens de boa vontade em defesa dos valores da vida humana e da sua transcendência, junto com as alegrias e esperanças, as tristezas e angústias dos homens e mulheres da província eclesiástica do Maranhão. A todos coloco sob a Sua materna proteção, e a vós e ao vosso povo concedo a minha Benção Apostólica.









    UDIENZA AI PARTECIPANTI ALLA PLENARIA DELLA PONTIFICIA ACCADEMIA DELLE SCIENZE


    Alle ore 12 di questa mattina, nella Sala Clementina del Palazzo Apostolico Vaticano, il Santo Padre Benedetto XVI riceve in Udienza i partecipanti all’Assemblea Plenaria del Pontificio Consiglio delle Scienze e rivolge loro il discorso che riportiamo di seguito:


    DISCORSO DEL SANTO PADRE

    Eminence,

    Your Excellencies,

    Distinguished Ladies and Gentlemen,

    I am pleased to greet all of you here present as the Pontifical Academy of Sciences gathers for its Plenary Session to reflect on ‘The Scientific Legacy of the Twentieth Century’. I greet in particular Cardinal Cottier and Bishop Marcelo Sánchez Sorondo, Chancellor of the Academy. I also take this opportunity to recall with affection and gratitude Professor Nicola Cabibbo, your late president. With all of you, I prayerfully commend his noble soul to God the Father of mercies.

    The history of science in the twentieth century is one of undoubted achievement and major advances. Unfortunately, the popular image of twentieth-century science is sometimes characterized otherwise, in two extreme ways. On the one hand, science is posited by some as a panacea, proven by its notable achievements in the last century. Its innumerable advances were in fact so encompassing and so rapid that they seemed to confirm the point of view that science might answer all the questions of man’s existence, and even of his highest aspirations. On the other hand, there are those who fear science and who distance themselves from it, because of sobering developments such as the construction and terrifying use of nuclear weapons.

    Science, of course, is not defined by either of these extremes. Its task was and remains a patient yet passionate search for the truth about the cosmos, about nature and about the constitution of the human being. In this search, there have been many successes and failures, triumphs and setbacks. The developments of science have been both uplifting, as when the complexity of nature and its phenomena were discovered, exceeding our expectations, and humbling, as when some of the theories we thought might have explained those phenomena once and for all proved only partial. Nonetheless, even provisional results constitute a real contribution to unveiling the correspondence between the intellect and natural realities, on which later generations may build further.

    The progress made in scientific knowledge in the twentieth century, in all its various disciplines, has led to a greatly improved awareness of the place that man and this planet occupy in the universe. In all sciences, the common denominator continues to be the notion of experimentation as an organized method for observing nature. In the last century, man certainly made more progress – if not always in his knowledge of himself and of God, then certainly in his knowledge of the macro- and microcosms – than in the entire previous history of humanity. Our meeting here today, dear friends, is a proof of the Church’s esteem for ongoing scientific research and of her gratitude for scientific endeavour, which she both encourages and benefits from. In our own day, scientists themselves appreciate more and more the need to be open to philosophy if they are to discover the logical and epistemological foundation for their methodology and their conclusions. For her part, the Church is convinced that scientific activity ultimately benefits from the recognition of man’s spiritual dimension and his quest for ultimate answers that allow for the acknowledgement of a world existing independently from us, which we do not fully understand and which we can only comprehend in so far as we grasp its inherent logic. Scientists do not create the world; they learn about it and attempt to imitate it, following the laws and intelligibility that nature manifests to us. The scientist’s experience as a human being is therefore that of perceiving a constant, a law, a logos that he has not created but that he has instead observed: in fact, it leads us to admit the existence of an all-powerful Reason, which is other than that of man, and which sustains the world. This is the meeting point between the natural sciences and religion. As a result, science becomes a place of dialogue, a meeting between man and nature and, potentially, even between man and his Creator.

    As we look to the twenty-first century, I would like to propose two thoughts for further reflection. First, as increasing accomplishments of the sciences deepen our wonder of the complexity of nature, the need for an interdisciplinary approach tied with philosophical reflection leading to a synthesis is more and more perceived. Secondly, scientific achievement in this new century should always be informed by the imperatives of fraternity and peace, helping to solve the great problems of humanity, and directing everyone’s efforts towards the true good of man and the integral development of the peoples of the world. The positive outcome of twenty-first century science will surely depend in large measure on the scientist’s ability to search for truth and apply discoveries in a way that goes hand in hand with the search for what is just and good. With these sentiments, I invite you to direct your gaze toward Christ, the uncreated Wisdom, and to recognize in His face, the Logos of the Creator of all things. Renewing my good wishes for your work, I willingly impart my Apostolic Blessing.




















    AVVISI DELL’UFFICIO DELLE CELEBRAZIONI LITURGICHE




    CAPPELLA PAPALE IN SUFFRAGIO DEI CARDINALI E DEI VESCOVI DEFUNTI NEL CORSO DELL’ANNO

    Giovedì 4 novembre 2010, alle ore 11.30, il Santo Padre Benedetto XVI presiederà, all’Altare della Cattedra della Basilica Vaticana, la concelebrazione della Santa Messa con i Membri del Collegio Cardinalizio, in suffragio dei Cardinali e Vescovi defunti durante l’anno.



    CONCISTORO ORDINARIO PUBBLICO PER LA CREAZIONE DI NUOVI CARDINALI

    Sabato 20 novembre 2010, alle ore 10.30, nella Basilica di San Pietro, il Santo Padre Benedetto XVI terrà Concistoro Ordinario Pubblico per la creazione di ventiquattro nuovi Cardinali.

    * * *

    Le visite di cortesia ai nuovi Cardinali si svolgeranno sabato 20 novembre, dalle ore 16.30 alle ore 18.30, nei luoghi che saranno a suo tempo indicati.

    * * *

    Domenica 21 novembre, Solennità di Nostro Signore Gesù Cristo Re dell’Universo, alle ore 9.30, nella Basilica di San Pietro, avrà luogo la solenne Cappella Papale, durante la quale il Santo Padre presiederà la concelebrazione della Santa Messa con i nuovi Cardinali ai quali consegnerà l’Anello cardinalizio.

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    Il Papa ai partecipanti alla plenaria del Pontificio Consiglio delle Scienze

    CITTA' DEL VATICANO, giovedì, 28 ottobre 2010 (ZENIT.org).- Riportiamo il testo del discorso pronunciato da Benedetto XVI questo giovedì mattina ricevendo in udienza i partecipanti all’Assemblea Plenaria del Pontificio Consiglio delle Scienze.

    * * *

    Eccellenze,

    distinti Signore e Signori,

    sono lieto di salutare tutti voi qui presenti mentre la Pontificia Accademia delle Scienze si riunisce per la sua Sessione Plenaria per riflettere su «L'eredità scientifica del ventesimo secolo». Saluto in particolare il Vescovo Marcelo Sánchez Sorondo, Cancelliere dell'Accademia. Colgo questa opportunità anche per ricordare con affetto e gratitudine il professor Nicola Cabibbo, vostro compianto Presidente. Con tutti voi, nella preghiera, affido a Dio, Padre di misericordia, la sua nobile anima.

    La storia della scienza nel ventesimo secolo è segnata da indubbie conquiste e da grandi progressi. Purtroppo, l'immagine popolare della scienza del ventesimo secolo è a volte caratterizzata in modo diverso, da due elementi estremi. Da una parte, la scienza è considerata da alcuni come una panacea, dimostrata dai risultati importanti del secolo scorso. In effetti, i suoi innumerevoli progressi sono stati talmente determinanti e rapidi da avvalorare, apparentemente, l'opinione secondo la quale la scienza potrebbe rispondere a tutte le domande circa l'esistenza dell'uomo e anche alle sue più alte aspirazioni. Dall'altra parte, ci sono quelli che temono la scienza e se ne allontanano a causa di certi sviluppi che fanno riflettere, come la costruzione e l'uso terrificante di armi nucleari.

    Di certo, la scienza non è definita da nessuno di questi due estremi. Il suo compito era e rimane una ricerca paziente e tuttavia appassionata della verità sul cosmo, sulla natura e sulla costituzione dell'essere umano. In questa ricerca ci sono stati molti successi e molti fallimenti, trionfi e battute d'arresto. Gli sviluppi della scienza sono stati sia esaltanti, come quando sono stati scoperti la complessità della natura e i suoi fenomeni, al di là delle nostre aspettative; sia umilianti, come quando alcune delle teorie che avrebbero dovuto spiegare tali fenomeni una volta per tutte si sono dimostrate soltanto parziali. Ciò non di meno, anche i risultati provvisori sono un contributo reale alla scoperta della corrispondenza fra l'intelletto e le realtà naturali, su cui le generazioni successive potranno basarsi per un ulteriore sviluppo.

    I progressi compiuti nella conoscenza scientifica nel ventesimo secolo, in tutte le sue varie discipline, hanno portato a una consapevolezza decisamente maggiore del posto che l'uomo e questo pianeta occupano nell'universo. In tutte le scienze, il denominatore comune continua a essere la nozione di sperimentazione come metodo organizzato per osservare la natura. L'uomo ha compiuto più progressi nello scorso secolo che in tutta la storia precedente dell'umanità, sebbene non sempre nella conoscenza di sé e di Dio, ma di certo in quella dei macro e dei microcosmi. Cari amici, il nostro incontro qui, oggi, è una dimostrazione della stima della Chiesa per la costante ricerca scientifica e della sua gratitudine per lo sforzo scientifico che incoraggia e di cui beneficia. Ai giorni nostri, gli scienziati stessi apprezzano sempre di più la necessità di essere aperti alla filosofia per scoprire il fondamento logico ed epistemologico della loro metodologia e delle loro conclusioni. Da parte sua la Chiesa è convinta del fatto che l'attività scientifica benefici decisamente della consapevolezza della dimensione spirituale dell'uomo e della sua ricerca di risposte definitive, che permettano il riconoscimento di un mondo che esiste indipendentemente da noi, che non comprendiamo del tutto e che possiamo comprendere soltanto nella misura in cui riusciamo ad afferrare la sua logica intrinseca. Gli scienziati non creano il mondo. Essi apprendono delle cose su di esso e tentano di imitarlo, seguendo le leggi e l'intelligibilità che la natura ci manifesta. L'esperienza dello scienziato quale essere umano è quindi quella di percepire una costante, una legge, un logos che egli non ha creato, ma che ha invece osservato: infatti, esso ci porta ad ammettere l'esistenza di una Ragione onnipotente, che è altro da quella dell'uomo e che sostiene il mondo. Questo è il punto di incontro fra le scienze naturali e la religione. Di conseguenza, la scienza diventa un luogo di dialogo, un incontro fra l'uomo e la natura e, potenzialmente, anche fra l'uomo e il suo Creatore.

    Mentre guardiamo al ventunesimo secolo, vorrei offrirvi due pensieri su cui riflettere ulteriormente. In primo luogo, nel momento in cui i risultati sempre più numerosi delle scienze accrescono la nostra meraviglia di fronte alla complessità della natura, viene sempre più percepita la necessità di un approccio interdisciplinare legato a una riflessione filosofica che porti a una sintesi. In secondo luogo, in questo nuovo secolo, la conquista scientifica dovrebbe essere sempre informata dagli imperativi di fraternità e di pace, contribuendo a risolvere i grandi problemi dell'umanità, e orientando gli sforzi di ognuno verso l'autentico bene dell'uomo e lo sviluppo integrale dei popoli del mondo. L'esito positivo della scienza del ventunesimo secolo dipenderà sicuramente, in grande misura, dalla capacità dello scienziato di ricercare la verità e di applicare le scoperte in un modo che va di pari passo con la ricerca di ciò che è giusto e buono.

    Con questi sentimenti, vi invito a fissare il vostro sguardo su Cristo, la Sapienza non creata, e a riconoscere nel suo volto il Logos del Creatore di tutte le cose. Rinnovando i miei buoni auspici per la vostra opera, imparto volentieri la mia Benedizione Apostolica.

    [© Copyright 2010 - Libreria Editrice Vaticana, traduzione a cura de “L'Osservatore Romano”]












    Discorso del Papa ai Vescovi brasiliani della Regione Nordeste V

    CITTA' DEL VATICANO, giovedì, 28 ottobre 2010 (ZENIT.org).- Pubblichiamo di seguito il testo del discorso pronunciato questo giovedì mattina da Papa Benedetto XVI ricevendo in udienza i Vescovi brasiliani della Regione Nordeste V in occasione della loro visita “ad Limina Apostolorum”.

    * * *

    Amati Fratelli nell'Episcopato,

    «Grazia a voi e pace da Dio Padre nostro e dal Signore Gesù Cristo» (2 Cor 1, 2). Desidero innanzitutto ringraziare Dio per il vostro zelo e per la vostra dedizione a Cristo e alla sua Chiesa che cresce nel regionale Nordeste 5. Leggendo le vostre relazioni, mi sono potuto rendere conto dei problemi di carattere religioso e pastorale, oltre che umano e sociale, con i quali vi dovete misurare ogni giorno. Il quadro generale ha le sue ombre, ma ha anche segnali di speranza, come monsignor Xavier Gilles mi ha appena riferito nel saluto che mi ha rivolto, esprimendo i sentimenti di tutti voi e del vostro popolo.

    Come sapete, negli incontri che si sono succeduti con i diversi regionali della Conferenza nazionale dei vescovi del Brasile, ho sottolineato i diversi ambiti e i rispettivi fattori del multiforme servizio evangelizzatore e pastorale della Chiesa nella vostra grande nazione; oggi vorrei parlarvi di come la Chiesa, nella sua missione di fecondare e di fermentare la società umana con il Vangelo, insegna all'uomo la sua dignità di figlio di Dio e la sua vocazione all'unione con tutti gli uomini, dalle quali derivano le esigenze della giustizia e della pace sociale, conformemente alla sapienza divina.

    Intanto il dovere immediato di lavorare per un ordine sociale giusto è proprio dei fedeli laici che, come cittadini liberi e responsabili, s'impegnano a contribuire alla retta configurazione della vita sociale, nel rispetto della sua legittima autonomia e dell'ordine morale naturale (cfr. Deus caritas est, n. 29). Il vostro dovere come vescovi, insieme al vostro clero, è mediato, in quanto vi compete contribuire alla purificazione della ragione e al risveglio delle forze morali necessarie per la costruzione di una società giusta e fraterna. Quando però i diritti fondamentali della persona o la salvezza delle anime lo esigono, i pastori hanno il grave dovere di emettere un giudizio morale, persino in materia politica (cfr. Gaudium et spes, n. 76).

    Nel formulare tali giudizi, i pastori devono tener conto del valore assoluto di quei precetti morali negativi che dichiarano moralmente inaccettabile la scelta di una determinata azione intrinsecamente cattiva e incompatibile con la dignità della persona; tale scelta non può essere riscattata dalla bontà di nessun fine, intenzione, conseguenza o circostanza. Pertanto, sarebbe totalmente falsa e illusoria qualsiasi difesa dei diritti umani politici, economici e sociali che non comprendesse l'energica difesa del diritto alla vita dal concepimento fino alla morte naturale (cfr. Christifideles laici, n. 38). Inoltre, nel quadro dell'impegno a favore dei più deboli e dei più indifesi, chi è più inerme di un nascituro o di un malato in stato vegetativo o terminale? Quando i progetti politici contemplano, in modo aperto o velato, la decriminalizzazione dell'aborto o dell'eutanasia, l'ideale democratico — che è solo veramente tale quando riconosce e tutela la dignità di ogni persona umana — è tradito nei suoi fondamenti (cfr. Evangelium vitae, n. 74). Pertanto, cari Fratelli nell'episcopato, nel difendere la vita «non dobbiamo temere l'ostilità e l'impopolarità, rifiutando ogni compromesso ed ambiguità, che ci conformerebbero alla mentalità di questo mondo» (Ibidem, n. 82).

    Inoltre, per aiutare meglio i laici a vivere il loro impegno cristiano e socio-politico in modo unitario e coerente, come vi ho detto ad Aparecida, è «necessaria una catechesi sociale ed un'adeguata formazione nella dottrina sociale della Chiesa, essendo molto utile per ciò il Compendio della dottrina sociale della Chiesa». (Discorso inaugurale della V Conferenza generale dell'Episcopato dell'America Latina e dei Caraibi, n. 3). Ciò significa anche che, in determinate occasioni, i pastori devono pure ricordare a tutti i cittadini il diritto, che è anche un dovere, di usare liberamente il proprio voto per la promozione del bene comune (cfr. Gaudium et spes, n. 75).

    Su questo punto politica e fede s'incontrano. La fede ha, senza dubbio, la natura specifica di incontro con il Dio vivo che apre nuovi orizzonti ben al di là dell'ambito proprio della ragione. «Senza il correttivo fornito dalla religione, infatti, anche la ragione può cadere preda di distorsioni, come avviene quando essa è manipolata dall'ideologia, o applicata in un modo parziale, che non tiene conto pienamente della dignità della persona umana» (Viaggio apostolico nel Regno Unito, Incontro con le autorità civili, 17- ix- 2010).

    Una società può essere costruita solo rispettando, promuovendo e insegnando instancabilmente la natura trascendente della persona umana. Così Dio deve trovare «un posto anche nella sfera pubblica, con specifico riferimento alle dimensioni culturale, sociale, economica e, in particolare, politica» (Caritas in veritate, n. 56). Per questo, amati Fratelli, unisco la mia voce alla vostra in un vivo appello a favore dell'educazione religiosa, e più concretamente dell'insegnamento confessionale e diversificato della religione, nella scuola pubblica statale.

    Desidero anche ricordare che la presenza di simboli religiosi nella vita pubblica è allo stesso tempo memoria della trascendenza dell'uomo e garanzia del suo rispetto. Essi hanno un valore particolare nel caso del Brasile, dove la religione cattolica è parte integrante della sua storia. Come non pensare in questo momento all'immagine di Gesù Cristo con le braccia tese sulla baia di Guanabara che rappresenta l'ospitalità e l'amore con cui il Brasile ha sempre saputo aprire le sue braccia a uomini e donne perseguitati e bisognosi provenienti da tutto il mondo? Fu in questa presenza di Gesù nella vita brasiliana che essi s'integrarono armoniosamente nella società, contribuendo all'arricchimento della cultura, alla crescita economica e allo spirito di solidarietà e di libertà.

    Amati Fratelli, affido alla Madre di Dio e Nostra Madre, invocata in Brasile con il titolo di Nossa Senhora Aparecida, questi auspici della Chiesa cattolica nella Terra della Santa Croce e di tutti gli uomini di buona volontà in difesa dei valori della vita umana e della sua trascendenza, insieme con le gioie e le speranze, le tristezze e le angosce degli uomini e delle donne della provincia ecclesiastica del Maranhão. Affido tutti alla Sua materna protezione e a voi e al vostro popolo imparto la mia benedizione apostolica.

    [© Copyright 2010 - Libreria Editrice Vaticana, traduzione a cura de “L'Osservatore Romano”]

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    LE UDIENZE


    Il Santo Padre Benedetto XVI ha ricevuto questa mattina in Udienza:

    S.E. Mons. Giovanni d’Aniello, Arcivescovo tit. di Paestum, Nunzio Apostolico in Thailandia e in Cambogia, e Delegato Apostolico in Myanmar ed in Laos;

    Ecc.mi Presuli della Conferenza Episcopale del Brasile (Regione NORDESTE V), in Visita "ad Limina Apostolorum":

    S.E. Mons. José Belisário da Silva, O.F.M., Arcivescovo di São Luís do Maranhão;

    S.E. Mons. Armando Martín Gutiérrez, F.A.M., Vescovo di Bacabal
    con il Vescovo emerito: S.E. Mons. Henrique Johanpötter, O.F.M.;

    S.E. Mons. Enemésio Ângelo Lazzaris, F.D.P., Vescovo di Balsas;

    S.E. Mons. José Valdeci Santos Mendes, Vescovo di Brejo;

    S.E. Mons. José Soares Filho, O.F.M. Cap., Vescovo di Carolina;

    S.E. Mons. Vilson Basso, S.C.I., Vescovo di Caxias do Maranhão
    con il Vescovo emerito: S.E. Mons. Luís D’Andrea, O.F.M. Conv.



    Il Papa riceve questa mattina in Udienza:
    Partecipanti al Congresso promosso dalla Fondazione "Romano Guardini" di Berlino.



    Il Santo Padre riceve questo pomeriggio in Udienza:

    Ecc.mi Presuli della Conferenza Episcopale del Brasile (Regione NORDESTE V), in Visita "ad Limina Apostolorum":

    S.E. Mons. Sebastião Bandeira Coêlho, Vescovo Coadiutore di Coroatá;

    S.E. Mons. Franco Cuter, O.F.M. Cap., Vescovo di Grajaú
    con il Vescovo emerito: S.E. Mons. Serafino Faustino Spreafico, O.F.M. Cap.;

    S.E. Mons. Gilberto Pastana de Oliveira, Vescovo di Imperatriz;

    S.E. Mons. Ricardo Pedro Paglia, M.S.C., Vescovo di Pinheiro;

    S.E. Mons. Xavier Gilles de Maupeou d’Ableiges, Vescovo emerito di Viana;

    S.E. Mons. Carlo Ellena, Vescovo di Zé Doca.

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    00 30/10/2010 15:21
    LE UDIENZE


    Il Santo Padre Benedetto XVI riceve questa mattina in Udienza:

    Em.mo Card. Marc Ouellet, P.S.S., Prefetto della Congregazione per i Vescovi;

    S.E. Mons. Luis Francisco Ladaria Ferrer, S.I., Arcivescovo tit. di Tibica, Segretario della Congregazione per la Dottrina della Fede.









    RINUNCE E NOMINE




    RINUNCIA DEL VICARIO APOSTOLICO DI SAN MIGUEL DI SUCUMBÍOS (ECUADOR)

    Il Santo Padre Benedetto XVI ha accettato la rinuncia al governo pastorale del Vicariato Apostolico di San Miguel di Sucumbíos (Ecuador), presentata da S.E. Mons. Gonzalo López Marañón, O.C.D., in conformità al can. 401 § 1 del Codice di Diritto Canonico.



    RINUNCIA DEL VESCOVO DI RUYIGI (BURUNDI) E NOMINA DEL SUCCESSORE

    Il Santo Padre ha accettato la rinuncia al governo pastorale della diocesi di Ruyigi (Burundi), presentata da S.E. Mons. Joseph Nduhirubusa, in conformità al can. 401 § 2 del Codice di Diritto Canonico.

    Il Papa ha nominato Vescovo della diocesi di Ruyigi (Burundi) il Rev.do Mons. Blaise Nzeyimana, Vicario Generale dell’arcidiocesi di Gitega.

    Rev.do Mons. Blaise Nzeyimana

    Il Rev.do Mons. Blaise Nzeyimana è nato a Butare il 2 giugno 1954. Dopo aver frequentato la scuola primaria, è entrato nel Seminario Minore di Rusengo (1967-1968), continuando successivamente la sua formazione prima nel Seminario Minore di Mugera (1968-1972) e poi in quello di Bujumbura (1972-1974). Ha completato gli studi di Filosofia e Teologia nel Seminario Maggiore di Bujumbura (1974-1981), prima di essere ordinato sacerdote il 25 luglio 1981, incardinato nell’arcidiocesi di Gitega.

    Dopo l’ordinazione sacerdotale ha svolto i seguenti incarichi: 1981-1985: Vicario parrocchiale a Mugera; 1985-1987: Parroco di Gitega; 1987-1991: Cancelliere e Vicario Episcopale della regione pastorale di Gitega; 1991-1992: Economo Generale aggiunto; 1992-1994: Studi per il Master in Teologia e Certificato Superiore di Pedagogia Religiosa presso l’Università di Strasburgo (Francia); 1994-1997: Vicario Generale dell’arcidiocesi di Gitega, Segretario dell’Ufficio Pastorale e Segretario dell’Ufficio per lo Sviluppo; 1997-2007: Segretario Generale della CED-Caritas Nazionale; 2007-2008: Segretario dell’Ufficio Pastorale; dal 2008: Vicario Generale di Gitega (per la seconda volta).

    È stato anche Presidente dell’Unione del Clero incardinato. Attualmente è anche Segretario della Commissione Episcopale per il Clero e fa parte della Commissione mista della Chiesa della Tanzania e del Burundi per l’accoglienza dei sinistrati e dei rifugiati.



    NOMINA DELL’AUSILIARE DI KHARKIV-ZAPORIZHIA DEI LATINI (UCRAINA)

    Il Papa ha nominato Vescovo Ausiliare della diocesi di Kharkiv-Zaporizhia dei Latini (Ucraina) il Rev.do Mons. Jan Sobiło, finora Vicario Generale della medesima Circoscrizione ecclesiastica, assegnandogli la sede titolare vescovile di Bulna.

    Rev.do Mons. Jan Sobiło

    Il Rev.do Mons. Jan Sobiło è nato il 31 maggio 1962 a Nisko (Polonia). Dopo gli studi ecclesiastici presso il Seminario Arcivescovile di Lublino, è stato ordinato sacerdote il 13 dicembre 1986.

    Dopo l’ordinazione sacerdotale ha ricoperto diversi incarichi pastorali, prima in Polonia: Vice Parroco a Struža (1986-1990) e Vice-Parroco a Zamość (1990-1991), dove è stato anche insegnante di religione; poi in Ucraina: Parroco di Manykievci nella diocesi di Kamyanets-Podilskyi (1991-1993). Dal 1993 è Parroco a Zaporizhia e Vicario Generale della diocesi di Kharkiv-Zaporizhia.

    Conosce il polacco, il russo, l’ucraino, l’italiano e il tedesco.











    INCONTRO DEL SANTO PADRE BENEDETTO XVI CON I RAGAZZI E I GIOVANISSIMI DELL’AZIONE CATTOLICA ITALIANA


    Alle ore 11 di questa mattina, in Piazza San Pietro, il Santo Padre Benedetto XVI incontra i ragazzi e i giovani dell’Azione Cattolica Italiana. Sono circa 50.000 i ragazzi dell’A.C.R. e 30.000 i giovanissimi, convenuti a Roma per l’iniziativa di festa e di riflessione dal titolo: "C’è di più. Diventiamo grandi insieme".








    INCONTRO DEL SANTO PADRE BENEDETTO XVI CON I RAGAZZI E I GIOVANISSIMI DELL’AZIONE CATTOLICA ITALIANA


    Alle ore 11 di questa mattina, in Piazza San Pietro, il Santo Padre Benedetto XVI ha incontrato i ragazzi e i giovani dell’Azione Cattolica Italiana -almeno 50.000 bambini e ragazzi dell’A.C.R. e 50.000 giovanissimi - convenuti a Roma per l’iniziativa di festa e di riflessione dal titolo: "C’è di più. Diventiamo grandi insieme".

    Nel corso dell’incontro il Papa ha risposto a tre domande, poste rispettivamente da un ragazzo dell’A.C.R., da una giovanissima e da un’educatrice:

    Pubblichiamo di seguito il testo del dialogo del Santo Padre con i partecipanti all’incontro:

    Domanda del ragazzo ACR: Santità, cosa significa diventare grandi? Cosa devo fare per crescere seguendo Gesù? Chi mi può aiutare?

    Santo Padre:

    Cari amici dell’Azione Cattolica Italiana!

    Sono semplicemente felice di incontrarvi, così numerosi, su questa bella piazza e vi ringrazio di cuore per il vostro affetto! A tutti voi rivolgo il mio benvenuto. In particolare, saluto il Presidente, Prof. Franco Miano, e l’Assistente Generale, Mons. Domenico Sigalini. Saluto il Cardinale Angelo Bagnasco, Presidente della Conferenza Episcopale Italiana, gli altri Vescovi, i sacerdoti, gli educatori e i genitori che hanno voluto accompagnarvi.

    Allora, ho ascoltato la domanda del ragazzo dell’ACR. La risposta più bella su che cosa significa diventare grandi la portate scritta voi tutti sulle vostre magliette, sui cappellini, sui cartelloni: "C’è di più". Questo vostro motto, che non conoscevo, mi fa riflettere. Che cosa fa un bambino per vedere se diventa grande? Confronta la sua altezza con quella dei compagni; e immagina di diventare più alto, per sentirsi più grande. Io, quando sono stato ragazzo, alla vostra età, nella mia classe ero uno dei più piccoli, e tanto più ho avuto il desiderio di essere un giorno molto grande; e non solo grande di misura, ma volevo fare qualcosa di grande, di più nella mia vita, anche se non conoscevo questa parola "c’è di più". Crescere in altezza implica questo "c’è di più". Ve lo dice il vostro cuore, che desidera avere tanti amici, che è contento quando si comporta bene, quando sa dare gioia al papà e alla mamma, ma soprattutto quando incontra un amico insuperabile, buonissimo e unico che è Gesù. Voi sapete quanto Gesù voleva bene ai bambini e ai ragazzi! Un giorno tanti bambini come voi si avvicinarono a Gesù, perché si era stabilita una bella intesa, e nel suo sguardo coglievano il riflesso dell’amore di Dio; ma c’erano anche degli adulti che invece si sentivano disturbati da quei bambini. Capita anche a voi che qualche volta, mentre giocate, vi divertite con gli amici, i grandi vi dicono di non disturbare… Ebbene, Gesù rimprovera proprio quegli adulti e dice loro: Lasciate qui tutti questi ragazzi, perché hanno nel cuore il segreto del Regno di Dio. Così Gesù ha insegnato agli adulti che anche voi siete "grandi" e che gli adulti devono custodire questa grandezza, che è quella di avere un cuore che vuole bene a Gesù. Cari bambini, cari ragazzi: essere "grandi" vuol dire amare tanto Gesù, ascoltarlo e parlare con Lui nella preghiera, incontrarlo nei Sacramenti, nella Santa Messa, nella Confessione; vuole dire conoscerlo sempre di più e anche farlo conoscere agli altri, vuol dire stare con gli amici, anche i più poveri, gli ammalati, per crescere insieme. E l’ACR è proprio parte di quel "di più", perché non siete soli a voler bene a Gesù - siete in tanti, lo vediamo anche questa mattina! -, ma vi aiutate gli uni gli altri; perché non volete lasciare che nessun amico sia solo, ma a tutti volete dire forte che è bello avere Gesù come amico ed è bello essere amici di Gesù; ed è bello esserlo insieme, aiutati dai vostri genitori, sacerdoti, animatori! Così diventate grandi davvero, non solo perché la vostra altezza aumenta, ma perché il vostro cuore si apre alla gioia e all’amore che Gesù vi dona. E così si apre alla vera grandezza, stare nel grande amore di Dio, che è anche sempre amore degli amici. Speriamo e preghiamo di crescere in questo senso, di trovare il "di più" e di essere veramente persone con un cuore grande, con un Amico grande che dà la sua grandezza anche a noi. Grazie.

    Domanda della giovanissima: Santità, i nostri educatori dell’Azione Cattolica ci dicono che per diventare grandi occorre imparare ad amare, ma spesso noi ci perdiamo e soffriamo nelle nostre relazioni, nelle nostre amicizie, nei nostri primi amori. Ma cosa significa amare fino in fondo? Come possiamo imparare ad amare davvero?

    Santo Padre:

    Una grande questione. E’ molto importante, direi fondamentale imparare ad amare, amare veramente, imparare l’arte del vero amore! Nell’adolescenza ci si ferma davanti allo specchio e ci si accorge che si sta cambiando. Ma fino a quando si continua a guardare se stessi, non si diventa mai grandi! Diventate grandi quando non permettete più allo specchio di essere l’unica verità di voi stessi, ma quando la lasciate dire a quelli che vi sono amici. Diventate grandi se siete capaci di fare della vostra vita un dono agli altri, non di cercare se stessi, ma di dare se stessi agli altri: questa è la scuola dell’amore. Questo amore, però, deve portarsi dentro quel "di più" che oggi gridate a tutti. "C’è di più"! Come vi ho già detto, anch’io nella mia giovinezza volevo qualcosa di più di quello che mi presentava la società e la mentalità del tempo. Volevo respirare aria pura, soprattutto desideravo un mondo bello e buono, come lo aveva voluto per tutti il nostro Dio, il Padre di Gesù. E ho capito sempre di più che il mondo diventa bello e diventa buono se si conosce questa volontà di Dio e se il mondo è in corrispondenza con questa volontà di Dio, che è la vera luce, la bellezza, l’amore che dà senso al mondo.

    E’ proprio vero: voi non potete e non dovete adattarvi ad un amore ridotto a merce di scambio, da consumare senza rispetto per sé e per gli altri, incapace di castità e di purezza. Questa non è libertà. Molto "amore" proposto dai media, in internet, non è amore, ma è egoismo, chiusura, vi dà l’illusione di un momento, ma non vi rende felici, non vi fa grandi, vi lega come una catena che soffoca i pensieri e i sentimenti più belli, gli slanci veri del cuore, quella forza insopprimibile che è l’amore e che trova in Gesù la sua massima espressione e nello Spirito Santo la forza e il fuoco che incendia le vostre vite, i vostri pensieri, i vostri affetti. Certo costa anche sacrificio vivere in modo vero l’amore - senza rinunce non si arriva a questa strada - ma sono sicuro che voi non avete paura della fatica di un amore impegnativo e autentico, E’ l’unico che, in fin dei conti, dà la vera gioia! C’è una prova che vi dice se il vostro amore sta crescendo bene: se non escludete dalla vostra vita gli altri, soprattutto i vostri amici che soffrono e sono soli, le persone in difficoltà, e se aprite il vostro cuore al grande Amico che è Gesù. Anche l’Azione Cattolica vi insegna le strade per imparare l’amore autentico: la partecipazione alla vita della Chiesa, della vostra comunità cristiana, il voler bene ai vostri amici del gruppo di ACR, di AC, la disponibilità verso i coetanei che incontrate a scuola, in parrocchia o in altri ambienti, la compagnia della Madre di Gesù, Maria, che sa custodire il vostro cuore e guidarvi nella via del bene. Del resto, nell’Azione Cattolica, avete tanti esempi di amore genuino, bello, vero: il beato Pier Giorgio Frassati, il beato Alberto Marvelli; amore che arriva anche al sacrificio della vita, come la beata Pierina Morosini e la beata Antonia Mesina.

    Giovanissimi di Azione Cattolica, aspirate a mete grandi, perché Dio ve ne dà la forza. Il "di più" è essere ragazzi e giovanissimi che decidono di amare come Gesù, di essere protagonisti della propria vita, protagonisti nella Chiesa, testimoni della fede tra i vostri coetanei. Il "di più" è la formazione umana e cristiana che sperimentate in AC, che unisce la vita spirituale, la fraternità, la testimonianza pubblica della fede, la comunione ecclesiale, l’amore per la Chiesa, la collaborazione con i Vescovi e i sacerdoti, l’amicizia spirituale. "Diventare grandi insieme" dice l’importanza di far parte di un gruppo e di una comunità che vi aiutano a crescere, a scoprire la vostra vocazione e a imparare il vero amore. Grazie.

    Domanda dell’educatrice: Santità, cosa significa oggi essere educatori? Come affrontare le difficoltà che incontriamo nel nostro servizio? E come fare in modo che siano tutti a prendersi cura del presente e del futuro delle nuove generazioni? Grazie.

    Santo Padre:

    Una grande domanda. Lo vediamo in questa situazione del problema dell’educazione. Direi che essere educatori significa avere una gioia nel cuore e comunicarla a tutti per rendere bella e buona la vita; significa offrire ragioni e traguardi per il cammino della vita, offrire la bellezza della persona di Gesù e far innamorare di Lui, del suo stile di vita, della sua libertà, del suo grande amore pieno di fiducia in Dio Padre. Significa soprattutto tenere sempre alta la meta di ogni esistenza verso quel "di più" che ci viene da Dio. Questo esige una conoscenza personale di Gesù, un contatto personale, quotidiano, amorevole con Lui nella preghiera, nella meditazione sulla Parola di Dio, nella fedeltà ai Sacramenti, all’Eucaristia, alla Confessione; esige di comunicare la gioia di essere nella Chiesa, di avere amici con cui condividere non solo le difficoltà, ma anche le bellezze e le sorprese della vita di fede.

    Voi sapete bene che non siete padroni dei ragazzi, ma servitori della loro gioia a nome di Gesù, guide verso di Lui. Avete ricevuto il mandato dalla Chiesa per questo compito. Quando aderite all’Azione Cattolica dite a voi stessi e a tutti che amate la Chiesa, che siete disposti ad essere corresponsabili con i Pastori della sua vita e della sua missione, in un’associazione che si spende per il bene delle persone, per i loro e vostri cammini di santità, per la vita delle comunità cristiane nella quotidianità della loro missione. Voi siete dei buoni educatori se sapete coinvolgere tutti per il bene dei più giovani. Non potete essere autosufficienti, ma dovete far sentire l’urgenza dell’educazione delle giovani generazioni a tutti i livelli. Senza la presenza della famiglia, ad esempio, rischiate di costruire sulla sabbia; senza una collaborazione con la scuola non si forma un’intelligenza profonda della fede; senza un coinvolgimento dei vari operatori del tempo libero e della comunicazione la vostra opera paziente rischia di non essere efficace, di non incidere sulla vita quotidiana. Io sono sicuro che l’Azione Cattolica è ben radicata nel territorio e ha il coraggio di essere sale e luce. La vostra presenza qui, stamattina, dice non solo a me, ma a tutti che è possibile educare, che è faticoso ma bello dare entusiasmo ai ragazzi e ai giovanissimi. Abbiate il coraggio, vorrei dire l’audacia di non lasciare nessun ambiente privo di Gesù, della sua tenerezza che fate sperimentare a tutti, anche ai più bisognosi e abbandonati, con la vostra missione di educatori.

    Cari amici, alla fine vi ringrazio per aver partecipato a questo incontro. Mi piacerebbe fermarmi ancora con voi, perché quando sono in mezzo a tanta gioia ed entusiasmo, anche io sono pieno di gioia, mi sento ringiovanito! Ma purtroppo il tempo passa veloce, mi aspettano altri. Ma col cuore sono con voi e rimango con voi! E vi invito, cari amici, a continuare nel vostro cammino, ad essere fedeli all’identità e alla finalità dell’Azione Cattolica. La forza dell’amore di Dio può compiere in voi grandi cose. Vi assicuro che mi ricordo di tutti nella mia preghiera e vi affido alla materna intercessione della Vergine Maria, Madre della Chiesa, perché come lei possiate testimoniare che "c’è di più", la gioia della vita piena della presenza del Signore. Grazie a tutti voi di cuore!



















    UDIENZA AI PARTECIPANTI AL CONVEGNO PROMOSSO DALLA FONDAZIONE "ROMANO GUARDINI" DI BERLINO (29 OTTOBRE 2010)



    Eccellenze,

    Illustrissimo Signor Presidente Prof. von Pufendorf,

    Illustri Signore e Signori,

    Cari amici!

    È per me una gioia poter dare il benvenuto qui, nel Palazzo Apostolico, a voi tutti venuti a Roma in occasione del Convegno della Fondazione Guardini sul tema "Eredità spirituale e intellettuale di Romano Guardini". In particolare, ringrazio Lei, caro Professore von Pufendorf, per le cordiali parole che mi ha rivolto all’inizio di questo nostro incontro, nelle quali ha espresso l’intera "lotta" attuale, che ci lega a Guardini e, al tempo stesso, ci richiede di portare avanti l’opera della sua vita.

    Nel discorso di ringraziamento in occasione della celebrazione del suo 80o genetliaco, nel febbraio 1965 all’Università "Ludwig-Maximilian" di Monaco, Guardini descrive il compito della sua vita, quale egli lo intende, come una modo "di interrogarsi, in un continuo scambio spirituale, cosa significhi una Weltanschauung cristiana" (Stationen und Rückblicke, S. 41). La visione, questo sguardo complessivo sul mondo, è stato per Guardini non uno sguardo dall’esterno come di un mero oggetto di ricerca. Egli non intendeva nemmeno la prospettiva della storia dello spirito, che esamina e pondera quanto altri hanno detto o scritto sulla forma religiosa di un’epoca. Tutte questi punti di vista erano insufficienti secondo Guardini. Negli appunti sulla sua vita, egli affermava "Ciò che immediatamente mi interessava, non era la questione di cosa qualcuno avesse detto sulla verità cristiana, ma di cosa sia vero" (Berichte über mein Leben, S. 24). Ed era questa impostazione del suo insegnamento che colpì noi giovani, perché noi non volevamo conoscere uno "spettacolo pirotecnico" delle opinioni esistenti dentro o fuori della Cristianità: noi volevamo conoscere ciò che è. E lì c’era uno che senza timore e, al tempo stesso, con tutta la serietà del pensiero critico, poneva questa questione e ci aiutava a pensare insieme. Guardini non voleva conoscere qualcosa o molte cose, egli aspirava alla verità di Dio e alla verità sull’uomo. Lo strumento per avvicinarsi a questa verità, era per lui la Weltanschauung – come la si chiamava a quel tempo - che si realizza in uno scambio vivo con il mondo e con gli uomini. Lo specifico cristiano consiste nel fatto che l’uomo si sa in una relazione con Dio che lo precede e alla quale non può sottrarsi. Non è il nostro pensare il principio che stabilisce il metro di misura, ma Dio che supera il nostro metro di misura e non può essere ridotto ad alcuna entità creata da noi. Dio rivela sé stesso come la verità, ma essa non è astratta, bensí si trova nel concreto-vivente, infine, nella forma di Gesù Cristo. Chi, però, vuole vedere Gesù, la verità, deve "invertire la rotta", deve uscire dall’autonomia del pensiero arbitrario verso la disposizione all’ascolto, che accoglie ciò che è. E questo cammino a ritroso, che egli ha compiuto nella sua conversione, ha plasmato l’intero suo pensiero e l’intera sua vita come un continuo uscire dall’autonomia verso l’ascolto, verso il ricevere. Tuttavia perfino in un autentico rapporto con Dio l’uomo non sempre comprende ciò che Dio dice. Egli ha bisogno di un correttivo, e questo consiste nello scambio con gli altri, che nella Chiesa vivente di ogni tempo ha trovato la sua forma attendibile, che congiunge tutti gli uni con gli altri.

    Guardini era un uomo del dialogo. Le sue opere sono quasi senza eccezione sorte da un colloquio, perlomeno interiore. Le lezioni del Professore di filosofia della religione e di Weltanschauung cristiana all’Università di Berlino negli anni 20 rappresentavano soprattutto incontri con personalità della storia del pensiero. Guardini leggeva le opere di questi autori, li ascoltava, imparava da loro come vedevano il mondo ed entrava in dialogo con loro, per sviluppare in dialogo con essi ciò che egli, in quanto pensatore cattolico, aveva da dire al loro pensiero. Questa abitudine egli la continuò a Monaco, ed era anche la peculiarità dello stile delle sue lezioni, il fatto che egli fosse in dialogo con i Pensatori. La sua parola chiave era: " Vedete…" perché voleva guidarci a "vedere" ed egli stesso stava in un comune dialogo interiore con gli uditori. Questa era la novità rispetto alla retorica dei vecchi tempi: che egli non cercasse affatto alcuna retorica, bensì parlasse in modo del tutto semplice con noi e, insieme a ciò, parlasse con la verità e ci inducesse al dialogo con la verità. E questo è un ampio spettro di "dialoghi" con autori come Socrate, Sant’Agostino o Pascal, con Dante, Hölderlin, Mörike, Rilke e Dostojevskij. Egli vedeva in loro dei mediatori viventi, che scoprono in una parola del passato il presente, permettendo di vederlo e viverlo in modo nuovo. Essi ci donano una forza, che può condurci di nuovo a noi stessi.

    Dall’apertura dell’uomo per il vero segue, per Guardini, un ethos, una base per il nostro comportamento morale verso il nostro prossimo, come esigenza della nostra esistenza. Poiché l’uomo può incontrare Dio, può anche agire bene. Per lui vale questo primato dell’ontologia sull’ethos, dall’essere, dall’essere stesso di Dio rettamente compreso e ascoltato segue dunque il retto agire. Egli diceva: "Una prassi autentica, cioè un agire corretto, sorge dalla verità, e per questa si deve lottare" (ibid., S. 111).

    Un tale anelito verso il vero e il protendersi verso ciò che è originario ed essenziale, Guardini lo notava anzitutto anche presso i giovani. Nei suoi dialoghi con la gioventù, particolarmente al Castello di Rothenfels, che allora grazie a Guardini era diventato il centro del movimento giovanile cattolico, il sacerdote ed educatore portò avanti gli ideali del movimento giovanile quali l’autodeterminazione, la responsabilità propria e l’interiore disposizione alla verità; egli li purificò e li approfondì. Libertà. Sì, ma libero è solo - ci diceva - colui che "è completamente ciò che deve essere secondo la sua natura. […] Libertà è verità" (Auf dem Wege, S. 20). La verità dell’uomo è per Guardini essenzialità e conformità all’essere. Il cammino porta alla verità quando l’uomo esercita "l’obbedienza del nostro essere nei confronti dell’essere di Dio" (ibid., S. 21). Ciò avviene ultimamente nell’adorazione, che per Guardini appartiene all’ambito del pensiero.

    Nell’accompagnare la gioventù, Guardini cercò anche un nuovo accesso alla liturgia. La riscoperta della liturgia era per lui una riscoperta dell’unità fra spirito e corpo nella totalità dell’unico essere umano, poiché l’atto liturgico è sempre allo stesso tempo un atto corporale e spirituale. Il pregare viene dilatato attraverso l’agire corporale e comunitario, e così si rivela l’unità di tutta la realtà. La liturgia è un agire simbolico. Il simbolo come quintessenza dell’unità tra lo spirituale e il materiale va perso dove ambedue si separano, dove il mondo viene spaccato in modo dualistico in spirito e corpo, in soggetto e oggetto. Guardini era profondamente convinto che l’uomo è spirito in corpo e corpo in spirito e che, pertanto, la liturgia e il simbolo lo conducono all’essenza di se stesso, in definitiva lo portano, tramite l’adorazione, alla verità.

    Tra i grandi temi di vita di Guardini il rapporto tra fede e mondo è di permanente attualità. Guardini vedeva soprattutto nell’Università il luogo della ricerca della verità. L’Università può esserlo, però, solo quando è libera da ogni strumentalizzazione e tornaconto per fini politici e di altro tipo. Oggi, in un mondo di globalizzazione e frammentazione, è ancora più necessario che venga portato avanti questo proposito, un proposito che sta molto a cuore alla Fondazione Guardini e per la cui realizzazione è stata creata la cattedra Guardini.

    Di nuovo esprimo il mio cordiale ringraziamento a tutti i presenti per essere venuti. Possa la frequentazione dell’opera di Guardini affinare la sensibilità per i fondamenti cristiani della nostra cultura e società. Volentieri imparto a tutti voi la Benedizione Apostolica.

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    00 31/10/2010 15:20
    LE PAROLE DEL PAPA ALLA RECITA DELL’ANGELUS


    Alle ore 12 di oggi il Santo Padre Benedetto XVI si affaccia alla finestra del suo studio nel Palazzo Apostolico Vaticano per recitare l’Angelus con i fedeli ed i pellegrini convenuti in Piazza San Pietro.

    Queste le parole del Papa nell’introdurre la preghiera mariana:


    PRIMA DELL’ANGELUS

    Cari fratelli e sorelle!

    L’Evangelista san Luca riserva una particolare attenzione al tema della misericordia di Gesù. Nella sua narrazione, infatti, troviamo alcuni episodi che mettono in risalto l’amore misericordioso di Dio e di Cristo, il quale afferma di essere venuto a chiamare non i giusti, ma i peccatori (cfr Lc 5,32). Tra i racconti tipici di Luca vi è quello della conversione di Zaccheo, che si legge nella liturgia di questa domenica. Zaccheo è un "pubblicano", anzi, il capo dei pubblicani di Gerico, importante città presso il fiume Giordano. I pubblicani erano gli esattori dei tributi che i Giudei dovevano pagare all’Imperatore romano, e già per questo motivo erano considerati pubblici peccatori. Per di più, approfittavano spesso della loro posizione per estorcere denaro alla gente. Per questo Zaccheo era molto ricco, ma disprezzato dai suoi concittadini. Quando dunque Gesù, attraversando Gerico, si fermò proprio a casa di Zaccheo, suscitò uno scandalo generale. Il Signore, però, sapeva molto bene quello che faceva. Egli, per così dire, ha voluto rischiare, e ha vinto la scommessa: Zaccheo, profondamente colpito dalla visita di Gesù, decide di cambiare vita, e promette di restituire il quadruplo di ciò che ha rubato. "Oggi per questa casa è venuta la salvezza", dice Gesù, e conclude: "Il Figlio dell’uomo è venuto a cercare e salvare ciò che era perduto".

    Dio non esclude nessuno, né poveri né ricchi. Dio non si lascia condizionare dai nostri pregiudizi umani, ma vede in ognuno un’anima da salvare ed è attratto specialmente da quelle che sono giudicate perdute e che si considerano esse stesse tali. Gesù Cristo, incarnazione di Dio, ha dimostrato questa immensa misericordia, che non toglie nulla alla gravità del peccato, ma mira sempre a salvare il peccatore, ad offrirgli la possibilità di riscattarsi, di ricominciare da capo, di convertirsi. In un altro passo del Vangelo, Gesù afferma che è molto difficile per un ricco entrare nel Regno dei cieli (cfr Mt 19,23). Nel caso di Zaccheo, vediamo proprio che quanto sembra impossibile si realizza: "egli – commenta san Girolamo – ha dato via la sua ricchezza e immediatamente l’ha sostituita con la ricchezza del regno dei cieli" (Omelia sul salmo 83, 3). E san Massimo di Torino aggiunge: "Le ricchezze, per gli stolti sono un alimento per la disonestà, per i saggi invece sono un aiuto per la virtù; a questi si offre un’opportunità per la salvezza, a quelli si procura un inciampo che li perde" (Sermoni, 95).

    Cari amici, Zaccheo ha accolto Gesù e si è convertito, perché Gesù per primo aveva accolto lui! Non lo aveva condannato, ma era andato incontro al suo desiderio di salvezza. Preghiamo la Vergine Maria, modello perfetto di comunione con Gesù, affinché anche noi possiamo sperimentare la gioia di essere visitati dal Figlio di Dio, di essere rinnovati dal suo amore, e trasmettere agli altri la sua misericordia.



    DOPO L’ANGELUS

    Ieri, nella cattedrale di Oradea Mare in Romania, il Cardinale Peter Erdö ha proclamato beato Szilárd Bogdánffy, vescovo e martire. Nel 1949, quando aveva 38 anni, egli fu consacrato vescovo in clandestinità e quindi arrestato dal regime comunista del suo Paese, la Romania, con l’accusa di cospirazione. Dopo quattro anni di sofferenze e umiliazioni, morì in carcere. Rendiamo grazie a Dio per questo eroico Pastore della Chiesa che ha seguito l’Agnello fino alla fine! La sua testimonianza conforti quanti anche oggi sono perseguitati a causa del Vangelo.

    Je salue cordialement les pèlerins francophones ! Présentant l’épisode de la conversion de Zachée, l’Évangile de ce jour nous enseigne que le regard de Dieu sur tout homme est habité par la toute-puissance de son amour. Chaque personne a une place privilégiée dans le cœur de Dieu, qui attend toujours le retour du pécheur à la pleine communion avec Lui. En ce dernier jour du mois du Rosaire, demandons à la Vierge Marie, Mère de miséricorde, de nous accompagner dans nos efforts de conversion. Bon dimanche à tous !

    I would now like to offer a word of greeting to all the English-speaking visitors present at today’s Angelus prayer! In the liturgy of the word this morning, Our Lord tells us that he "has come to seek out and save those who were lost". May we always know our need for God and embrace his will for us, in love and humility. May God abundantly bless you and your loved ones!

    Ein herzliches „Grüß Gott" sage ich den Pilgern und Besuchern aus den Ländern deutscher Sprache. Das Evangelium des heutigen Sonntags berichtet uns, wie Christus beim Zolleinnehmer Zachäus zu Gast ist. Der liebende Blick Christi löst die Herzenshärte des Zöllners, dieser kehrt um und teilt sein Vermögen mit den Armen. In den Sakramenten dürfen wir uns dem liebenden Blick des Herrn aussetzen, um immer mehr durch seine Liebe verwandelt zu werden. Gott geleite euch auf allen Wegen.

    Saludo con afecto a los peregrinos de lengua española. Os animo a salir al encuentro de Jesús que, como nos ha enseñado el evangelio de este domingo con el ejemplo de Zaqueo, quiere llenarnos de alegría y darnos la salvación. Delante de Dios no hay nadie demasiado pequeño. Todos podemos acoger al Señor en nuestras vidas y dejarnos transformar por él. Que la Virgen María nos ayude a intensificar nuestro amor a Dios. Feliz domingo.

    Dirijo agora uma calorosa saudação aos peregrinos de língua portuguesa, de modo especial aos brasileiros vindos de Franca. Esta peregrinação ao túmulo dos Apóstolos vos confirme na fé e no seu anúncio aos outros. Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!

    Serdeczne pozdrowienie kieruję do Polaków. Dziś w Ewangelii słyszymy, że „Syn Człowieczy przyszedł szukać i zbawić to, co zginęło". W Nim objawiło się miłosierdzie Boga. Gdy czujemy się zagubieni w świecie i dotyka nas zło, On sam odnajduje nas, przemienia mocą łaski i prowadzi do domu Ojca. Niech ta świadomość napełnia nas radością i pokojem. Z serca Wam błogosławię.

    [Un cordiale saluto rivolgo ai polacchi. Oggi nel Vangelo sentiamo che "il Figlio dell’uomo è venuto a cercare e salvare ciò che era perduto". In lui si è rivelata la misericordia di Dio. Quando ci sentiamo smarriti nel mondo e ci tocca il male, Egli stesso ci ritrova, ci trasforma con la potenza della grazia e ci conduce alla casa del Padre. Questa consapevolezza ci colmi di gioia e di pace. Vi benedico di cuore.]

    Saluto cordialmente i pellegrini di lingua italiana, in particolare il gruppo di Bovino, comprendente anche alcuni "Cavalieri" devoti della Madonna di Valleverde. Saluto i fedeli venuti da Monteroni di Lecce, i ragazzi di Petosino con i loro catechisti, e il Lions Club Erchie San Pancrazio. A tutti auguro una buona domenica.

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    00 01/11/2010 15:22
    LE PAROLE DEL PAPA ALLA RECITA DELL’ANGELUS


    Alle ore 12 di oggi, Solennità di tutti i Santi, il Santo Padre Benedetto XVI si affaccia alla finestra del suo studio nel Palazzo Apostolico Vaticano per recitare l’Angelus con i fedeli ed i pellegrini convenuti in Piazza San Pietro.

    Queste le parole del Papa nell’introdurre la preghiera mariana:


    PRIMA DELL’ANGELUS

    Cari fratelli e sorelle!

    La solennità di Tutti i Santi, che oggi celebriamo, ci invita ad innalzare lo sguardo al Cielo e a meditare sulla pienezza della vita divina che ci attende. "Siamo figli di Dio, ma ciò che saremo non è stato ancora rivelato" (1Gv 3,2): con queste parole l’apostolo Giovanni ci assicura la realtà del nostro profondo legame con Dio, come pure la certezza della nostra sorte futura. Come figli amati, perciò, riceviamo anche la grazia per sopportare le prove di questa esistenza terrena – la fame e sete di giustizia, le incomprensioni, le persecuzioni (cfr Mt 5,3-11) – e, nel contempo, ereditiamo fin da ora ciò che è promesso nelle beatitudini evangeliche, "nelle quali risplende la nuova immagine del mondo e dell’uomo che Gesù inaugura" (Benedetto XVI, Gesù di Nazaret, Milano 2007, 95). La santità, imprimere Cristo in sé stessi, è lo scopo della vita del cristiano. Il beato Antonio Rosmini scrive: "Il Verbo aveva impresso se stesso nelle anime dei suoi discepoli col suo aspetto sensibile … e con le sue parole … aveva dato ai suoi quella grazia … con la quale l’anima percepisce immediatamente il Verbo" (Antropologia soprannaturale, Roma 1983, 265-266). E noi pregustiamo il dono e la bellezza della santità ogni volta che partecipiamo alla Liturgia eucaristica, in comunione con la "moltitudine immensa" degli spiriti beati, che in Cielo acclamano in eterno la salvezza di Dio e dell’Agnello (cfr Ap 7,9-10). "Alla vita dei Santi non appartiene solo la loro biografia terrena, ma anche il loro vivere ed operare in Dio dopo la morte. Nei Santi diventa ovvio: chi va verso Dio non si allontana dagli uomini, ma si rende invece ad essi veramente vicino" (Enc. Deus caritas est, 42).

    Consolati da questa comunione della grande famiglia dei santi, domani commemoreremo tutti i fedeli defunti. La liturgia del 2 novembre e il pio esercizio di visitare i cimiteri ci ricordano che la morte cristiana fa parte del cammino di assimilazione a Dio e scomparirà quando Dio sarà tutto in tutti. La separazione dagli affetti terreni è certo dolorosa, ma non dobbiamo temerla, perché essa, accompagnata dalla preghiera di suffragio della Chiesa, non può spezzare il legame profondo che ci unisce in Cristo. Al riguardo, san Gregorio di Nissa affermava: "Chi ha creato ogni cosa nella sapienza, ha dato questa disposizione dolorosa come strumento di liberazione dal male e possibilità di partecipare ai beni sperati" (De mortuis oratio, IX, 1, Leiden 1967, 68).

    Cari amici, l’eternità non è "un continuo susseguirsi di giorni del calendario, ma qualcosa come il momento colmo di appagamento, in cui la totalità ci abbraccia e noi abbracciamo la totalità" (Enc. Spe salvi, 12), dell'essere, della verità, dell'amore. Alla Vergine Maria, guida sicura alla santità, affidiamo il nostro pellegrinaggio verso la patria celeste, mentre invochiamo la sua materna intercessione per il riposo eterno di tutti i nostri fratelli e sorelle che si sono addormentati nella speranza della risurrezione.



    DOPO L’ANGELUS

    Ieri sera, in un gravissimo attentato nella cattedrale siro-cattolica di Bagdad, ci sono state decine di morti e feriti, fra i quali due sacerdoti e un gruppo di fedeli riuniti per la Santa Messa domenicale. Prego per le vittime di questa assurda violenza, tanto più feroce in quanto ha colpito persone inermi, raccolte nella casa di Dio, che è casa di amore e di riconciliazione. Esprimo inoltre la mia affettuosa vicinanza alla comunità cristiana, nuovamente colpita, e incoraggio pastori e fedeli tutti ad essere forti e saldi nella speranza. Davanti agli efferati episodi di violenza, che continuano a dilaniare le popolazioni del Medio Oriente, vorrei infine rinnovare il mio accorato appello per la pace: essa è dono di Dio, ma è anche il risultato degli sforzi degli uomini di buona volontà, delle istituzioni nazionali e internazionali. Tutti uniscano le loro forze affinché termini ogni violenza!

    La prière de l’Angelus me donne la joie de saluer les pèlerins francophones, particulièrement ceux venus de Poitiers ! En la solennité de tous les saints, nous adorons le Dieu trois fois saint, en union avec la foule immense de ceux qui, après avoir mis leurs pas dans ceux du Christ, contemplent sa gloire et intercèdent pour nous. À la suite de tous les saints, puissions-nous marcher résolument sur les chemins de la foi, de l’espérance et de la charité vers la Jérusalem d’en haut. Bonne fête de la Toussaint à tous !

    I am pleased to greet the English-speaking visitors present at this Angelus prayer, in particular those from the United States. Today we celebrate the Feast of All Saints, recalling the example of all those who now live for ever in the presence of God. Nor let us forget to pray tomorrow for the eternal repose of all the faithful departed, those who sleep in the Lord. May the merciful God of grace and peace bless you all!

    Ganz herzlich heiße ich die deutschsprachigen Pilger und Besucher willkommen. Heute feiern wir das Fest Allerheiligen. Dabei denken wir an die überaus große Zahl von Menschen, die uns in der Gottes- und Nächstenliebe mit Treue und Glaubensstärke vorangegangen sind. Ihre ergreifenden Lebenszeugnisse berühren uns. Sie sind uns aber nicht nur Vorbilder, sondern auch Begleiter, die für uns beten, daß wir in der Gemeinschaft mit Christus und der Liebe zu den Menschen immer mehr wachsen. Euch allen wünsche ich einen gesegneten Festtag.

    Saludo con afecto a los peregrinos de lengua española que participan en esta oración mariana. Hoy celebramos la fiesta de Todos los Santos, la multitud de hermanos nuestros en la fe que, a lo largo de todos los siglos, han llegado a la casa del Padre e interceden por nosotros. Ellos nos recuerdan que Dios nos mira con amor y nos llama también a nosotros a una vida de santidad, a la plenitud de la caridad, a vivir completamente identificados con Cristo. Que la intercesión de la Virgen María y el ejemplo de los santos nos ayuden a recorrer con alegría el camino que lleva a la bienaventuranza eterna. Feliz Fiesta.

    Pozdrawiam obecnych tu Polaków. W tym szczególnym dniu za Apostołem Pawłem życzę, aby „serca wasze utwierdzone zostały jako nienaganne w świętości wobec Boga, Ojca naszego, na przyjście Pana naszego Jezusa wraz ze wszystkimi Jego świętymi" (1 Tes 3, 13). Niech wam Bóg błogosławi.

    [Saluto i polacchi qui presenti. In questo particolare giorno insieme con l’Apostolo Paolo auguro che siano "saldi e irreprensibili i vostri cuori nella santità, davanti a Dio Padre nostro, al momento della venuta del Signore nostro Gesù con tutti i suoi santi" (1 Ts 3, 13). Dio vi benedica!]

    Infine, saluto con affetto i pellegrini di lingua italiana, in particolare i partecipanti alla manifestazione "La corsa dei Santi", promossa dai Salesiani per sostenere progetti di solidarietà in situazioni di estremo bisogno, come ad Haiti e in Pakistan. Saluto inoltre il gruppo di ragazzi di Modena che si stanno preparando al Sacramento della Confermazione. A tutti auguro pace e serenità nella spirituale compagnia dei Santi.

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    00 02/11/2010 15:25
    MOMENTO DI PREGHIERA DEL SANTO PADRE NELLE GROTTE VATICANE


    Alle ore 18.00 di oggi, Commemorazione di tutti i fedeli defunti, il Santo Padre Benedetto XVI si reca nelle Grotte della Basilica Vaticana per un momento di preghiera in privato, in suffragio dei Sommi Pontefici ivi sepolti e di tutti i defunti

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    00 03/11/2010 15:26
    RINUNCE E NOMINE




    RINUNCIA DEL VESCOVO DI SOLSONA (SPAGNA) E NOMINA DEL SUCCESSORE

    Il Santo Padre Benedetto XVI ha accettato la rinuncia al governo pastorale della diocesi di Solsona (Spagna), presentata da S.E. Mons. Jaume Trasserra Cunillera, in conformità al canone 401 § 1 del Codice di Diritto Canonico.

    Il Papa ha nominato Vescovo di Solsona (Spagna) il Rev.do Mons. Xavier Novell Gomá, finora Vicario Generale per l’economia della medesima diocesi.

    Rev.do Mons. Xavier Novell Gomá

    Il Rev.do Mons. Xavier Novell Gomá è nato a Ossó de Sió, provincia di Lleida, diocesi di Urgell, il 20 aprile 1969. Ha fatto gli studi ecclesiastici nel Seminario Maggiore di Lleida e ha ottenuto la Licenza in Scienze Ecclesiastiche nel 1995, presso la Facoltà di Teologia di Catalogna. Ordinato sacerdote il 6 luglio 1997, in quell’anno ha ottenuto la Licenza in Teologia presso l’Università Gregoriana. Nel 2004 ha conseguito il Dottorato.

    In diocesi è stato Vicario Parrocchiale di Sant Jaume di Mollerusa (1997-2001) e professore di Antropologia Teologica presso l’Istituto di Scienze Religiose di Lleida (1998-2005). Dal 2001 è stato Segretario particolare del Vescovo diocesano e, dal 2005, Canonico della Cattedrale-Basilica, Segretario Generale e Cancelliere, Vicario Generale per gli Affari Economici, Membro dei Consigli Diocesano di Governo, dei Consultori e del Presbiterio, Coordinatore delle Delegazioni diocesane e collaboratore nella Parrocchia della Cattedrale. Dal 1999 è stato anche professore di Antropologia Teologica presso la Facoltà di Teologia di Catalogna.

    Dal 2008 è Cappellano di Sua Santità.



    NOMINA DI MEMBRO DELLA PONTIFICIA COMMISSIONE PER L’AMERICA LATINA

    Il Santo Padre Benedetto XVI ha nominato Membro della Pontificia Commissione per l'America Latina l'Eccellentissimo Monsignore Franz-Josef Overbeck, Vescovo di Essen, Presidente dell'Azione Episcopale "Adveniat" (Germania).



    NOMINA DI CONSULTORI DELLA CONGREGAZIONE PER IL CULTO DIVINO E LA DISCIPLINA DEI SACRAMENTI

    Il Santo Padre Benedetto XVI ha nominato Consultori della Congregazione per il Culto Divino e la Disciplina dei Sacramenti i Reverendi: Mons. José Aparecido Gonçalves de ALMEIDA, Sotto-Segretario del Pontificio Consiglio per i Testi Legislativi; P. Dieter BÖHLER, S.I., docente presso la Facoltà Teologica Sankt-Georgen, Frankfurt (Germania); Sac. Nicola BUX, del clero dell'Arcidiocesi di Bari-Bitonto, docente presso l'Istituto di Teologia Ecumenico-Patristica Greco-Bizantina San Nicola, Bari (Italia); P. Joseph CAROLA, S.I., docente presso la Pontificia Università Gregoriana, Roma; Sac. José Manuel Garcia CORDEIRO, Rettore del Pontificio Collegio Portoghese e docente presso il Pontificio Istituto Liturgico, Pontificio Ateneo Sant'Anselmo, Roma; Sac. Renato DE ZAN, docente presso il Pontificio Istituto Liturgico, Pontificio Ateneo Sant'Anselmo, Roma; P. Cassian FOLSOM, O.S.B., Priore di Norcia (Italia), Professore Consociato del Pontificio Istituto Liturgico, Pontificio Ateneo Sant'Anselmo, Roma; Sac. Mauro GAGLIARDI, docente presso il Pontificio Ateneo "Regina Apostolorum", Roma; Sac. Aurelio GARCÍA MACÍAS, del clero dell'Arcidiocesi di Valladolid, Presidente dell'Associazione Spagnola dei Professori di Liturgia (Spagna); Mons. Angelo LAMERI, del clero della Diocesi di Crema (Italia), docente presso la Pontificia Università Lateranense, Roma; Sac. Dennis McMANUS, del clero dell'Arcidiocesi di Mobile, docente presso l'Università Cattolica d'America, Washington (Stati Uniti d'America); Sac. Juan José SILVESTRE, del clero della Prelatura personale dell'Opus Dei, docente presso la Pontificia Università della Santa Croce, Roma; P. Ab. Michael John ZIELINSKI, O.S.B. Oliv., Vice Presidente della Pontificia Commissione per i Beni Culturali della Chiesa e della Pontificia Commissione di Archeologia Sacra; Mons. Markus WALSER, Vicario Generale



    CONFERMA DELL’ASSISTENTE ECCLESIASTICO GENERALE DELL’AZIONE CATTOLICA ITALIANA

    Il Papa ha confermato Assistente Ecclesiastico Generale dell'Azione Cattolica Italiana S.E. Mons. Domenico Sigalini, Vescovo di Palestrina.














    L’UDIENZA GENERALE



    L’Udienza Generale di questa mattina si è svolta alle ore 10.30 nell’Aula Paolo VI dove il Santo Padre Benedetto XVI ha incontrato gruppi di pellegrini e di fedeli giunti dall’Italia e da ogni parte del mondo.

    Nel discorso in lingua italiana, il Papa si è soffermato sulla figura di Santa Margherita d’Oingt.

    Dopo aver riassunto la Sua catechesi nelle diverse lingue, il Santo Padre Benedetto XVI ha rivolto particolari espressioni di saluto ai gruppi di fedeli presenti.

    L’Udienza Generale si è conclusa con il canto del Pater Noster e la Benedizione Apostolica.


    CATECHESI DEL SANTO PADRE IN LINGUA ITALIANA

    Cari fratelli e sorelle,

    con Margherita d'Oingt, di cui vorrei parlarvi oggi, siamo introdotti nella spiritualità certosina, che si ispira alla sintesi evangelica vissuta e proposta da san Bruno. Non ci è nota la sua data di nascita, benché qualcuno la collochi intorno al 1240. Margherita proviene da una potente famiglia di antica nobiltà del Lionese, gli Oingt. Sappiamo che la madre si chiamava pure Margherita, che aveva due fratelli - Guiscardo e Luigi - e tre sorelle: Caterina, Isabella e Agnese. Quest’ultima la seguirà in monastero, nella Certosa, succedendole poi come priora.

    Non abbiamo notizie circa la sua infanzia, ma dai suoi scritti possiamo intuire che sia trascorsa tranquilla, in un ambiente familiare affettuoso. Infatti, per esprimere l’amore sconfinato di Dio, ella valorizza molto immagini legate alla famiglia, con particolare riferimento alle figure del padre e della madre. In una sua meditazione prega così: "Bel dolce Signore, quando penso alle speciali grazie che mi hai fatto per tua sollecitudine: innanzi tutto, come mi hai custodita fin dalla mia infanzia, e come mi hai sottratta dal pericolo di questo mondo e mi hai chiamata a dedicarmi al tuo santo servizio, e come mi hai provvista in tutte quelle cose che mi erano necessarie per mangiare, bere, vestire e calzare, (e lo hai fatto) in tal modo che non ho avuto occasione di pensare in tutte queste cose che alla tua grande misericordia" (Margherita d’Oingt, Scritti spirituali, Meditazione V, 100, Cinisello Balsamo 1997, p. 74).

    Sempre dalle sue meditazioni, intuiamo che entrò nella Certosa di Poleteins in risposta alla chiamata del Signore, lasciando tutto e accettando la severa regola certosina, per essere totalmente del Signore, per stare sempre con Lui. Ella scrive: "Dolce Signore, io ho lasciato mio padre e mia madre e i miei fratelli e tutte le cose di questo mondo per tuo amore; ma questo è pochissimo, poiché le ricchezze di questo mondo non sono che spine pungenti; e chi più ne possiede più è sfortunato. E per questo mi sembra di non aver lasciato altro che miseria e povertà; ma tu sai, dolce Signore, che se io possedessi mille mondi e potessi disporne a mio piacimento, abbandonerei tutto per amore tuo; e quand'anche tu mi dessi tutto ciò che possiedi in cielo e in terra, non mi riterrei appagata finché non avessi te, perché tu sei la vita dell'anima mia, né ho né voglio avere padre e madre fuori di te" (ibid., Meditazione II, 32, p. 59).

    Anche della sua vita nella Certosa possediamo pochi dati. Sappiamo che nel 1288 ne divenne la quarta priora, incarico che mantenne fino alla morte, avvenuta l’11 febbraio 1310. Dai suoi scritti, comunque, non emergono particolari svolte nel suo itinerario spirituale. Ella concepisce tutta la vita come un cammino di purificazione fino alla piena configurazione a Cristo. Cristo è il Libro che va scritto, va inciso quotidianamente nel proprio cuore e nella propria vita, in particolare la sua passione salvifica. Nell’opera Speculum, Margherita, riferendosi a se stessa in terza persona, sottolinea che per grazia del Signore "aveva inciso nel suo cuore la santa vita che Dio Gesù Cristo condusse sulla terra, i suoi buoni esempi e la sua buona dottrina. Ella aveva messo così bene il dolce Gesù Cristo nel suo cuore che le sembrava perfino che questi le fosse presente e che tenesse un libro chiuso nella sua mano, per istruirla" (ibid., I, 2-3, p. 81). "In questo libro ella trovava scritta la vita che Gesù Cristo condusse sulla terra, dalla sua nascita all'ascesa al cielo" (ibid., I, 12, p. 83).

    Quotidianamente, fin dal mattino, Margherita si applica allo studio di questo libro. E, quando l’ha ben guardato, inizia a leggere nel libro della propria coscienza, che rivela le falsità e le menzogne della sua vita (cfr ibid., I, 6-7, p. 82); scrive di sé per giovare agli altri e per fissare più profondamente nel proprio cuore la grazia della presenza di Dio, per far sì, cioè, che ogni giorno la sua esistenza sia segnata dal confronto con le parole e le azioni di Gesù, con il Libro della vita di Lui. E questo perché la vita di Cristo sia impressa nell’anima in modo stabile e profondo, fino a poter vedere il Libro all’interno, ossia fino a contemplare il mistero di Dio Trinità (cfr ibid., II, 14-22; III, 23-40, p. 84-90).

    Attraverso i suoi scritti, Margherita ci offre qualche spiraglio sulla sua spiritualità, permettendoci di cogliere alcuni tratti della sua personalità e delle sue doti di governo. È una donna molto colta; scrive abitualmente in latino, la lingua degli eruditi, ma scrive pure in franco provenzale e anche questo è una rarità: i suoi scritti sono, così, i primi, di cui si ha memoria, redatti in questa lingua. Vive un’esistenza ricca di esperienze mistiche, descritte con semplicità, lasciando intuire l’ineffabile mistero di Dio, sottolineando i limiti della mente nell’afferrarlo e l’inadeguatezza della lingua umana nell’esprimerlo. Ha una personalità lineare, semplice, aperta, di dolce carica affettiva, di grande equilibrio e acuto discernimento, capace di entrare nelle profondità dello spirito umano, di coglierne i limiti, le ambiguità, ma pure le aspirazioni, la tensione dell’anima verso Dio. Mostra una spiccata attitudine al governo, coniugando la sua profonda vita spirituale mistica con il servizio alle sorelle e alla comunità. In questo senso è significativo un passo di una lettera a suo padre: "Mio dolce padre, vi comunico che mi trovo tanto occupata a causa dei bisogni della nostra casa, che non mi è possibile applicare lo spirito in buoni pensieri; infatti ho tanto da fare che non so da quale lato girarmi. Noi non abbiamo raccolto grano nel settimo mese dell'anno e i nostri vigneti sono stati distrutti dalla tempesta. Inoltre, la nostra chiesa si trova in così cattive condizioni che siamo obbligati in parte a rifarla" (ibid., Lettere, III, 14, p. 127).

    Una monaca certosina delinea così la figura di Margherita: "Attraverso la sua opera ci rivela una personalità affascinante, dall’intelligenza viva, orientata verso la speculazione e, allo stesso tempo, favorita da grazie mistiche: in una parola, una donna santa e saggia che sa esprimere con un certo umorismo un’affettività tutta spirituale" (Una Monaca Certosina, Certosine, in Dizionario degli Istituti di Perfezione, Roma 1975, col. 777). Nel dinamismo della vita mistica, Margherita valorizza l’esperienza degli affetti naturali, purificati dalla grazia, quale mezzo privilegiato per comprendere più profondamente ed assecondare con più prontezza e ardore l'azione divina. Il motivo risiede nel fatto che la persona umana è creata ad immagine di Dio, e perciò è chiamata a costruire con Dio una meravigliosa storia d’amore, lasciandosi coinvolgere totalmente dalla sua iniziativa.

    Il Dio Trinità, il Dio amore che si rivela nel Cristo l’affascina, e Margherita vive un rapporto di amore profondo verso il Signore e, per contrasto, vede l’ingratitudine umana fino alla viltà, fino al paradosso della croce. Ella afferma che la croce di Cristo è simile alla tavola del parto. Il dolore di Gesù sulla croce è paragonato a quello di una madre. Scrive: "La madre che mi portò in grembo, soffrì fortemente, nel darmi alla luce, per un giorno o per una notte, ma tu, bel dolce Signore, per me sei stato tormentato non una notte o un giorno soltanto ma per più di trent'anni […]; quanto amaramente hai patito a causa mia per tutta la vita! E allorché giunse il momento del parto, il tuo travaglio fu tanto doloroso che il tuo santo sudore divenne come gocce di sangue che scorrevano per tutto il tuo corpo fino a terra" (ibid., Meditazione I, 33, p. 59).

    Margherita, evocando i racconti della Passione di Gesù, contempla questi dolori con profonda compassione: "Tu sei stato deposto sul duro letto della croce, in modo tale da non poterti muovere o girare o agitare le tue membra così come suol fare un uomo che patisce un grande dolore, poiché sei stato completamente steso e ti sono stati conficcati i chiodi […] e […] sono stati lacerati tutti i tuoi muscoli e le tue vene. […] Ma tutti questi dolori […] ancora non ti bastavano, tanto che volesti che il tuo fianco venisse squarciato dalla lancia così crudelmente da far sì che il tuo docile corpo fosse del tutto arato e straziato; e il tuo prezioso sangue sgorgava con tanta violenza da formare una larga strada, quasi fosse un grande ruscello". Riferendosi a Maria afferma: "Non c'era da meravigliarsi che la spada che ti ha spezzato il corpo sia anche penetrata nel cuore della tua gloriosa madre che tanto amava sostenerti […] poiché il tuo amore è stato superiore a tutti gli altri amori" (ibid., Meditazione II, 36-39.42, p 60s).

    Cari amici, Margherita d’Oingt ci invita a meditare quotidianamente la vita di dolore e di amore di Gesù e quella di sua Madre, Maria. Qui è la nostra speranza, il senso del nostro esistere. Dalla contemplazione dell’amore di Cristo per noi nascono la forza e la gioia di rispondere con altrettanto amore, mettendo la nostra vita a servizio di Dio e degli altri. Con Margherita diciamo anche noi: "Dolce Signore, tutto ciò che hai compiuto, per amore mio e di tutto il genere umano, mi provoca ad amarti, ma il ricordo della tua santissima passione dona un vigore senza eguali alla mia potenza d'affetto per amarti. E’ per questo che mi sembra […] di aver trovato ciò che ho così tanto desiderato: non amare niente altro che te o in te o per amore tuo" (ibid., Meditazione II, 46, p. 62).

    A prima vista questa figura di certosina medievale, come pure tutta la sua vita, il suo pensiero, appaiono molto lontani da noi, dalla nostra vita, dal nostro modo di pensare e di agire. Ma se guardiamo all'essenziale di questa vita, vediamo che tocca anche noi e dovrebbe divenire essenziale anche nella nostra esistenza.

    Abbiamo sentito che Margherita ha considerato il Signore come un libro, ha fissato lo sguardo sul Signore, lo ha considerato come uno specchio nel quale appare anche la propria coscienza. E da questo specchio è entrata luce nella sua anima: ha lasciato entrare la parola, la vita di Cristo nel proprio essere e così è stata trasformata; la coscienza è stata illuminata, ha trovato criteri, luce ed è stata pulita. Proprio di questo abbiamo bisogno anche noi: lasciare entrare le parole, la vita, la luce di Cristo nella nostra coscienza perché sia illuminata, capisca ciò che è vero e buono e ciò che è male; che sia illuminata e pulita la nostra coscienza. La spazzatura non c'è solo in diverse strade del mondo. C'è spazzatura anche nelle nostre coscienze e nelle nostre anime. È solo la luce del Signore, la sua forza e il suo amore che ci pulisce, ci purifica e ci dà la retta via. Quindi seguiamo santa Margherita in questo sguardo verso Gesù. Leggiamo nel libro della sua vita, lasciamoci illuminare e pulire, per imparare la vera vita. Grazie.



    SINTESI DELLA CATECHESI NELLE DIVERSE LINGUE



    ○ Sintesi della catechesi in lingua francese

    Chers frères et sœurs,

    Née vers 1240 dans la région de Lyon, Marguerite d’Oingt nous introduit à la spiritualité des Chartreux, telle que saint Bruno l’a vécue et proposée. Femme très cultivée, de grand équilibre et de fin discernement, Marguerite a été une Prieure remarquable sachant unir sa vie spirituelle avec le service de ses consœurs et de la communauté. Grande mystique, elle considérait les richesses de ce monde comme misère et pauvreté, et quitta tout pour s’attacher totalement au Seigneur. Avec intelligence et droiture, elle conçut toute sa vie comme un chemin de purification jusqu’à la pleine configuration au Christ. Celui-ci est le Livre qui doit être écrit dans le cœur et dans la vie de chacun, pour y fixer profondément la présence divine. Ardente dans ses désirs et réaliste face à ses limites, elle nous enseigne que chaque personne humaine est appelé à construire avec Dieu une merveilleuse histoire d’amour. De la contemplation de l’amour du Christ pour nous, naissent la force et la joie de répondre par autant d’amour, en mettant notre vie au service de Dieu et des autres. Comme elle, puissions-nous dire : « Doux Seigneur, que tout ce que tu as fait par amour pour moi et pour le genre humain, me pousse à t’aimer davantage ! ».

    J’accueille avec joie les pèlerins francophones présents ce matin, en particulier le Collège Hellénique de Thessalonique, en Grèce. Recueillant le message de Sainte Marguerite d’Oingt, je vous invite à contempler chaque jour la vie de Jésus et de sa Mère, Marie. Vous y trouverez le sens de l’existence, et vous aurez la force et la joie de vous mettre au service de Dieu et du prochain. Bon pèlerinage à tous !


    ○ Sintesi della catechesi in lingua inglese

    Dear Brothers and Sisters,

    Our catechesis today deals with Marguerite d’Oingt, a thirteenth-century Carthusian prioress and mystic. Marguerite’s writings, which include the earliest known examples of Provençal French, were inspired by the evangelical spirituality of Saint Bruno; they reveal her fine sensibility and her deep desire for God. Marguerite viewed life as a path of perfection leading to complete configuration to Christ, above all in the contemplation of his saving passion. She imagined the Lord’s life, his words and his actions, as a Book which he holds out to us, a Book to be studied and imprinted on our hearts and lives, until the day we read it from within, in the contemplation of the Blessed Trinity. Marguerite’s writings, filled with imagery drawn from family life, radiate a warm love of God and deep gratitude for his grace which purifies our affections and draws us more closely to him. The life and writings of Marguerite d’Oingt invite us to meditate daily on the mystery of God’s infinite love, revealed above all in the sufferings of Christ on the Cross, and to find in it the strength and joy to place our lives at his service and that of our brothers and sisters.

    As I welcome all the English-speaking visitors this morning, I am especially pleased to greet the delegation from the Anti-Defamation League, as well as the representatives of Pittsburgh’s Jewish and Catholic communities. Upon them and upon all the English-speaking visitors present at today’s Audience, especially the pilgrim groups from Ireland, Denmark, Sweden, Japan, the Philippines, Canada and the United States of America, I invoke the Almighty’s abundant blessings of grace and peace.


    ○ Sintesi della catechesi in lingua tedesca

    Liebe Brüder und Schwestern!

    Mit Marguerite d’Oingt, der ich meine heutige Katechese widme, wenden wir uns einer weiblichen Stimme der Kartäuserspiritualität zu. Die Kartäuser, die nach der streng asketisch-kontemplativen Regel des hl. Bruno leben, haben schöne geistliche Früchte hervorgebracht und im Mittelalter auch große Verbreitung gefunden. Sie haben die spätere Devotio moderna vorbereitet, die sich die konkrete Nachahmung Christi im persönlichen Alltag zur Aufgabe machte. Über das Leben der Marguerite d’Oingt ist uns nicht viel bekannt. Sie entstammte einer adeligen Familie aus der Gegend von Lyon und wurde 1288 Priorin des Kartäuserinnenklosters von Poleteins. Und dort ist sie auch im Jahre 1310 gestorben. Aus ihrer Feder sind mehrere kleinere Werke bekannt, die eigentlich nur für den Privatgebrauch gedacht waren. Nur die Schrift Speculum – »Spiegel« – wurde bei einem späteren Generalkapitel des Ordens zur Verbreitung freigegeben. Grundlage des Buches ist eine Vision, bei der Christus der Ordensfrau mit einem Büchlein in der Hand erscheint, das über und über mit Schriftzeichen bedeckt ist. Das geöffnete Buch gleicht einem Spiegel, in dem die Ordensfrau das irdische Leben Jesu, seine Demut, seine Geduld und seinen Gehorsam bis zum Tod vor dem Hintergrund ihres eigenen Lebens betrachtet. Sie erkennt ihr eigenes Unvermögen. Zugleich spiegelt sich Christus in ihr selbst und regt sie an, ihm mit beharrlichem Willen nachzufolgen, Leiden und Mißgeschick zu ertragen, sich an der Liebe Gottes zu erfreuen und den Himmel zu ersehnen. Der Inhalt des Buches wird immer mehr in ihr eigenes Herz eingeschrieben, so daß ihr Leben und das Leben Christi ineinander gehen. Auf diese Weise entsteht eine konkrete Liebesbeziehung zu Christus, dem sie immer mehr zugehört. Er nimmt sogar die Stelle ihrer Eltern bei ihr ein, denn sie sagt in einem Gebet: »Weder habe ich, noch will ich Vater und Mutter haben außer Dir.« Mit diesen Worten will sie nicht ihre familiären Bande geringschätzen – sie hat im Gegenteil ihre Familie sehr geliebt –, sondern zum Ausdruck bringen, daß Gottes Liebe alle menschlichen Empfindungen übersteigt. Das eigentlich Wesentliche, das sie uns sagen will, ist, daß wir gleichsam im Leben Christi wie in einem Buch lesen, uns selber davon anrühren lassen, daß wir unser eigenes Gewissen unter das Licht dieses Lebens stellen, es davon berühren, erneuern und reinigen lassen. Dieses Zuhören, Hinschauen auf Christus und von ihm das Leben zu lernen, unser Gewissen zu reinigen: Das ist es, was sie uns sagen will und was auch für uns Tag um Tag richtunggebend sein sollte.

    Ganz herzlich begrüße ich die Pilger und Besucher deutscher Sprache, und natürlich heute besonders die Seminaristen des Erzbischöflichen Studienseminars St. Michael in Traunstein, mein eigenes Seminar, wie ihr wißt. Marguerite d’Oingt sei uns ein Vorbild, der Liebe Gottes zu uns mit einem freudigen Einsatz für unsere Mitmenschen zu antworten. Der Herr begleite euch auf allen euren Wegen.


    ○ Sintesi della catechesi in lingua spagnola

    Queridos hermanos y hermanas:

    Con Margarita de Oingt, de la que hoy quisiera hablaros, nos acercamos a la espiritualidad de los Cartujos, inspirada en la síntesis evangélica propuesta por San Bruno. Margarita nació entorno al año mil doscientos cuarenta en el seno de una poderosa familia de la antigua nobleza de Lyon. No tenemos noticias de su infancia, pero de sus escritos se deduce que debió trascurrir en un clima sereno y afectuoso. Como respuesta a la llamada del Señor, entró en la Cartuja de Poleteins, de la que fue Priora hasta su muerte, en mil trecientos diez. Margarita concibió su vida como un camino de purificación hasta la plena configuración con Cristo, cuya Pasión salvadora hallaba escrita en su corazón como en un libro. Ella, con sus escritos, intentaba edificar a los demás y fijar más profundamente en su interior la gracia de la presencia de Dios. Descubrimos también algunos rasgos de su espiritualidad y de sus dotes de gobierno. Tuvo una vida rica de experiencias místicas, descritas con sencillez y en las que se puede intuir algo del inefable misterio de Dios.

    Saludo a los grupos de lengua española, en particular a los peregrinos de Alcobendas, así como a los demás fieles provenientes de España, México y otros países latinoamericanos. Os invito a que me acompañéis con vuestra ferviente oración durante el próximo fin de semana, en el que realizaré una visita pastoral a Santiago de Compostela, uniéndome así a los peregrinos que llegan hasta los pies del Apóstol en este Año Santo. Iré también a Barcelona, donde tendré la alegría de dedicar el maravilloso templo de la Sagrada Familia, obra del genial arquitecto Antoni Gaudí. Voy como testigo de Cristo Resucitado, con el deseo de llevar a todos su Palabra, en la que pueden encontrar luz para vivir con dignidad y esperanza para construir un mundo mejor. Muchas gracias.


    ○ Sintesi della catechesi in lingua portoghese

    Queridos irmãos e irmãs,

    No ano 1288, foi eleita Priora da Cartuxa de Poleteins (França) Margarida de Oingt. Dotada de uma personalidade simples, linear e afectuosa, concebe a vida inteira como um caminho de purificação até à plena configuração com Cristo. Ele é o Livro que havemos de gravar diariamente no nosso coração e na nossa vida, de modo especial a sua paixão salvífica. Desde manhã cedo, Margarida dedica-se ao estudo deste Livro; quando o contemplou bem, começa a ler no livro da sua consciência, que lhe revela a falsidade e as mentiras da sua vida, se comparada com as palavras e as acções de Jesus, com o Livro da vida d’Ele. Da contemplação do amor de Cristo por nós, nascem a força e a alegria de responder com igual amor, colocando a nossa vida ao serviço de Deus e dos outros.

    Prezados peregrinos de língua portuguesa, a minha saudação amiga para todos, de modo particular para os fiéis brasileiros das dioceses de Bragança Paulista e de Passo Fundo. Sei que buscais a imensidade de Deus para os horizontes demasiado estreitos, onde a vida por vezes se perde e agoniza. Cristo é o caminho para o infinito que buscais: pode parecer estreita a passagem, mas o resultado é maravilhoso, como no-lo asseguram os Santos. De coração vos dou a minha Bênção, extensiva às vossas famílias.



    SALUTI PARTICOLARI NELLE DIVERSE LINGUE



    ○ Saluto in lingua polacca

    Serdecznie witam polskich pielgrzymów. Minione dni, w których wspominaliśmy wszystkich świętych i wszystkich wiernych zmarłych, uświadomiły nam na nowo, że nasze życie „zmienia się, ale się nie kończy", a wszyscy jesteśmy wezwani do świętości. Oby każdy dzień przeżywany w miłości Boga i bliźniego przybliżał nas do chwały świętych w niebie. Na tej drodze niech wam towarzyszy Boże błogosławieństwo.

    [Do un cordiale benvenuto ai pellegrini polacchi. I giorni scorsi, nei quali abbiamo commemorato tutti i santi e tutti i fedeli defunti, di nuovo ci hanno ricordato che la nostra vita "non è tolta ma trasformata", e che tutti siamo chiamati alla santità. Ogni giorno vissuto nell’amore di Dio e del prossimo ci avvicini alla gloria dei santi in cielo. In questo cammino vi accompagni sempre la benedizione di Dio.]


    ○ Saluto in lingua ungherese

    Isten hozta a magyar zarándokokat! Szeretettel köszöntelek Benneteket, elsősorban a győri, a bágyogszováti és a szombathelyi csoportot. Tegnapelőtt tartottuk Mindenszentek ünnepét, megemlékezve mindazokról, akik számunkra utat mutatnak a mennyei dicsőség felé. Az ő példájuk nyomán törekedjünk mi is az evangélium melletti tanúságtételre. Apostoli áldásommal. Dicsértessék a Jézus Krisztus!

    [Il mio saluto ai pellegrini ungheresi, specialmente ai membri dei gruppi venuti da Győr, Bágyogszovát e da Szombathely. L’altro ieri abbiamo celebrato la solennità di Tutti i santi che ci hanno preceduto nella gloria celeste. Possa il loro esempio spingerci ad una vita di autentica testimonianza del Vangelo. Volentieri vi imparto la Benedizione Apostolica. Sia lodato Gesù Cristo!]


    ○ Saluto in lingua croata

    Radosno pozdravljam i blagoslivljam sve hrvatske hodočasnike! U vjeri i ljubavi proživite ovozemaljski život čineći dobro te se jednom pridružili Svima Svetima u nebeskoj slavi. Hvaljen Isus i Marija!

    [Con gioia saluto e benedico tutti i pellegrini Croati. Vivete su questa terra nella fede e nell’amore, facendo il bene, affinché un giorno possiate unirvi a tutti i santi nella gloria celeste. Siano lodati Gesù e Maria!]


    ○ Saluto in lingua italiana

    Rivolgo ora un cordiale saluto ai pellegrini di lingua italiana, in particolare alla delegazione della città di Manoppello, guidata dal Vescovo di Chieti-Vasto, Mons. Bruno Forte, e alle Suore della Presentazione di Maria Santissima al Tempio. Cari amici, vi ringrazio di cuore per la vostra presenza, ed auspico che quest’incontro rafforzi in voi generosi propositi di testimonianza evangelica e di impegno nel servizio del bene comune.

    Rivolgo il mio saluto ai giovani, ai malati ed agli sposi novelli. La Solennità di Tutti i Santi e la Commemorazione dei fedeli defunti, che abbiamo appena celebrato, come pure la prossima memoria di San Carlo Borromeo, di cui ricorre il quarto anniversario della canonizzazione, ci offrono l’opportunità di riflettere, ancora una volta, sull’autentico significato dell’esistenza terrena e sul suo valore per l’eternità.

    Questi giorni di riflessione e di preghiera costituiscano per voi, cari giovani, un invito a imitare l’eroismo dei Santi, che hanno speso la vita a servizio di Dio e del prossimo. Siano di grande conforto per voi, cari ammalati, associati al mistero della passione di Cristo. Diventino un’occasione propizia per voi, cari sposi novelli, per comprendere sempre meglio che siete chiamati a testimoniare con la vostra reciproca fedeltà l’amore infinito con cui Dio circonda ogni uomo.

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    00 04/11/2010 15:30
    MESSAGGIO DEL SANTO PADRE ALL’ARCIVESCOVO DI MILANO IN OCCASIONE DEL IV CENTENARIO DELLA CANONIZZAZIONE DI SAN CARLO BORROMEO


    Pubblichiamo di seguito il Messaggio che il Santo Padre Benedetto XVI ha inviato all’Arcivescovo di Milano, Em.mo Card. Dionigi Tettamanzi, in occasione della celebrazione del IV Centenario della Canonizzazione di San Carlo Borromeo:


    MESSAGGIO DEL SANTO PADRE

    Al venerato Fratello

    Cardinale DIONIGI TETTAMANZI

    Arcivescovo di Milano

    Lumen caritatis. La luce della carità di san Carlo Borromeo ha illuminato tutta la Chiesa e, rinnovando i prodigi dell’amore di Cristo, nostro Sommo ed Eterno Pastore, ha portato nuova vita e nuova giovinezza al gregge di Dio, che attraversava tempi dolorosi e difficili. Per questo mi unisco con tutto il cuore alla gioia dell’Arcidiocesi ambrosiana nel commemorare il quarto centenario della canonizzazione di questo grande Pastore, avvenuta il 1° novembre 1610.

    1. L’epoca in cui visse Carlo Borromeo fu assai delicata per la Cristianità. In essa l’Arcivescovo di Milano diede un esempio splendido di che cosa significhi operare per la riforma della Chiesa. Molti erano i disordini da sanzionare, molti gli errori da correggere, molte le strutture da rinnovare; e tuttavia san Carlo si adoperò per una profonda riforma della Chiesa, iniziando dalla propria vita. È nei confronti di se stesso, infatti, che il giovane Borromeo promosse la prima e più radicale opera di rinnovamento. La sua carriera era avviata in modo promettente secondo i canoni di allora: per il figlio cadetto della nobile famiglia Borromeo si prospettava un futuro di agi e di successi, una vita ecclesiastica ricca di onori, ma priva di incombenze ministeriali; a ciò si aggiungeva anche la possibilità di assumere la guida della famiglia dopo la morte improvvisa del fratello Federico.

    Eppure, Carlo Borromeo, illuminato dalla Grazia, fu attento alla chiamata con cui il Signore lo attirava a sé e lo voleva consacrare al servizio del suo popolo. Così fu capace di operare un distacco netto ed eroico dagli stili di vita che erano caratteristici della sua dignità mondana, e di dedicare tutto se stesso al servizio di Dio e della Chiesa. In tempi oscurati da numerose prove per la Comunità cristiana, con divisioni e confusioni dottrinali, con l’annebbiamento della purezza della fede e dei costumi e con il cattivo esempio di vari sacri ministri, Carlo Borromeo non si limitò a deplorare o a condannare, né semplicemente ad auspicare l’altrui cambiamento, ma iniziò a riformare la sua propria vita, che, abbandonate le ricchezze e le comodità, divenne ricolma di preghiera, di penitenza e di amorevole dedizione al suo popolo. San Carlo visse in maniera eroica le virtù evangeliche della povertà, dell’umiltà e della castità, in un continuo cammino di purificazione ascetica e di perfezione cristiana.

    Egli era consapevole che una seria e credibile riforma doveva cominciare proprio dai Pastori, affinché avesse effetti benefici e duraturi sull’intero Popolo di Dio. In tale azione di riforma seppe attingere alle sorgenti tradizionali e sempre vive della santità della Chiesa cattolica: la centralità dell’Eucaristia, nella quale riconobbe e ripropose la presenza adorabile del Signore Gesù e del suo Sacrificio d’amore per la nostra salvezza; la spiritualità della Croce, come forza rinnovatrice, capace di ispirare l’esercizio quotidiano delle virtù evangeliche; l’assidua frequenza ai Sacramenti, nei quali accogliere con fede l’azione stessa di Cristo che salva e purifica la sua Chiesa; la Parola di Dio, meditata, letta e interpretata nell’alveo della Tradizione; l’amore e la devozione per il Sommo Pontefice, nell’obbedienza pronta e filiale alle sue indicazioni, come garanzia di vera e piena comunione ecclesiale.

    Dalla sua vita santa e conformata sempre più a Cristo nasce anche la straordinaria opera di riforma che san Carlo attuò nelle strutture della Chiesa, in totale fedeltà al mandato del Concilio di Trento. Mirabile fu la sua opera di guida del Popolo di Dio, di meticoloso legislatore, di geniale organizzatore. Tutto questo, però, traeva forza e fecondità dall’impegno personale di penitenza e di santità. In ogni tempo, infatti, è questa l’esigenza primaria e più urgente nella Chiesa: che ogni suo membro si converta a Dio. Anche ai nostri giorni non mancano alla Comunità ecclesiale prove e sofferenze, ed essa si mostra bisognosa di purificazione e di riforma. L’esempio di san Carlo ci sproni a partire sempre da un serio impegno di conversione personale e comunitaria, a trasformare i cuori, credendo con ferma certezza nella potenza della preghiera e della penitenza. Incoraggio in modo particolare i sacri ministri, presbiteri e diaconi, a fare della loro vita un coraggioso cammino di santità, a non temere l’ebbrezza di quell’amore fiducioso a Cristo per cui il Vescovo Carlo fu disposto a dimenticare se stesso e a lasciare ogni cosa. Cari fratelli nel ministero, la Chiesa ambrosiana possa trovare sempre in voi una fede limpida e una vita sobria e pura, che rinnovino l’ardore apostolico che fu di sant’Ambrogio, di san Carlo e di tanti vostri santi Pastori!

    2. Durante l’episcopato di san Carlo, tutta la sua vasta Diocesi si sentì contagiata da una corrente di santità che si propagò al popolo intero. In che modo questo Vescovo, così esigente e rigoroso, riuscì ad affascinare e conquistare il popolo cristiano? È facile rispondere: san Carlo lo illuminò e lo trascinò con l’ardore della sua carità. "Deus caritas est", e dove c’è l’esperienza viva dell’amore, lì si rivela il volto profondo di Dio che ci attira e ci fa suoi.

    Quella di san Carlo Borromeo fu anzitutto la carità del Buon Pastore, che è disposto a donare totalmente la propria vita per il gregge affidato alle sue cure, anteponendo le esigenze e i doveri del ministero ad ogni forma di interesse personale, comodità o tornaconto. Così l’Arcivescovo di Milano, fedele alle indicazioni tridentine, visitò più volte l’immensa Diocesi fin nei luoghi più remoti, si prese cura del suo popolo nutrendolo continuamente con i Sacramenti e con la Parola di Dio, mediante una ricca ed efficace predicazione; non ebbe mai timore di affrontare avversità e pericoli per difendere la fede dei semplici e i diritti dei poveri.

    San Carlo fu riconosciuto, poi, come vero padre amorevole dei poveri. La carità lo spinse a spogliare la sua stessa casa e a donare i suoi stessi beni per provvedere agli indigenti, per sostenere gli affamati, per vestire e dare sollievo ai malati. Fondò istituzioni finalizzate all’assistenza e al recupero delle persone bisognose; ma la sua carità verso i poveri e i sofferenti rifulse in modo straordinario durante la peste del 1576, quando il santo Arcivescovo volle rimanere in mezzo al suo popolo, per incoraggiarlo, per servirlo e per difenderlo con le armi della preghiera, della penitenza e dell’amore.

    La carità, inoltre, spinse il Borromeo a farsi autentico e intraprendente educatore. Lo fu per il suo popolo con le scuole della dottrina cristiana. Lo fu per il clero con l’istituzione dei seminari. Lo fu per i bambini e i giovani con particolari iniziative loro rivolte e con l’incoraggiamento a fondare congregazioni religiose e confraternite laicali dedite alla formazione dell’infanzia e della gioventù.

    Sempre la carità fu la motivazione profonda delle asprezze con cui san Carlo viveva il digiuno, la penitenza e la mortificazione. Per il santo Vescovo non si trattava solo di pratiche ascetiche rivolte alla propria perfezione spirituale, ma di un vero strumento di ministero per espiare le colpe, invocare la conversione dei peccatori e intercedere per i bisogni dei suoi figli.

    In tutta la sua esistenza possiamo dunque contemplare la luce della carità evangelica, la carità longanime, paziente e forte che "tutto scusa, tutto crede, tutto spera, tutto sopporta" (1Cor 13,7). Rendo grazie a Dio perché la Chiesa di Milano è sempre stata ricca di vocazioni particolarmente consacrate alla carità; lodo il Signore per gli splendidi frutti di amore ai poveri, di servizio ai sofferenti e di attenzione ai giovani di cui può andare fiera. L’esempio e la preghiera di san Carlo vi ottengano di essere fedeli a questa eredità, così che ogni battezzato sappia vivere nella società odierna quella profezia affascinante che è, in ogni epoca, la carità di Cristo vivente in noi.

    3. Non si potrebbe comprendere, però, la carità di san Carlo Borromeo se non si conoscesse il suo rapporto di amore appassionato con il Signore Gesù. Questo amore egli lo ha contemplato nei santi misteri dell’Eucaristia e della Croce, venerati in strettissima unione con il mistero della Chiesa. L’Eucaristia e il Crocifisso hanno immerso san Carlo nella carità di Cristo, e questa ha trasfigurato e acceso di ardore tutta la sua vita, ha riempito le notti passate in preghiera, ha animato ogni sua azione, ha ispirato le solenni liturgie celebrate con il popolo, ha commosso il suo animo fino a indurlo sovente alle lacrime.

    Lo sguardo contemplativo al santo Mistero dell’Altare e al Crocifisso risvegliava in lui sentimenti di compassione per le miserie degli uomini e accendeva nel suo cuore l’ansia apostolica di portare a tutti l’annuncio evangelico. D’altra parte, ben sappiamo che non c’è missione nella Chiesa che non sgorghi dal "rimanere" nell’amore del Signore Gesù, reso presente a noi nel Sacrificio eucaristico. Mettiamoci alla scuola di questo grande Mistero! Facciamo dell’Eucaristia il vero centro delle nostre comunità e lasciamoci educare e plasmare da questo abisso di carità! Ogni opera apostolica e caritativa prenderà vigore e fecondità da questa sorgente!

    4. La splendida figura di san Carlo mi suggerisce un’ultima riflessione rivolta, in particolare, ai giovani. La storia di questo grande Vescovo, infatti, è tutta decisa da alcuni coraggiosi "sì" pronunciati quando era ancora molto giovane. A soli 24 anni egli prese la decisione di rinunciare a guidare la famiglia per rispondere con generosità alla chiamata del Signore; l’anno successivo accolse come una vera missione divina l’ordinazione sacerdotale e quella episcopale. A 27 anni prese possesso della Diocesi ambrosiana e dedicò tutto se stesso al ministero pastorale. Negli anni della sua giovinezza, san Carlo comprese che la santità era possibile e che la conversione della sua vita poteva vincere ogni abitudine avversa. Così egli fece della sua giovinezza un dono d’amore a Cristo e alla Chiesa, diventando un gigante della santità di tutti i tempi.

    Cari giovani, lasciate che vi rinnovi questo appello che mi sta molto a cuore: Dio vi vuole santi, perché vi conosce nel profondo e vi ama di un amore che supera ogni umana comprensione. Dio sa che cosa c’è nel vostro cuore e attende di vedere fiorire e fruttificare quel meraviglioso dono che ha posto in voi. Come san Carlo, anche voi potete fare della vostra giovinezza un’offerta a Cristo e ai fratelli. Come lui, potete decidere, in questa stagione della vostra vita, di "scommettere" su Dio e sul Vangelo. Voi, cari giovani, non siete solo la speranza della Chiesa; voi fate già parte del suo presente! E se avrete l’audacia di credere alla santità, sarete il tesoro più grande della vostra Chiesa ambrosiana, che si è edificata sui Santi.

    Con gioia Le affido, venerato Fratello, queste riflessioni, e, mentre invoco la celeste intercessione di san Carlo Borromeo e la costante protezione di Maria Santissima, di cuore imparto a Lei e all’intera Arcidiocesi una speciale Benedizione Apostolica.

    Dal Vaticano, 1° novembre 2010, IV Centenario della Canonizzazione di san Carlo Borromeo.

    BENEDICTUS PP. XVI











    MESSAGGIO DEL SANTO PADRE AL PRESIDENTE DEL PONTIFICIO CONSIGLIO DELLA GIUSTIZIA E DELLA PACE IN OCCASIONE DELL’ASSEMBLEA PLENARIA


    Pubblichiamo di seguito il Messaggio che il Santo Padre Benedetto XVI ha inviato al Presidente del Pontificio Consiglio della Giustizia e Pace, l’Em.mo Card. Peter Kodwo Appiah Turkson, in occasione dell’Assemblea Plenaria del medesimo Dicastero:


    MESSAGGIO DEL SANTO PADRE

    Al Venerato Fratello
    il Cardinale PETER KODWO APPIAH TURKSON
    Presidente del Pontificio Consiglio della Giustizia e della Pace

    1. In occasione dell'Assemblea Plenaria, desidero anzitutto ringraziare il Dicastero per il suo molteplice impegno nell'aiutare tutta la Chiesa, particolarmente questa Sede Apostolica, in una rinnovata evangelizzazione del sociale, agli inizi del terzo millennio. Non solo le singole persone, ma i popoli e la grande famiglia umana attendono - a fronte di ingiustizie e forti diseguaglianze - parole di speranza, pienezza di vita, l'indicazione di Colui che può salvare l'umanità dai suoi mali radicali.

    2. Come ricordavo nella mia Enciclica Caritas in veritate - seguendo le orme del Servo di Dio Paolo VI - l'annuncio di Gesù Cristo è "il primo e principale fattore di sviluppo" (n. 8). Grazie ad esso, infatti, si può camminare sulla strada della crescita umana integrale con l'ardore della carità e la sapienza della verità in un mondo in cui, sovente, la menzogna insidia l'uomo, la società, la condivisione. E' vivendo la "carità nella verità" che possiamo offrire uno sguardo più profondo per comprendere le grandi questioni sociali e indicare alcune prospettive essenziali per la loro soluzione in senso pienamente umano. Solo con la carità, sostenuta dalla speranza e illuminata dalla luce della fede e della ragione, è possibile conseguire obiettivi di liberazione integrale dell'uomo e di giustizia universale. La vita delle comunità e dei singoli credenti, alimentata dall'assidua meditazione della Parola di Dio, dalla regolare partecipazione ai Sacramenti e dalla comunione con la Sapienza che viene dall'alto, cresce nella sua capacità di profezia e di rinnovamento delle culture e delle istituzioni pubbliche. Gli ethos dei popoli possono così godere di un fondamento veramente solido, che rafforza il consenso sociale e sostanzia le regole procedurali. L'impegno di costruzione della città poggia su coscienze guidate dall'amore a Dio e, per questo, naturalmente orientate verso l'obiettivo di una vita buona, strutturata sul primato della trascendenza. "Caritas in veritate in re sociali": così mi è parso opportuno descrivere la dottrina sociale della Chiesa (cfr. ibid., n. 5), secondo il suo radicamento più autentico - Gesù Cristo, la vita trinitaria che Egli ci dona - e secondo tutta la sua forza capace di trasfigurare la realtà. Abbiamo bisogno di questo insegnamento sociale, per aiutare le nostre civiltà e la nostra stessa ragione umana a cogliere tutta la complessità del reale e la grandezza della dignità di ogni persona. Il Compendio della dottrina sociale della Chiesa aiuta, proprio in questo senso, a intravedere la ricchezza della sapienza che viene dall'esperienza di comunione con lo Spirito di Dio e di Cristo e dall'accoglienza sincera del Vangelo.

    3. Nell'Enciclica Caritas in veritate ho accennato a problemi fondamentali che toccano il destino dei popoli e delle istituzioni mondiali, nonché della famiglia umana. L'ormai prossimo anniversario dell'Enciclica Mater et magistra del Beato Giovanni XXIII ci sollecita a considerare con costante attenzione gli squilibri sociali, settoriali, nazionali, quelli tra risorse e popolazioni povere, tra tecnica ed etica. Nell'attuale contesto di globalizzazione, tali squilibri non sono affatto scomparsi. Sono mutati i soggetti, le dimensioni delle problematiche, ma il coordinamento tra gli Stati – spesso inadeguato, perché orientato alla ricerca di un equilibrio di potere, piuttosto che alla solidarietà - lascia spazio a rinnovate disuguaglianze, al pericolo del predominio di gruppi economici e finanziari che dettano - ed intendono continuare a farlo - l'agenda della politica, a danno del bene comune universale.

    4. Rispetto ad una questione sociale sempre più interconnessa nei suoi svariati ambiti, appare di particolare urgenza l'impegno nella formazione del laicato cattolico alla dottrina sociale della Chiesa. Infatti è proprio dei fedeli laici il dovere immediato di lavorare per un ordine sociale giusto. Essi, quali cittadini liberi e responsabili, debbono impegnarsi per promuovere una retta configurazione della vita sociale, nel rispetto della legittima autonomia delle realtà terrene. La dottrina sociale della Chiesa rappresenta così il riferimento essenziale per la progettualità e la azione sociale dei fedeli laici, nonché per una loro spiritualità vissuta, che si nutra e s'inquadri nella comunione ecclesiale: comunione di amore e di verità, comunione nella missione.

    5. I christifideles laici, però, proprio perché traggono energie ed ispirazione dalla comunione con Gesù Cristo, vivendo integrati con le altre componenti ecclesiali, debbono trovare al loro fianco sacerdoti e Vescovi capaci di offrire un’instancabile opera di purificazione delle coscienze, insieme con un indispensabile sostegno e aiuto spirituale alla coerente testimonianza laicale nel sociale. Perciò, è di fondamentale importanza una comprensione profonda della dottrina sociale della Chiesa, in armonia con tutto il suo patrimonio teologico e fortemente radicata nell’affermazione della dignità trascendente dell’uomo, nella difesa della vita umana sin dal suo concepimento fino alla morte naturale e della libertà religiosa. Così compresa, la dottrina sociale deve essere inserita anche nella preparazione pastorale e culturale di coloro che, nella comunità ecclesiale, sono chiamati al sacerdozio. E' necessario preparare fedeli laici capaci di dedicarsi al bene comune, specie negli ambiti più complessi come il mondo della politica, ma è urgente anche avere Pastori che, con il loro ministero e carisma, sappiano contribuire all’animazione e all’irradiazione, nella società e nelle istituzioni, di una vita buona secondo il Vangelo, nel rispetto della libertà responsabile dei fedeli e del loro proprio ruolo di Pastori, che in questi ambiti hanno una responsabilità mediata. La già citata Mater et magistra proponeva, circa 50 anni fa, una vera e propria mobilitazione, secondo carità e verità, da parte di tutte le associazioni, i movimenti, le organizzazioni cattoliche e d'ispirazione cristiana, affinché tutti i fedeli, con impegno, libertà e responsabilità, studiassero, diffondessero e attuassero la dottrina sociale della Chiesa.

    6. Il mio augurio, pertanto, è che il Pontificio Consiglio della Giustizia e della Pace continui nella sua opera di aiuto alla comunità ecclesiale e a tutte le sue componenti. Il Dicastero continui dunque quest'opera non solo nell'elaborazione di sempre nuovi aggiornamenti della dottrina sociale della Chiesa, ma anche nella loro sperimentazione, con quel metodo di discernimento che ho indicato nella Caritas in veritate, secondo la quale, vivendo nella comunione di Gesù Cristo e tra noi, siamo "trovati" sia dalla Verità della salvezza, sia dalla verità di un mondo che non è creato da noi, ma è stato dato a tutti come casa da condividere nella fraternità. Al fine di globalizzare la dottrina sociale della Chiesa sembra opportuno che crescano Centri e Istituti per lo studio, la diffusione e l'attuazione di essa in tutto il mondo.

    7. Dopo la promulgazione del Compendio e dell’Enciclica Caritas in veritate, è naturale che il Pontificio Consiglio della Giustizia e della Pace sia dedito all'approfondimento degli elementi di novità e, in collaborazione con altri soggetti, alla ricerca delle vie più adatte alla veicolazione dei contenuti della dottrina sociale, non solo nei tradizionali itinerari formativi ed educativi cristiani di ogni ordine e grado, ma anche nei grandi centri di formazione del pensiero mondiale - quali i grandi organi della stampa laica, le università e i numerosi centri di riflessione economica e sociale - che negli ultimi tempi si sono sviluppati in ogni angolo del mondo.

    8. La Vergine Maria, onorata dal popolo cristiano come Speculum iustitiae e Regina pacis, ci protegga e ci ottenga con la sua celeste intercessione la forza, la speranza e la gioia necessarie perché continuiamo a dedicarci con generosità alla realizzazione di una nuova evangelizzazione del sociale.

    Nel esprimere ancora una volta il mio ringraziamento per l'opera che svolge il Dicastero in tutte le sue componenti, auspico un fruttuoso lavoro e ben volentieri imparto la Benedizione Apostolica.

    Dal Vaticano, 3 novembre 2010

    BENEDICTUS PP. XVI












    MESSAGGIO DEL SANTO PADRE BENEDETTO XVI IN OCCASIONE DELL’INAUGURAZIONE DEL SEMINARIO SAN CARLOS Y SAN AMBROSIO A LA HABANA (CUBA)


    Ieri, 3 novembre 2010, a La Habana ha avuto luogo l’inaugurazione del nuovo Seminario Cattolico "San Carlos y San Ambrosio", presieduta dall’Arcivescovo di San Cristóbal de La Habana, Em.mo Card. Jaime Lucas Ortega y Alamino, alla presenza del Presidente della Repubblica di Cuba S.E. il Signor Raúl Castro, del Presidente della Conferenza dei Vescovi Cattolici di Cuba (C.O.C.C.), S.E. Mons. Dionisio Guillermo García Ibáñez, e di numerose Autorità politiche, civili ed ecclesiali.

    Pubblichiamo di seguito il Messaggio che il Santo Padre Benedetto XVI ha inviato all’Arcivescovo di San Cristóbal de La Habana, Em.mo Card. Jaime Lucas Ortega y Alamino, tramite il Cardinale Segretario di Stato Tarcisio Bertone:


    MESSAGGIO DEL SANTO PADRE

    SEÑOR CARDENAL JAIME LUCAS ORTEGA Y ALAMINO

    ARZOBISPO DE SAN CRISTÓBAL DE LA HABANA

    AL ABRIRSE LA NUEVA SEDE DEL SEMINARIO ARQUIDIOCESANO SAN CARLOS Y SAN AMBROSIO, DE LA HABANA, SU SANTIDAD BENEDICTO XVI SALUDA CORDIALMENTE A LOS PASTORES Y FIELES CONGREGADOS EN ESA FELIZ CIRCUNSTANCIA, ASÍ COMO A LOS FORMADORES Y SEMINARISTAS, PIDIENDO A DIOS QUE ESTE ACTO SOLEMNE SEA AL MISMO TIEMPO SIGNO Y ALICIENTE DE UN RENOVADO VIGOR EN EL COMPROMISO DE VELAR POR UNA ESMERADA PREPARACIÓN HUMANA, ESPIRITUAL Y ACADÉMICA DE LOS QUE EN ESA INSTITUCIÓN CAMINAN HACIA EL MINISTERIO SACERDOTAL. ASIMISMO, EL PAPA LOS INVITA A IDENTIFICARSE CADA DÍA MÁS CON LOS SENTIMIENTOS DE CRISTO, BUEN PASTOR, POR MEDIO DE LA ORACIÓN ASIDUA, LA SERIA APLICACIÓN AL ESTUDIO, LA ESCUCHA HUMILDE DE SU DIVINA PALABRA, LA DIGNA CELEBRACIÓN DE LOS SACRAMENTOS Y EL TESTIMONIO AUDAZ DE SU AMOR COMO AUTÉNTICOS DISCÍPULOS Y MISIONEROS DEL EVANGELIO DE LA SALVACIÓN.

    CON ESTOS VIVOS DESEOS, EL SANTO PADRE, A LA VEZ QUE CONFÍA A TODA LA COMUNIDAD DE ESA INSTITUCIÓN DOCENTE A LA PROTECCIÓN DE LA SANTÍSIMA VIRGEN MARÍA, QUE BAJO EL TÍTULO DE NUESTRA SEÑORA DE LA CARIDAD DEL COBRE ES INVOCADA CON FERVOR EN LA AMADA NACIÓN CUBANA, LES IMPARTE DE CORAZÓN UNA ESPECIAL BENDICIÓN APOSTÓLICA, QUE COMPLACIDO EXTIENDE A TODOS LOS QUE GENEROSAMENTE HAN CONTRIBUIDO A LA CONSTRUCCIÓN DEL NUEVO EDIFICIO Y A LOS PARTICIPANTES EN LA CELEBRACIÓN INAUGURAL.

    CARDENAL TARCISIO BERTONE

    SECRETARIO DE ESTADO DE SU SANTIDAD







    RINUNCE E NOMINE




    RINUNCIA DEL VESCOVO DI PARAKOU (BENIN)

    In data 3 novembre 2010, il Santo Padre Benedetto XVI ha accettato la rinuncia al governo pastorale della diocesi di Parakou (Benin), presentata da S.E. Mons. Fidèle Agbatchi, in conformità al can. 401 § 2 del Codice di Diritto Canonico.



    RINUNCIA DELL’ARCIVESCOVO DI PARANÁ (ARGENTINA) E NOMINA DEL SUCCESSORE

    Il Santo Padre ha accettato la rinuncia al governo pastorale dell’arcidiocesi di Paraná (Argentina), presentata da S.E. Mons. Mario Luis Bautista Maulión, in conformità al can. 401 § 1 del Codice di Diritto Canonico.

    Il Papa ha nominato Arcivescovo di Paraná (Argentina) S.E. Mons. Juan Alberto Puiggari, finora Vescovo di Mar del Plata.

    S.E. Mons. Juan Alberto Puiggari

    S.E. Mons. Juan Alberto Puiggari è nato a Buenos Aires il 21 novembre 1949. Ha frequentato i corsi di Filosofia presso l’Università Cattolica della Capitale ed è entrato poi nel Seminario di Paraná per gli studi di Teologia.
    È stato ordinato sacerdote il 13 novembre 1976 nella cattedrale di Paraná per quell’arcidiocesi, dove ha lavorato sempre in Seminario.
    Il 20 febbraio 1998 è stato nominato Vescovo titolare di Turuzi ed Ausiliare di Paraná, ed ha ricevuto la consacrazione l’8 maggio successivo.
    Il 7 giugno 2003 è stato trasferito a Mar del Plata, diocesi della quale prese possesso il 10 agosto 2003.
    In seno alla Conferenza Episcopale è membro della Commissione per l’Ecumenismo. È licenziato in Filosofia presso l’Università Cattolica Argentina.



    NOMINA DELL’ARCIVESCOVO DI DAEGU (COREA)

    Il Santo Padre ha nominato Arcivescovo di Daegu (Corea) S.E. Mons. Thaddeus Cho Hwan-kil, finora Vescovo Ausiliare ed Amministratore diocesano della medesima Sede Metropolitana.













    SANTA MESSA IN SUFFRAGIO DEI CARDINALI E VESCOVI DEFUNTI NEL CORSO DELL’ANNO


    Alle ore 11.30 di questa mattina, all’Altare della Cattedra della Basilica Vaticana, il Santo Padre Benedetto XVI presiede la Celebrazione Eucaristica in suffragio dei Cardinali e dei Vescovi defunti nel corso dell’anno.

    Pubblichiamo di seguito l’omelia che il Papa pronuncia nel corso della Santa Messa:


    OMELIA DEL SANTO PADRE

    Signori Cardinali,

    cari fratelli e sorelle!

    «Se dunque siete risorti con Cristo, cercate le cose di lassù». Le parole che abbiamo ascoltato poc’anzi nella seconda lettura (Col 3,1-4) ci invitano ad elevare lo sguardo alle realtà celesti. Infatti, con l’espressione «le cose di lassù» san Paolo intende il Cielo, poiché aggiunge: «dove si trova Cristo assiso alla destra di Dio». L’Apostolo intende riferirsi alla condizione dei credenti, di coloro che sono «morti» al peccato e la cui vita «è ormai nascosta con Cristo in Dio». Essi sono chiamati a vivere quotidianamente nella signoria di Cristo, principio e compimento di ogni loro azione, testimoniando la vita nuova che è stata loro donata nel Battesimo. Questo rinnovamento in Cristo avviene nell’intimo della persona: mentre continua la lotta contro il peccato, è possibile progredire nella virtù, cercando di dare una risposta piena e pronta alla Grazia di Dio.

    Per antitesi, l’Apostolo segnala poi «le cose della terra», evidenziando così che la vita in Cristo comporta una «scelta di campo», una radicale rinuncia a tutto ciò che – come zavorra – tiene l’uomo legato alla terra, corrompendo la sua anima. La ricerca delle «cose di lassù» non vuol dire che il cristiano debba trascurare i propri obblighi e compiti terreni, soltanto non deve smarrirsi in essi, come se avessero un valore definitivo. Il richiamo alle realtà del Cielo è un invito a riconoscere la relatività di ciò che è destinato a passare, a fronte di quei valori che non conoscono l'usura del tempo. Si tratta di lavorare, di impegnarsi, di concedersi il giusto riposo, ma col sereno distacco di chi sa di essere solo un viandante in cammino verso la Patria celeste; un pellegrino; in un certo senso, uno straniero verso l’eternità.

    A questo traguardo ultimo sono ormai giunti i compianti Cardinali Peter Seiichi Shirayanagi, Cahal Brendan Daly, Armand Gaétan Razafindratandra, Thomáš špidlik, Paul Augustin Mayer, Luigi Poggi; come pure i numerosi Arcivescovi e Vescovi che ci hanno lasciato nel corso di quest’ultimo anno. Con sentimenti di affetto li vogliamo ricordare, rendendo grazie a Dio per i suoi doni elargiti alla Chiesa proprio attraverso questi nostri Fratelli che ci hanno preceduto nel segno della fede e ora dormono il sonno della pace. Il nostro ringraziamento diventa preghiera di suffragio per loro, affinché il Signore li accolga nella beatitudine del Paradiso. Per le loro anime elette offriamo questa Santa Eucaristia, stringendoci attorno all'Altare, su cui si rende presente il Sacrificio che proclama la vittoria della Vita sulla morte, della Grazia sul peccato, del Paradiso sull'inferno.

    Questi venerati nostri Fratelli amiamo ricordarli come Pastori zelanti, il cui ministero è stato sempre segnato dall'orizzonte escatologico che anima la speranza nella felicità senz'ombra a noi promessa dopo questa vita; come testimoni del Vangelo protesi a vivere quelle «cose di lassù», che sono il frutto dello Spirito: «amore, gioia, pace, magnanimità, benevolenza, bontà, fedeltà, mitezza, dominio di sé» (Gal 5,22); come cristiani e Pastori animati da profonda fede, dal vivo desiderio di conformarsi a Gesù e di aderire intimamente alla sua Persona, contemplando incessantemente il suo volto nella preghiera. Per questo essi hanno potuto pregustare la «vita eterna», di cui ci parla l’odierna pagina del Vangelo (Gv 3,13-17) e che Cristo stesso ha promesso a «chiunque crede in lui». L’espressione «vita eterna», infatti, designa il dono divino concesso all’umanità: la comunione con Dio in questo mondo e la sua pienezza in quello futuro.

    La vita eterna ci è stata aperta dal Mistero Pasquale di Cristo e la fede è la via per raggiungerla. E’ quanto emerge dalle parole rivolte da Gesù a Nicodemo e riportate dall’evangelista Giovanni: «E come Mosè innalzò il serpente nel deserto, così bisogna che sia innalzato il Figlio dell’uomo, perché chiunque crede in lui abbia la vita eterna» (Gv 3,14-15). Qui vi è l’esplicito riferimento all’episodio narrato nel libro dei Numeri (21,1-9), che mette in risalto la forza salvifica della fede nella parola divina. Durante l’esodo, il popolo ebreo si era ribellato a Mosè e a Dio, e venne punito con la piaga dei serpenti velenosi. Mosè chiese perdono, e Dio, accettando il pentimento degli Israeliti, gli ordina: «Fatti un serpente e mettilo sopra un’asta; chiunque dopo esser stato morso lo guarderà, resterà in vita». E così avvenne. Gesù, nella conversazione con Nicodemo, svela il senso più profondo di quell’evento di salvezza, rapportandolo alla propria morte e risurrezione: il Figlio dell’uomo deve essere innalzato sul legno della Croce perché chi crede in Lui abbia la vita. San Giovanni vede proprio nel mistero della Croce il momento in cui si rivela la gloria regale di Gesù, la gloria di un amore che si dona interamente nella passione e morte. Così la Croce, paradossalmente, da segno di condanna, di morte, di fallimento, diventa segno di redenzione, di vita, di vittoria, in cui, con sguardo di fede, si possono scorgere i frutti della salvezza.

    Continuando il dialogo con Nicodemo, Gesù approfondisce ulteriormente il senso salvifico della Croce, rivelando con sempre maggiore chiarezza che esso consiste nell’immenso amore di Dio e nel dono del Figlio unigenito: «Dio infatti ha tanto amato il mondo da dare il Figlio unigenito». E’ questa una delle parole centrali del Vangelo. Il soggetto è Dio Padre, origine di tutto il mistero creatore e redentore. I verbi "amare" e "dare" indicano un atto decisivo e definitivo che esprime la radicalità con cui Dio si è avvicinato all’uomo nell’amore, fino al dono totale, a varcare la soglia della nostra ultima solitudine, calandosi nell’abisso del nostro estremo abbandono, oltrepassando la porta della morte. L’oggetto e il beneficiario dell’amore divino è il mondo, cioè l’umanità. E’ una parola che cancella completamente l’idea di un Dio lontano ed estraneo al cammino dell’uomo, e svela, piuttosto, il suo vero volto: Egli ci ha donato il suo Figlio per amore, per essere il Dio vicino, per farci sentire la sua presenza, per venirci incontro e portarci nel suo amore, in modo che tutta la vita sia animata da questo amore divino. Il Figlio dell’uomo non è venuto per essere servito, ma per servire e donare la vita. Dio non spadroneggia, ma ama senza misura. Non manifesta la sua onnipotenza nel castigo, ma nella misericordia e nel perdono. Capire tutto questo significa entrare nel mistero della salvezza: Gesù è venuto per salvare e non per condannare; con il Sacrificio della Croce egli rivela il volto di amore di Dio. E proprio per la fede nell’amore sovrabbondante donatoci in Cristo Gesù, noi sappiamo che anche la più piccola forza di amore è più grande della massima forza distruttrice e può trasformare il mondo, e per questa stessa fede noi possiamo avere una "speranza affidabile", quella nella vita eterna e nella risurrezione della carne.

    Cari fratelli e sorelle, con le parole della prima lettura, tratta dal libro delle Lamentazioni, chiediamo che i Cardinali, gli Arcivescovi e i Vescovi, che oggi ricordiamo, generosi servitori del Vangelo e della Chiesa, possano ora conoscere pienamente quanto «buono è il Signore con chi spera in lui, con l’anima che lo cerca» e sperimentare che «presso il Signore è la misericordia e grande presso di lui la redenzione» (Sal 129). E noi, pellegrini in cammino verso la Gerusalemme celeste, aspettiamo in silenzio, con ferma speranza, la salvezza del Signore (cfr Lam 3,26), cercando di camminare sulle vie del bene, sostenuti dalla grazia di Dio, ricordando sempre che "non abbiamo quaggiù una città stabile, ma andiamo in cerca di quella futura" (Eb 13,14). Amen.

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    00 05/11/2010 15:38
    LE UDIENZE


    Il Santo Padre Benedetto XVI ha ricevuto questa mattina in Udienza:

    Ecc.mi Presuli della Conferenza Episcopale del Brasile (Regione SUL II), in Visita "ad Limina Apostolorum":

    S.E. Mons. Moacyr José Vitti, C.S.S., Arcivescovo di Curitiba

    con gli Ausiliari:

    S.E. Mons. João Carlos Seneme, C.S.S., Vescovo tit. di Albule,

    S.E. Mons. Rafael Biernaski, Vescovo tit. di Ruspe;

    S.E. Mons. Antônio Wagner da Silva, S.C.I., Vescovo di Guarapuava

    con il Vescovo emerito:

    S.E. Mons. Giovanni Zerbini, S.D.B.;

    S.E. Mons João Alves dos Santos, O.F.M. Cap.,Vescovo di Paranaguá;

    S.E. Mons. Sérgio Arthur Braschi, Vescovo di Ponta Grossa;

    S.E. Mons. Ladislau Biernaski, C.M., Vescovo di São José dos Pinhais;

    S.E. Mons. João Bosco Barbosa de Sousa, O.F.M., Vescovo di União da Vitória;

    S.E. Mons. Orlando Brandes, Arcivescovo di Londrina;

    S.E. Mons. Celso Antônio Marchiori, Vescovo di Apucarana;

    S.E. Mons. Getúlio Teixeira Guimarães, S.V.D., Vescovo di Cornélio Procópio.

    Il Papa riceve questa mattina in Udienza:

    Gruppo degli Ecc.mi Presuli della Conferenza Episcopale del Brasile (Regione SUL II), in Visita "ad Limina Apostolorum".











    VISITA "AD LIMINA APOSTOLORUM" DEGLI ECC.MI PRESULI DELLA CONFERENZA EPISCOPALE DEL BRASILE (REGIONE SUL II)


    Alle ore 12 di questa mattina, nella Sala del Concistoro del Palazzo Apostolico Vaticano, il Santo Padre Benedetto XVI incontra i Vescovi della Conferenza Episcopale del Brasile (Regione SUL II), ricevuti in questi giorni, in separate udienze, in occasione della Visita "ad Limina Apostolorum".

    Pubblichiamo di seguito il discorso che il Papa rivolge loro:


    DISCORSO DEL SANTO PADRE


    Venerados Irmãos no Episcopado,

    «O Deus da esperança vos encha de toda a alegria e paz em vossa vida de fé, para que abundeis na esperança pelo poder do Espírito Santo» (Rm 15, 13) a fim de guiar o vosso povo à plenitude da salvação em Cristo. De coração saúdo a todos e cada um de vós, amados Pastores do Regional Sul 2 em Visita ad limina Apostolorum, e agradeço as palavras que me dirigiu o vosso Presidente, Dom Moacyr, fazendo-se intérprete dos sentimentos de comunhão que vos unem ao Sucessor de Pedro. Por isso vos estou grato. Esta casa é também a vossa: sede bem-vindos! Nela podeis experimentar a universalidade da Igreja de Cristo que se estende até aos extremos confins da terra.

    Por sua vez, cada uma das vossas Igrejas particulares, queridos Bispos, é o generoso ponto de chegada de uma missão universal, o aflorar «aqui e agora» da Igreja universal. Neste caso, a justa relação entre «universal» e «particular» verifica-se não quando o universal retrocede diante do particular, mas quando o particular se abre ao universal e se deixa atrair e valorizar por ele. Na idéia divina, a Igreja é uma só: o Corpo de Cristo, a Esposa do Cordeiro, a Jerusalém do Alto, esta Cidade definitiva que seria o objetivo mais profundo da criação querida como o lugar onde se realiza a vontade de Deus e a terra se torna céu. Recordo-vos estes princípios, não porque os ignoreis, mas porque nos ajudam a bem situar as pessoas consagradas na Igreja. Com efeito, nesta, a unidade e a pluralidade não só não se opõem mas enriquecem-se reciprocamente na medida em que procuram a edificação do único Corpo de Cristo, a Igreja, por meio do «amor que une a todos na perfeição» (Cl 3, 14).

    Porção eleita do Povo de Deus, os consagrados e consagradas lembram hoje «uma planta com muitos ramos, que assenta as suas raízes no Evangelho e produz abundantes frutos em cada estação da Igreja» (Exort. ap. Vita consecrata, 5). Sendo a caridade o primeiro fruto do Espírito (cf. Gl 5, 22) e o maior de todos os carismas (cf. 1 Cor 12, 31), a comunidade religiosa enriquece a Igreja de que é parte viva, antes de tudo com o seu amor: ama a sua Igreja particular, enriquece-a com seus carismas e abre-a a uma dimensão mais universal. As delicadas relações entre as exigências pastorais da Igreja particular e a especificidade carismática da comunidade religiosa foram tratadas pelo documento Mutuae relationes, do qual está longe tanto a idéia de isolamento e de independência da comunidade religiosa em relação à Igreja particular, como a da sua prática absorção no âmbito da Igreja particular. «Como a comunidade religiosa não pode agir independentemente ou como alternativa ou, menos ainda, contra as diretrizes e a pastoral da Igreja particular, assim a Igreja particular não pode dispor a seu bel-prazer, segundo as suas necessidades, da comunidade religiosa ou de alguns dos seus membros» (Doc. Vida fraterna em comunidade, 60).

    Perante a diminuição dos membros em muitos Institutos e o seu envelhecimento, evidente em algumas partes do mundo, muitos se interrogam se a vida consagrada seja ainda hoje uma proposta capaz de atrair os jovens e as jovens. Bem sabemos, queridos Bispos, que as várias Famílias religiosas desde a vida monástica até às congregações religiosas e sociedades de vida apostólica, desde os institutos seculares até às novas formas de consagração tiveram a sua origem na história, mas a vida consagrada como tal teve origem com o próprio Senhor que escolheu para Si esta forma de vida virgem, pobre e obediente. Por isso a vida consagrada nunca poderá faltar nem morrer na Igreja: foi querida pelo próprio Jesus como parcela irremovível da sua Igreja. Daqui o apelo ao compromisso geral na pastoral vocacional: se a vida consagrada é um bem de toda a Igreja, algo que interessa a todos, também a pastoral que visa promover as vocações à vida consagrada deve ser um empenho sentido por todos: Bispos, sacerdotes, consagrados e leigos.

    Entretanto, como afirma o decreto conciliar Perfectae caritatis, «a conveniente renovação dos Institutos depende sobretudo da formação dos membros» (n. 18). Trata-se de uma afirmação fundamental para toda a forma de vida consagrada. A capacidade formativa de um Instituto, quer na sua fase inicial quer nas fases sucessivas, está no centro de todo o processo de renovação. «De fato, se a vida consagrada é, em si mesma, uma progressiva assimilação dos sentimentos de Cristo, resulta evidente que um tal caminho terá de durar a vida inteira para permear toda a pessoa (...) e torná-la semelhante ao Filho que Se entrega ao Pai pela humanidade. Assim entendida, a formação já não é apenas um tempo pedagógico de preparação para os votos, mas representa um modo teológico de pensar a própria vida consagrada, que em si mesma é uma formação jamais terminada, uma participação na ação do Pai que, através do Espírito plasma no coração os sentimentos do Filho» (Instr. Partir de Cristo, 15).

    Pelo modo que considerardes mais oportuno, venerados Irmãos, fazei chegar às vossas comunidades de consagrados e consagradas, independentemente do serviço claustral ou apostólico que estão desempenhando, a viva gratidão do Papa que de todas e todos se recorda nas suas orações, lembrando em especial os idosos e doentes, quantos atravessam momentos de crise e de solidão, quem sofre e se sente confuso e também os jovens e as jovens que hoje batem à porta das suas Casas e pedem para se entregar a Jesus Cristo na radicalidade do Evangelho. Agora, invocando o celeste patrocínio de Maria, modelo perfeito de consagração a Cristo, confirmo-vos mais uma vez a minha estima fraterna e concedo-vos, extensiva a todos os fiéis confiados aos vossos cuidados pastorais, uma propiciadora Bênção Apostólica.





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    00 06/11/2010 00:35
    Discorso del Papa ai Vescovi brasiliani della Regione Sul II


    CITTA' DEL VATICANO, venerdì, 5 novembre 2010 (ZENIT.org).- Pubblichiamo il testo del discorso che Papa Benedetto XVI ha pronunciato questo venerdì mattina ricevendo in udienza i Vescovi della Regione Sul II della Conferenza Episcopale del Brasile in occasione della loro Visita “ad Limina Apostolorum”.

    * * *

    Venerati Fratelli nell'Episcopato,

    «Il Dio della speranza vi riempia, nel credere, di ogni gioia e pace, perché abbondiate nella speranza per la virtù dello Spirito Santo» (Rm 15, 13), al fine di guidare il vostro popolo alla pienezza della salvezza in Cristo. Saluto di cuore tutti e ognuno di voi, amati pastori del regionale Sul 2 in visita ad limina Apostolorum, e ringrazio per le parole che mi ha rivolto il vostro presidente, monsignor Moacyr, che si è fatto interprete dei sentimenti di comunione che vi uniscono al Successore di Pietro. Per tutto ciò vi sono grato. Questa casa è anche la vostra: siate i benvenuti! In essa potete sperimentare l'universalità della Chiesa di Cristo che si estende fino agli estremi confini della terra.

    A sua volta, ognuna delle vostre Chiese particolari, cari vescovi, è il generoso punto di arrivo di una missione universale, l'affiorare «qui e ora» della Chiesa universale. In questo caso, la giusta relazione fra «universale» e «particolare» si verifica non quando l'universale retrocede di fronte al particolare, ma quando il particolare si apre all'universale e si lascia attrarre e valorizzare da esso. Nell'idea divina, la Chiesa è una sola: il Corpo di Cristo, la Sposa dell'Agnello, la Gerusalemme celeste, quella Città definitiva che sarebbe l'obiettivo più profondo della creazione, voluta come un luogo dove si realizza la volontà di Dio e la terra diventa cielo. Vi ricordo questi principi, non perché i li ignorate, ma perché ci aiutano a situare bene le persone consacrate nella Chiesa. In effetti, in essa l'unità e la pluralità non solo non si oppongono ma si arricchiscono anche reciprocamente, nella misura in cui ricercano l'edificazione dell'unico Corpo di Cristo, la Chiesa, per mezzo dell'amore «che le unisce in modo perfetto» (Col 3, 14).

    Porzione eletta del Popolo di Dio, i consacrati e le consacrate ricordano oggi «una pianta dai molti rami, che affonda le sue radici nel Vangelo e produce frutti copiosi in ogni stagione della Chiesa» (Esortazione apostolica Vita consecrata, n. 5). Essendo la carità il primo frutto dello Spirito (cfr. Gal 5, 22) e il più grande di tutti i carismi (cfr. 1 Cor 12, 31), la comunità religiosa arricchisce la Chiesa, della quale è parte viva, prima di tutto con il suo amore: ama la sua Chiesa particolare, l'arricchisce con i suoi carismi e l'apre a una dimensione più universale. Le delicate relazioni fra le esigenze pastorali della Chiesa particolare e la specificità carismatica della comunità religiosa sono state trattate dal documento Mutuae relationes, al quale è estranea sia l'idea di isolamento e d'indipendenza della comunità religiosa in rapporto alla Chiesa particolare, sia l'idea del suo pratico assorbimento nell'ambito della Chiesa particolare. «Come la comunità religiosa non può agire indipendentemente o in alternativa o meno ancora contro le direttive e la pastorale della Chiesa particolare, così la Chiesa particolare non può disporre a suo piacimento, secondo le sue necessità, della comunità religiosa o di alcuni suoi membri» (Documento La vita fraterna in comunità, n. 60).

    Dinanzi alla diminuzione dei membri in molti istituti e al loro invecchiamento, evidente in alcune parti del mondo, molti si chiedono se la vita consacrata sia ancora oggi una proposta capace di attrarre i giovani e le giovani. Sappiamo bene, cari vescovi, che le varie famiglie religiose, dalla vita monastica alle congregazioni religiose e alle società di vita apostolica, dagli istituti secolari alle nuove forme di consacrazione, hanno avuto la propria origine nella storia, ma la vita consacrata come tale ha avuto origine con il Signore stesso che scelse per sé questa forma di vita verginale, povera e obbediente. Per questo la vita consacrata non potrà mai mancare né morire nella Chiesa: fu voluta da Gesù stesso come porzione irremovibile della sua Chiesa. Da qui l'appello all'impegno generale nella pastorale vocazionale: se la vita consacrata è un bene di tutta la Chiesa, qualcosa che interessa tutti, anche la pastorale che mira a promuovere le vocazioni alla vita consacrata deve essere un impegno sentito da tutti: vescovi, sacerdoti, consacrati e laici.

    Pertanto, come afferma il decreto conciliare Perfectae caritatis, «l'aggiornamento degli istituti dipende in massima parte dalla formazione dei loro membri» (n. 18). Si tratta di un'affermazione fondamentale per ogni forma di vita consacrata. La capacità formativa di un istituto, sia nella sua fase iniziale sia nelle fasi successive, è al centro di tutto il processo di rinnovamento. «Se, infatti, la vita consacrata è in se stessa una “progressiva assimilazione dei sentimenti di Cristo”, sembra evidente che tale cammino non potrà che durare tutta l'esistenza, per coinvolgere tutta la persona (...) e renderla simile al Figlio che si dona al Padre per l'umanità. Così concepita la formazione non è più solo tempo pedagogico di preparazione ai voti, ma rappresenta un modo teologico di pensare la vita consacrata stessa, che è in sé formazione mai terminata “partecipazione all'azione del Padre che, mediante lo Spirito, plasma nel cuore i sentimenti del Figlio”» (Istruzione Ripartire da Cristo, n. 15).

    Nel modo che ritenete più opportuno, venerati fratelli, fate giungere alle vostre comunità di consacrati e di consacrate, indipendentemente dal servizio claustrale o apostolico che stanno svolgendo, la viva gratitudine del Papa che di tutte e di tutti si ricorda nelle sue preghiere, e soprattutto degli anziani e dei malati, di quanti attraversano momenti di crisi e di solitudine, di chi soffre e si sente confuso e anche dei giovani e delle giovani che oggi bussano alla porta delle loro Case e chiedono di potersi dedicare a Gesù Cristo nella radicalità del Vangelo. Ora, invocando la celeste protezione di Maria, modello perfetto di consacrazione a Cristo, vi confermo ancora una volta la mia stima fraterna e vi imparto una propiziatoria Benedizione Apostolica, che estendo a tutti i fedeli affidati alla vostra sollecitudine pastorale.

    [© Copyright 2010 - Libreria Editrice Vaticana, traduzione a cura de “L'Osservatore Romano”]

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    00 09/11/2010 01:00
    Benedetto XVI: “ogni vero riformatore è un obbediente della fede”
    Messaggio alla 62a Assemblea Generale della CEI ad Assisi



    CITTA' DEL VATICANO, lunedì, 8 novembre 2010 (ZENIT.org).- Pubblichiamo di seguito il messaggio di Benedetto XVI al Card. Angelo Bagnasco, Presidente della Conferenza Episcopale Italiana (CEI), letto questo lunedì dal Nunzio Apostolico in Italia, mons. Giuseppe Bertello, in occasione dell'apertura ad Assisi della 62a Assemblea generale della CEI.

    * * *

    Con questo messaggio, che vi invio in occasione della 62a Assemblea Generale della Conferenza Episcopale Italiana, intendo farmi spiritualmente pellegrino ad Assisi, per rendermi presente e raggiungere personalmente Lei e ciascuno dei Vescovi convenuti, Pastori premurosi delle amate Chiese particolari che sono in Italia. La vostra sollecitudine e il vostro impegno si manifestano nel governo responsabile delle diocesi nella vicinanza paterna ai sacerdoti e alle comunità parrocchiali. Di ciò è segno eloquente l’attenzione al tema dell’educazione, che avete assunto come priorità del decennio che si apre. Gli Orientamenti pastorali recentemente pubblicati sono espressione di una Chiesa che, alla scuola di Gesù Cristo, vuole prendersi a cuore la vita intera di ogni uomo e, a tale fine, cerca “nelle esperienze quotidiane l’alfabeto per comporre le parole con le quali ripresentare al mondo l’amore infinito di Dio” (Educare alla vita buona del Vangelo, 3).

    1. In questi giorni siete riuniti ad Assisi, la città nella quale “nacque al mondo un sole” (Dante, Paradiso, Canto XI), proclamato dal Venerabile Pio XII Patrono d’Italia: san Francesco, che conserva intatte la sua freschezza e la sua attualità – i Santi non tramontano mai! – dovute al suo essersi conformato totalmente a Cristo, di cui fu icona viva. Come il nostro, anche il tempo in cui visse san Francesco era segnato da profonde trasformazioni culturali, favorite dalla nascita delle università, dallo sviluppo dei comuni e dal diffondersi di nuove esperienze religiose. Proprio in quella stagione, grazie all’opera di Papa Innocenzo III – lo stesso dal quale il Poverello di Assisi ottenne il primo riconoscimento canonico – la Chiesa avviò una profonda riforma liturgica. Ne è espressione eminente il Concilio Lateranense IV (1215), che annovera tra i suoi frutti il “Breviario”. Questo libro di preghiera accoglieva in se la ricchezza della riflessione teologica e del vissuto orante del millennio precedente. Adottandolo, san Francesco e i suoi frati fecero propria la preghiera liturgica del Sommo Pontefice: in questo modo il Santo ascoltava e meditava assiduamente la Parola di Dio, fino a farla sua e a trasporla poi nelle preghiere di cui è autore, come in generale in tutti i suoi scritti.

    Lo stesso Concilio Lateranense IV, considerando con particolare attenzione il Sacramento dell’altare, inserì nella professione di fede il termine “transustanziazione”, per affermare la presenza reale di Cristo nel sacrificio eucaristico: “Il suo corpo e il suo sangue sono contenuti veramente nel Sacramento dell’altare, sotto le specie del pane e del vino, poiché il pane è transustanziato nel corpo e il vino nel sangue per divino potere” (DS, 802). Dall’assistere alla santa Messa e dal ricevere con devozione la santa Comunione sgorga la vita evangelica di san Francesco e la sua vocazione a ripercorrere il cammino di Cristo Crocifisso: “Il Signore – leggiamo nel Testamento del 1226 – mi dette tanta fede nelle chiese, che così semplicemente pregavo e dicevo: Ti adoriamo, Signore Gesù in tutte le tue chiese che sono nel mondo intero e ti benediciamo, poiché con la tua santa croce hai redento il mondo” (Fonti Francescane, n. 111). In questa esperienza trova origine anche la grande deferenza che portava ai sacerdoti e la consegna ai frati di rispettarli sempre e comunque, “perché dell’altissimo Figlio di Dio nient’altro io vedo corporalmente in questo mondo, se non il Santissimo Corpo e il Sangue suo che essi solo consacrano ed essi soli amministrano agli altri” (Fonti Francescane, n. 113). Davanti a tale dono, cari Fratelli, quale responsabilità di vita ne consegue per ognuno di noi! “Badate alla vostra dignità, frati sacerdoti – raccomandava ancora Francesco – e siate santi perché egli è santo” (Lettera al Capitolo Generale e a tutti i frati, in Fonti Francescane, n. 220)! Sì, la santità dell’Eucaristia esige che si celebri e si adori questo Mistero consapevoli della sua grandezza, importanza ed efficacia per la vita cristiana, ma esige anche purezza, coerenza e santità di vita da ciascuno di noi, per essere testimoni viventi dell’unico Sacrificio di amore di Cristo.

    ll Santo di Assisi non smetteva di contemplare come “Il Signore dell’universo, Dio e Figlio di Dio, così si umili da nascondersi, per la nostra salvezza, in poca apparenza di pane” (ibid., n. 221), e con veemenza chiedeva ai suoi frati: “Vi prego, più che se lo facessi per me stesso, che quando conviene e lo vedrete necessario, supplichiate umilmente i sacerdoti perchè venerino sopra ogni cosa il Santissimo Corpo e il Sangue del Signore nostro Gesù Cristo e i santi nomi e le parole di Lui scritte che consacrano il corpo” (Lettera a tutti i custodi, in Fonti Francescane, n. 241).

    2. L’autentico credente, in ogni tempo, sperimenta nella liturgia la presenza, il primato e l’opera di Dio. Essa è “veritatis splendor” (Sacramentum caritatis, 35), avvenimento nuziale, pregustazione della città nuova e definitiva e partecipazione ad essa; è legame di creazione e di redenzione, cielo aperto sulla terra degli uomini, passaggio dal mondo a Dio; è Pasqua, nella Croce e nella Risurrezione di Gesù Cristo; è l’anima della vita cristiana, chiamata alla sequela, riconciliazione che muove a carità fraterna. Cari Fratelli nell’Episcopato, il vostro convenire pone al centro dei lavori assembleari l’esame della traduzione italiana della terza edizione tipica del Messale Romano. La corrispondenza della preghiera della Chiesa (lex orandi) con la regola della fede (lex credendi) plasma il pensiero e i sentimenti della comunità cristiana, dando forma alla Chiesa, corpo di Cristo e tempio dello Spirito. Ogni parola umana non può prescindere dal tempo, anche quando, come nel caso della liturgia, costituisce una finestra che si apre oltre il tempo. Dare voce a una realtà perennemente valida esige pertanto il sapiente equilibrio di continuità e novità, di tradizione e attualizzazione. Il Messale stesso si pone all’interno di questo processo. Ogni vero riformatore, infatti, è un obbediente della fede: non si muove in maniera arbitraria, né si arroga alcuna discrezionalità sul rito; non è il padrone, ma il custode del tesoro istituito dal Signore e a noi affidato. La Chiesa intera è presente in ogni liturgia: aderire alla sua forma è condizione di autenticità di ciò che si celebra.

    3. Questa ragione vi spinge, nelle mutate condizioni del tempo, a rendere ancor più trasparente e praticabile quella stessa fede che risale all’epoca della Chiesa nascente. E’un compito tanto più urgente in una cultura che - come voi stessi rilevate - conosce “l’eclissi del senso di Dio e l’offuscarsi della dimensione dell’interiorità, l’incerta formazione dell’identità personale in un contesto plurale e frammentato, le difficoltà di dialogo tra le generazioni, la separazione tra intelligenza e affettività” (Educare alla vita buona del Vangelo, 9). Questi elementi sono il segno di una crisi di fiducia nella vita e influiscono in maniera rilevante sul processo educativo, nel quale i riferimenti affidabili si fanno labili. L’uomo contemporaneo ha investito molte energie nello sviluppo della scienza e della tecnica, conseguendo in questi campi traguardi indubbiamente significativi e apprezzabili. Tale progresso, tuttavia, è avvenuto spesso a scapito dei fondamenti del cristianesimo, nei quali si radica la storia feconda del Continente europeo: la sfera morale è stata confinata nell’ambito soggettivo e Dio, quando non viene negato, è comunque escluso dalla coscienza pubblica. Eppure, la persona cresce nella misura in cui fa esperienza del bene e impara a distinguerlo dal male, al di là del calcolo che considera unicamente le conseguenze di una singola azione o che usa come criterio di valutazione la possibilità di compierla.

    Per invertire la rotta, non è sufficiente un generico richiamo ai valori, né una proposta educativa che si accontenti di interventi puramente funzionali e frammentari. C’è bisogno, invece, di un rapporto personale di fedeltà tra soggetti attivi, protagonisti della relazione, capaci di prendere posizione e di mettere in gioco la propria libertà (cfr ibid., 26). Per questa ragione, è quanto mai opportuna la vostra scelta di chiamare a raccolta intorno alla responsabilità educativa tutti coloro che hanno a cuore la città degli uomini e il bene delle nuove generazioni. Tale indispensabile alleanza non può che partire da una nuova prossimità alla famiglia, che ne riconosca e sostenga il primato educativo: è al suo interno che si plasma il volto di un popolo. Come Chiesa che vive in Italia, attenta a interpretare ciò che avviene in profondità nel mondo di oggi e, quindi, a cogliere le domande e i desideri dell’uomo, voi rinnovate l’impegno a operare con disponibilità all’ascolto e al dialogo, mettendo a disposizione di tutti la buona notizia dell’amore paterno di Dio. Vi anima la certezza che "Gesù Cristo è la via, che conduce ciascuno alla piena realizzazione di sé secondo il disegno di Dio. E’ la verità, che rivela l’uomo a se stesso e ne guida il cammino di crescita nella libertà. E’ la vita, perché in lui ogni uomo trova il senso ultimo del suo esistere e del suo operare: la piena comunione di amore con Dio ne1l’eternità” (ibid., n. 19).

    4. In questo cammino, vi esorto a valorizzare la liturgia quale fonte perenne di educazione alla vita buona del Vangelo. Essa introduce al1’incontro con Gesù Cristo, che con parole e opere costantemente edifica la Chiesa, formandola alle profondità dell’asco1to, della fraternità e della missione. I riti parlano in forza della loro intrinseca ragionevolezza e comunicabilità ed educano a una partecipazione consapevole, attiva e fruttuosa (cfr Sacrosanctum Concilium, n. 11). Cari Fratelli, alziamo il capo e lasciamoci guardare negli occhi da Cristo, unico Maestro, Redentore da cui promana ogni nostra responsabilità nei confronti delle comunità che ci sono affidate e di ogni uomo. Maria Santissima, con cuore di Madre, vegli sul nostro cammino e ci accompagni con la sua intercessione. Nel rinnovare la mia affettuosa vicinanza e il mio fraterno incoraggiamento, imparto di cuore a Lei, Venerato Fratello, ai Vescovi, ai collaboratori e a tutti i presenti la mia Apostolica Benedizione.

    Dal Vaticano, 4 novembre 2010

    Benedetto XVI

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    00 09/11/2010 15:22
    MESSAGGIO DEL SANTO PADRE AL PRESIDENTE DELLA CONFERENZA EPISCOPALE ITALIANA


    Pubblichiamo di seguito il Messaggio che il Santo Padre Benedetto XVI ha inviato al Presidente della Conferenza Episcopale Italiana, Em.mo Card. Angelo Bagnasco, in occasione dei lavori della 62a Assemblea Generale della CEI (Assisi, 8-11 novembre 2010):


    MESSAGGIO DEL SANTO PADRE

    Al Venerato Fratello

    il Cardinale Angelo Bagnasco

    Presidente della Conferenza Episcopale Italiana

    Con questo messaggio, che vi invio in occasione della 62a Assemblea Generale della Conferenza Episcopale Italiana, intendo farmi spiritualmente pellegrino ad Assisi, per rendermi presente e raggiungere personalmente Lei e ciascuno dei Vescovi convenuti, Pastori premurosi delle amate Chiese particolari che sono in Italia. La vostra sollecitudine e il vostro impegno si manifestano nel governo responsabile delle diocesi e nella vicinanza paterna ai sacerdoti e alle comunità parrocchiali. Di ciò è segno eloquente l’attenzione al tema dell’educazione, che avete assunto come priorità del decennio che si apre. Gli Orientamenti pastorali recentemente pubblicati sono espressione di una Chiesa che, alla scuola di Gesù Cristo, vuole prendersi a cuore la vita intera di ogni uomo e, a tale fine, cerca "nelle esperienze quotidiane l’alfabeto per comporre le parole con le quali ripresentare al mondo l’amore infinito di Dio" (Educare alla vita buona del Vangelo, 3).

    1. In questi giorni siete riuniti ad Assisi, la città nella quale "nacque al mondo un sole" (Dante, Paradiso, Canto XI), proclamato dal Venerabile Pio XII Patrono d’Italia: san Francesco, che conserva intatte la sua freschezza e la sua attualità – i Santi non tramontano mai! – dovute al suo essersi conformato totalmente a Cristo, di cui fu icona viva.

    Come il nostro, anche il tempo in cui visse san Francesco era segnato da profonde trasformazioni culturali, favorite dalla nascita delle università, dallo sviluppo dei comuni e dal diffondersi di nuove esperienze religiose.

    Proprio in quella stagione, grazie all’opera di Papa Innocenzo III – lo stesso dal quale il Poverello di Assisi ottenne il primo riconoscimento canonico – la Chiesa avviò una profonda riforma liturgica. Ne è espressione eminente il Concilio Lateranense IV (1215), che annovera tra i suoi frutti il "Breviario". Questo libro di preghiera accoglieva in sé la ricchezza della riflessione teologica e del vissuto orante del millennio precedente. Adottandolo, san Francesco e i suoi frati fecero propria la preghiera liturgica del Sommo Pontefice: in questo modo il Santo ascoltava e meditava assiduamente la Parola di Dio, fino a farla sua e a trasporla poi nelle preghiere di cui è autore, come in generale in tutti i suoi scritti.

    Lo stesso Concilio Lateranense IV, considerando con particolare attenzione il Sacramento dell’altare, inserì nella professione di fede il termine "transustanziazione", per affermare la presenza reale di Cristo nel sacrificio eucaristico: "Il suo corpo e il suo sangue sono contenuti veramente nel Sacramento dell’altare, sotto le specie del pane e del vino, poiché il pane è transustanziato nel corpo e il vino nel sangue per divino potere" (DS, 802).

    Dall’assistere alla santa Messa e dal ricevere con devozione la santa Comunione sgorga la vita evangelica di san Francesco e la sua vocazione a ripercorrere il cammino di Cristo Crocifisso: "Il Signore – leggiamo nel Testamento del 1226 – mi dette tanta fede nelle chiese, che così semplicemente pregavo e dicevo: Ti adoriamo, Signore Gesù, in tutte le tue chiese che sono nel mondo intero e ti benediciamo, poiché con la tua santa croce hai redento il mondo" (Fonti Francescane, n. 111).

    In questa esperienza trova origine anche la grande deferenza che portava ai sacerdoti e la consegna ai frati di rispettarli sempre e comunque, "perché dell’altissimo Figlio di Dio nient’altro io vedo corporalmente in questo mondo, se non il Santissimo Corpo e il Sangue suo che essi soli consacrano ed essi soli amministrano agli altri" (Fonti Francescane, n. 113).

    Davanti a tale dono, cari Fratelli, quale responsabilità di vita ne consegue per ognuno di noi! "Badate alla vostra dignità, frati sacerdoti - raccomandava ancora Francesco – e siate santi perché egli è santo" (Lettera al Capitolo Generale e a tutti i frati, in Fonti Francescane, n. 220)! Sì, la santità dell’Eucaristia esige che si celebri e si adori questo Mistero consapevoli della sua grandezza, importanza ed efficacia per la vita cristiana, ma esige anche purezza, coerenza e santità di vita da ciascuno di noi, per essere testimoni viventi dell’unico Sacrificio di amore di Cristo.

    Il Santo di Assisi non smetteva di contemplare come "il Signore dell’universo, Dio e Figlio di Dio, così si umilî da nascondersi, per la nostra salvezza, in poca apparenza di pane" (ibid., n. 221), e con veemenza chiedeva ai suoi frati: "Vi prego, più che se lo facessi per me stesso, che quando conviene e lo vedrete necessario, supplichiate umilmente i sacerdoti perché venerino sopra ogni cosa il Santissimo Corpo e il Sangue del Signore nostro Gesù Cristo e i santi nomi e le parole di Lui scritte che consacrano il corpo" (Lettera a tutti i custodi, in Fonti Francescane, n. 241).

    2. L’autentico credente, in ogni tempo, sperimenta nella liturgia la presenza, il primato e l’opera di Dio. Essa è "veritatis splendor" (Sacramentum caritatis, 35), avvenimento nuziale, pregustazione della città nuova e definitiva e partecipazione ad essa; è legame di creazione e di redenzione, cielo aperto sulla terra degli uomini, passaggio dal mondo a Dio; è Pasqua, nella Croce e nella Risurrezione di Gesù Cristo; è l’anima della vita cristiana, chiamata alla sequela, riconciliazione che muove a carità fraterna.

    Cari Fratelli nell’Episcopato, il vostro convenire pone al centro dei lavori assembleari l’esame della traduzione italiana della terza edizione tipica del Messale Romano. La corrispondenza della preghiera della Chiesa (lex orandi) con la regola della fede (lex credendi) plasma il pensiero e i sentimenti della comunità cristiana, dando forma alla Chiesa, corpo di Cristo e tempio dello Spirito. Ogni parola umana non può prescindere dal tempo, anche quando, come nel caso della liturgia, costituisce una finestra che si apre oltre il tempo. Dare voce a una realtà perennemente valida esige pertanto il sapiente equilibrio di continuità e novità, di tradizione e attualizzazione.

    Il Messale stesso si pone all’interno di questo processo. Ogni vero riformatore, infatti, è un obbediente della fede: non si muove in maniera arbitraria, né si arroga alcuna discrezionalità sul rito; non è il padrone, ma il custode del tesoro istituito dal Signore e a noi affidato. La Chiesa intera è presente in ogni liturgia: aderire alla sua forma è condizione di autenticità di ciò che si celebra.

    3. Questa ragione vi spinge, nelle mutate condizioni del tempo, a rendere ancor più trasparente e praticabile quella stessa fede che risale all’epoca della Chiesa nascente. È un compito tanto più urgente in una cultura che – come voi stessi rilevate – conosce "l’eclissi del senso di Dio e l’offuscarsi della dimensione dell’interiorità, l’incerta formazione dell’identità personale in un contesto plurale e frammentato, le difficoltà di dialogo tra le generazioni, la separazione tra intelligenza e affettività" (Educare alla vita buona del Vangelo, 9). Questi elementi sono il segno di una crisi di fiducia nella vita e influiscono in maniera rilevante sul processo educativo, nel quale i riferimenti affidabili si fanno labili.

    L’uomo contemporaneo ha investito molte energie nello sviluppo della scienza e della tecnica, conseguendo in questi campi traguardi indubbiamente significativi e apprezzabili. Tale progresso, tuttavia, è avvenuto spesso a scapito dei fondamenti del cristianesimo, nei quali si radica la storia feconda del Continente europeo: la sfera morale è stata confinata nell’ambito soggettivo e Dio, quando non viene negato, è comunque escluso dalla coscienza pubblica. Eppure, la persona cresce nella misura in cui fa esperienza del bene e impara a distinguerlo dal male, al di là del calcolo che considera unicamente le conseguenze di una singola azione o che usa come criterio di valutazione la possibilità di compierla.

    Per invertire la rotta, non è sufficiente un generico richiamo ai valori, né una proposta educativa che si accontenti di interventi puramente funzionali e frammentari. C’è bisogno, invece, di un rapporto personale di fedeltà tra soggetti attivi, protagonisti della relazione, capaci di prendere posizione e di mettere in gioco la propria libertà (cfr ibid., 26).

    Per questa ragione, è quanto mai opportuna la vostra scelta di chiamare a raccolta intorno alla responsabilità educativa tutti coloro che hanno a cuore la città degli uomini e il bene delle nuove generazioni. Tale indispensabile alleanza non può che partire da una nuova prossimità alla famiglia, che ne riconosca e sostenga il primato educativo: è al suo interno che si plasma il volto di un popolo.

    Come Chiesa che vive in Italia, attenta a interpretare ciò che avviene in profondità nel mondo di oggi e, quindi, a cogliere le domande e i desideri dell’uomo, voi rinnovate l’impegno a operare con disponibilità all’ascolto e al dialogo, mettendo a disposizione di tutti la buona notizia dell’amore paterno di Dio. Vi anima la certezza che "Gesù Cristo è la via, che conduce ciascuno alla piena realizzazione di sé secondo il disegno di Dio. È la verità, che rivela l’uomo a se stesso e ne guida il cammino di crescita nella libertà. È la vita, perché in lui ogni uomo trova il senso ultimo del suo esistere e del suo operare: la piena comunione di amore con Dio nell’eternità" (ibid., n. 19).

    4. In questo cammino, vi esorto a valorizzare la liturgia quale fonte perenne di educazione alla vita buona del Vangelo. Essa introduce all’incontro con Gesù Cristo, che con parole e opere costantemente edifica la Chiesa, formandola alle profondità dell’ascolto, della fraternità e della missione. I riti parlano in forza della loro intrinseca ragionevolezza e comunicabilità ed educano a una partecipazione consapevole, attiva e fruttuosa (cfr Sacrosanctum Concilium, n. 11).

    Cari Fratelli, alziamo il capo e lasciamoci guardare negli occhi da Cristo, unico Maestro, Redentore da cui promana ogni nostra responsabilità nei confronti delle comunità che ci sono affidate e di ogni uomo. Maria Santissima, con cuore di Madre, vegli sul nostro cammino e ci accompagni con la sua intercessione.

    Nel rinnovare la mia affettuosa vicinanza e il mio fraterno incoraggiamento, imparto di cuore a Lei, Venerato Fratello, ai Vescovi, ai collaboratori e a tutti i presenti la mia Apostolica Benedizione.

    Dal Vaticano, 4 novembre 2010



    BENEDICTUS PP. XVI




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    00 10/11/2010 15:32
    RINUNCE E NOMINE




    NOMINA DELL’ARCIVESCOVO METROPOLITA DI MWANZA (TANZANIA)

    Il Santo Padre Benedetto XVI ha nominato Arcivescovo Metropolita di Mwanza (Tanzania) S.E. Mons. Jude Thaddaeus Ruwa’ichi, O.F.M. Cap., finora Vescovo di Dodoma e Presidente della Conferenza Episcopale di Tanzania.



    NOMINA DI AUSILIARE DI PORTO ALEGRE (BRASILE)

    Il Papa ha nominato Ausiliare dell’arcidiocesi di Porto Alegre (Brasile) il Rev.do P. Jaime Spengler, O.F.M., finora Guardiano della Fraternità "Bom Jesus da Aldeia" a Campo Largo, nell’arcidiocesi di Curitiba, assegnandogli la sede titolare vescovile di Patara.

    Rev.do P. Jaime Spengler, O.F.M.

    Il Rev.do P. Jaime Spengler, O.F.M., è nato il 6 settembre 1960, a Blumenau, nello Stato di Santa Catarina, nell’omonima diocesi. Ha fatto il postulantato francescano a Guaratinguetá (1981) e il noviziato a Rodeio (1982); ha emesso la professione perpetua nel 1985 ed è stato ordinato sacerdote il 17 novembre 1990.

    Ha compiuto gli studi di Filosofia presso l’Istituto Filosofico "São Boaventura" a Campo Largo e quelli di Teologia prima presso l’Istituto Teologico Francescano a Petrópolis (1986-1987) e poi presso l’Istituto Teologico di Jerusalém (1987-1990), nel quale ha ottenuto la licenza in Sacra Scrittura. Successivamente ha ottenuto a Roma, presso il Pontificio Ateneo "Antonianum", la Laurea in Filosofia (1995-1998).

    Ha svolto i seguenti incarichi: Professore nel Noviziato Francescano a Rodeio, Maestro dei Postulanti (1990); Professore nel Postulantato e Vicario parrocchiale a Guaratinguetá (1991-1994); Professore e Vice-Rettore dell’Istituto di Filosofia "São Boaventura" a Campo Largo (2000-2003); Assistente Religioso della Federação Brasileira das Irmãs Concepcionistas (2001-2002); Superiore locale e Vicario Parrocchiale della Parrocchia "Senhor Bom Jesus", nell’arcidiocesi di Curitiba (2004-2006), Professore di Filosofia alla Facoltà "São Boaventura" a Curitiba (2000-2003); Vice-presidente dell’Associazione Francescana di Ensino Senhor Bom Jesus a Campo Largo, dove dal 2007 è anche Guardiano del Convento locale.




    NOMINA DI MEMBRO DEL PONTIFICIO COMITATO DI SCIENZE STORICHE

    Il Santo Padre ha nominato Membro del Pontificio Comitato di Scienze Storiche l’Ill.mo Prof. Claude Prudhomme, Docente di Storia Contemporanea all’Università Louis Lumière - Lyon 2 di Lyon (Francia).























    L’UDIENZA GENERALE



    L’Udienza Generale di questa mattina si è svolta in due momenti distinti: alle ore 10.30, nella Basilica Vaticana, il Santo Padre Benedetto XVI ha incontrato i partecipanti ai Pellegrinaggi provenienti da Carpineto Romano e dalla Repubblica Ceca e i singoli fedeli che non hanno trovato posto nell’Aula delle Udienze; successivamente, nell’Aula Paolo VI, ha tenuto la catechesi e ha salutato i diversi gruppi di pellegrini giunti dall’Italia e da ogni parte del mondo.

    Nel discorso in lingua italiana, il Papa si è soffermato sul suo recente Viaggio Apostolico a Santiago de Compostela e a Barcelona.

    Dopo aver riassunto la Sua catechesi nelle diverse lingue, il Santo Padre Benedetto XVI ha rivolto particolari espressioni di saluto ai gruppi di fedeli presenti.

    L’Udienza Generale si è conclusa con il canto del Pater Noster e la Benedizione Apostolica.


    SALUTO AI PELLEGRINI NELLA BASILICA VATICANA

    Cari fratelli e sorelle!

    Sono lieto di accogliervi e di rivolgere a ciascuno di voi il mio cordiale benvenuto. In particolare, saluto voi, fedeli di Carpineto Romano, qui convenuti con il vostro Pastore Mons. Lorenzo Loppa, per ricambiare la visita, breve ma intensa, che ho avuto la gioia di compiere nella vostra terra, nello scorso mese di settembre, in occasione del bicentenario della nascita di Papa Leone XIII. Cari amici, desidero rinnovare a tutti il mio vivo ringraziamento per la calorosa accoglienza che mi avete riservato in quella circostanza. Penso alla disponibilità delle Autorità civili, segnatamente del Sindaco e del Consiglio comunale, come pure al solerte impegno del vostro Vescovo, del Parroco e dei loro collaboratori, specialmente nella preparazione della Celebrazione eucaristica, così ben curata e partecipata. Il ricordo di quell’evento, carico di significato ecclesiale e spirituale, ravvivi in ciascuno il desiderio di approfondire sempre di più la vita di fede, nel solco degli insegnamenti del vostro illustre concittadino Papa Leone XIII, la cui coraggiosa azione pastorale suscitò un provvido rinnovamento dell’impegno dei cattolici nella società.

    Cari amici, non stancatevi di affidarvi a Cristo e di annunciarlo con la vostra vita, in famiglia e in ogni ambiente. È questo che gli uomini anche oggi attendono dalla Chiesa. Con tali sentimenti, di cuore imparto a tutti la mia Benedizione, che volentieri estendo alle vostre famiglie e a tutte le persone care.

    Srdečně zdravím vás, poutníky z České republiky, kteří jste se zde sešli v tak hojném počtu, abyste oplatili mou návštěvu, kterou jsem s radostí vykonal ve vaší zemi v minulém roce. Milí přátelé, vítám vás! Uchovávám si milou a vděčnou vzpomínku na svou příjemnou cestu do vaší krásné země. Myslím zvlášť na vlídnou ochotu vážených představitelů veřejného života, na vřelé přijetí, kterého se mi dostalo od ctihodných bratří v biskupském úřadu, od kněží, zasvěcených osob i od všech věřících, kteří chtěli s nadšením vyjádřit svou víru kolem Petrova nástupce. Vnímal jsem rovněž pozornost, kterou mi věnovali i ti, kdo, byť vzdáleni od církve, hledají přesto skutečné duchovní lidské hodnoty, jichž chce být katolické společenství radostným svědkem. Prosím Pána, aby milosti oné cesty přinesly plody, a přeji křesťanskému lidu České republiky, aby opět s novým elánem a odvahou vydával všude svědectví Evangeliu. Ze srdce vám všem uděluji zvláštní Apoštolské požehnání, které rozšiřuji vašim rodinám a celé vaší vlasti.

    [Saluto cordialmente voi pellegrini provenienti dalla Repubblica Ceca, qui convenuti così numerosi per ricambiare la visita che ho avuto la gioia di compiere nel vostro Paese lo scorso anno. Cari amici, siate i benvenuti! Conservo un caro e grato ricordo di quel mio piacevole viaggio nella vostra bella terra. Penso in particolare alla deferente cortesia delle distinte Autorità; alla calorosa accoglienza che ho ricevuto dai venerati Fratelli nell’Episcopato, dai sacerdoti, dalle persone consacrate e da tutti i fedeli, che hanno voluto esprimere con entusiasmo la loro fede, attorno al successore di Pietro. Mi ha colpito anche l’attenta considerazione che mi hanno riservato anche quanti, pur essendo lontani dalla Chiesa, sono tuttavia in ricerca di valori umani spirituali autentici, di cui la stessa comunità cattolica vuole essere gioiosa testimone. Prego il Signore di far fruttificare le grazie di quel viaggio, e auguro che il popolo cristiano della Repubblica Ceca, prosegua, con rinnovato slancio, a rendere dappertutto una coraggiosa testimonianza evangelica. A tutti voi imparto di cuore una speciale Benedizione Apostolica, estensibile alle vostre famiglie e all’intera vostra Patria.]



    CATECHESI DEL SANTO PADRE IN LINGUA ITALIANA

    Cari fratelli e sorelle!

    Oggi vorrei ricordare con voi il Viaggio Apostolico a Santiago di Compostela e Barcellona, che ho avuto la gioia di compiere sabato e domenica scorsi. Mi sono recato là per confermare nella fede i miei fratelli (cfr Lc 22,32); l’ho fatto come testimone di Cristo Risorto, come seminatore della speranza che non delude e non inganna, perché ha la sua origine nell’infinito amore di Dio per tutti gli uomini.

    La prima tappa è stata Santiago. Fin dalla cerimonia di benvenuto, ho potuto sperimentare l’affetto che le genti di Spagna nutrono verso il Successore di Pietro. Sono stato accolto veramente con grande entusiasmo e calore. In quest’Anno Santo Compostelano, ho voluto farmi pellegrino insieme con quanti, numerosissimi, si sono recati a quel celebre Santuario. Ho potuto visitare la "Casa dell’Apostolo Giacomo il Maggiore", il quale continua a ripetere, a chi vi giunge bisognoso di grazia, che, in Cristo, Dio è venuto nel mondo per riconciliarlo a sé, non imputando agli uomini le loro colpe.

    Nell’imponente Cattedrale di Compostela, dando, con emozione, il tradizionale abbraccio al Santo, pensavo a come questo gesto di accoglienza e amicizia sia anche un modo di esprimere l’adesione alla sua parola e la partecipazione alla sua missione. Un segno forte della volontà di conformarsi al messaggio apostolico, il quale, da un lato, ci impegna ad essere fedeli custodi della Buona Novella che gli Apostoli hanno trasmesso, senza cedere alla tentazione di alterarla, sminuirla o piegarla ad altri interessi, e, dall’altro, trasforma ciascuno di noi in annunciatori instancabili della fede in Cristo, con la parola e la testimonianza della vita in tutti i campi della società.

    Vedendo il numero di pellegrini presenti alla Santa Messa solenne che ho avuto la grande gioia di presiedere a Santiago, meditavo su che ciò che spinge tanta gente a lasciare le occupazioni quotidiane e intraprendere il cammino penitenziale verso Compostela, un cammino a volte lungo e faticoso: è il desiderio di giungere alla luce di Cristo, cui anelano nel profondo del loro cuore, anche se spesso non lo sanno esprimere bene a parole. Nei momenti di smarrimento, di ricerca, di difficoltà, come pure nell’aspirazione a rafforzare la fede e a vivere in modo più coerente, i pellegrini a Compostela intraprendono un profondo itinerario di conversione a Cristo, che ha assunto in sé la debolezza, il peccato dell’umanità, le miserie del mondo, portandole dove il male non ha più potere, dove la luce del bene illumina ogni cosa. Si tratta di un popolo di silenziosi camminatori, provenienti da ogni parte del mondo, che riscoprono l’antica tradizione medioevale e cristiana del pellegrinaggio, attraversando borghi e città permeate di cattolicesimo.

    In quella solenne Eucaristia, vissuta dai tantissimi fedeli presenti con intensa partecipazione e devozione, ho chiesto con fervore che quanti si recano in pellegrinaggio a Santiago possano ricevere il dono di diventare veri testimoni di Cristo, che hanno riscoperto ai crocevia delle suggestive strade verso Compostela. Ho pregato anche perché i pellegrini, seguendo le orme di numerosi Santi che nel corso dei secoli hanno compiuto il "Cammino di Santiago", continuino a mantenerne vivo il genuino significato religioso, spirituale e penitenziale, senza cedere alla banalità, alla distrazione, alle mode. Quel cammino, intreccio di vie che solcano vaste terre formando una rete attraverso la Penisola Iberica e l’Europa, è stato e continua ad essere luogo di incontro di uomini e donne delle più diverse provenienze, uniti dalla ricerca della fede e della verità su se stessi, e suscita esperienze profonde di condivisione, di fraternità e di solidarietà.

    E’ proprio la fede in Cristo che dà senso a Compostela, un luogo spiritualmente straordinario, che continua ad essere punto di riferimento per l’Europa di oggi nelle sue nuove configurazioni e prospettive. Conservare e rafforzare l’apertura al trascendente, così come un dialogo fecondo tra fede e ragione, tra politica e religione, tra economia ed etica, permetterà di costruire un’Europa che, fedele alle sue imprescindibili radici cristiane, possa rispondere pienamente alla propria vocazione e missione nel mondo. Perciò, certo delle immense possibilità del Continente europeo e fiducioso in un suo futuro di speranza, ho invitato l’Europa ad aprirsi sempre più a Dio, favorendo così le prospettive di un autentico incontro, rispettoso e solidale, con le popolazioni e le civiltà degli altri Continenti.

    Domenica, poi, ho avuto la gioia veramente grande di presiedere, a Barcellona, la Dedicazione della chiesa della Sacra Famiglia, che ho dichiarato Basilica Minore. Nel contemplare la grandiosità e la bellezza di quell’edificio, che invita ad elevare lo sguardo e l’animo verso l’Alto, verso Dio, ricordavo le grandi costruzioni religiose, come le cattedrali del Medioevo, che hanno segnato profondamente la storia e la fisionomia delle principali Città dell’Europa. Quella splendida opera - ricchissima di simbologia religiosa, preziosa nell’intreccio delle forme, affascinante nel gioco delle luci e dei colori - quasi un’immensa scultura in pietra, frutto della fede profonda, della sensibilità spirituale e del talento artistico di Antoni Gaudí, rinvia al vero santuario, il luogo del culto reale, il Cielo, dove Cristo è entrato per comparire al cospetto di Dio in nostro favore (cfr Eb 9,24). Il geniale architetto, in quel magnifico tempio, ha saputo rappresentare mirabilmente il mistero della Chiesa, alla quale i fedeli sono incorporati con il Battesimo come pietre vive per la costruzione di un edificio spirituale (cfr 1Pt 2,5).

    La chiesa della Sacra Famiglia fu concepita e progettata da Gaudí come una grande catechesi su Gesù Cristo, come un cantico di lode al Creatore. In quell’edificio così imponente, egli ha posto la propria genialità al servizio del bello. Infatti, la straordinaria capacità espressiva e simbolica delle forme e dei motivi artistici, come pure le innovative tecniche architettoniche e scultoree, evocano la Fonte suprema di ogni bellezza. Il famoso architetto considerò questo lavoro come una missione nella quale era coinvolta tutta la sua persona. Dal momento in cui accettò l’incarico della costruzione di quella chiesa, la sua vita fu segnata da un cambiamento profondo. Intraprese così un’intensa pratica di preghiera, digiuno e povertà, avvertendo la necessità di prepararsi spiritualmente per riuscire ad esprimere nella realtà materiale il mistero insondabile di Dio. Si può dire che, mentre Gaudí lavorava alla costruzione del tempio, Dio costruiva in lui l’edificio spirituale (cfr Ef 2,22), rafforzandolo nella fede e avvicinandolo sempre più all’intimità di Cristo. Ispirandosi continuamente alla natura, opera del Creatore, e dedicandosi con passione a conoscere la Sacra Scrittura e la liturgia, egli seppe realizzare nel cuore della Città un edificio degno di Dio e, perciò stesso, degno dell’uomo.

    A Barcellona, ho visitato anche l’Opera del "Nen Déu", un’iniziativa ultracentenaria, molto legata a quella Arcidiocesi, dove vengono curati, con professionalità e amore, bambini e giovani diversamente abili. Le loro vite sono preziose agli occhi di Dio e ci invitano costantemente ad uscire dal nostro egoismo. In quella casa, sono stato partecipe della gioia e della carità profonda e incondizionata delle Suore Francescane dei Sacri Cuori, del generoso lavoro di medici, di educatori e di tanti altri professionisti e volontari, che operano con encomiabile dedizione in quell’Istituzione. Ho anche benedetto la prima pietra di una nuova Residenza che sarà parte di questa Opera, dove tutto parla di carità, di rispetto della persona e della sua dignità, di gioia profonda, perché l’essere umano vale per quello che è, e non solo per quello che fa.

    Mentre ero a Barcellona, ho pregato intensamente per le famiglie, cellule vitali e speranza della società e della Chiesa. Ho ricordato anche coloro che soffrono, in particolare in questi momenti di serie difficoltà economiche. Ho tenuto presente, allo stesso tempo, i giovani - che mi hanno accompagnato in tutta la visita a Santiago e Barcellona con il loro entusiasmo e la loro gioia - perché scoprano la bellezza, il valore e l’impegno del Matrimonio, in cui un uomo e una donna formano una famiglia, che con generosità accoglie la vita e la accompagna dal suo concepimento fino al suo termine naturale. Tutto quello che si fa per sostenere il matrimonio e la famiglia, per aiutare le persone più bisognose, tutto ciò che accresce la grandezza dell’uomo e la sua inviolabile dignità, contribuisce al perfezionamento della società. Nessuno sforzo è vano in questo senso.

    Cari amici, rendo grazie a Dio per le giornate intense che ho trascorso a Santiago di Compostela e a Barcellona. Rinnovo il mio ringraziamento al Re e alla Regina di Spagna, ai Principi delle Asturie e a tutte le Autorità. Rivolgo ancora una volta il mio pensiero riconoscente e affettuoso ai cari Fratelli Arcivescovi di quelle due Chiese particolari e ai loro collaboratori, come pure a quanti si sono generosamente prodigati affinché la mia visita in quelle due meravigliose Città fosse fruttuosa. Sono stati giorni indimenticabili, che rimarranno impressi nel mio cuore! In particolare, le due Celebrazioni eucaristiche, accuratamente preparate e intensamente vissute da tutti i fedeli, anche attraverso i canti, tratti sia dalla grande tradizione musicale della Chiesa, sia dalla genialità di autori moderni, sono stati momenti di vera gioia interiore. Dio ricompensi tutti, come solo Lui sa fare; la Santissima Madre di Dio e l’Apostolo san Giacomo continuino ad accompagnare con la loro protezione il loro cammino. L’anno prossimo, a Dio piacendo, mi recherò di nuovo in Spagna, a Madrid, per la Giornata Mondiale della Gioventù. Affido fin d’ora alla vostra preghiera questa provvida iniziativa, affinché sia occasione di crescita nella fede per tanti giovani.



    SINTESI DELLA CATECHESI NELLE DIVERSE LINGUE



    ○ Sintesi della catechesi in lingua francese

    Je reviens rempli de joie, après le voyage que je viens d’effectuer en Espagne. Ces deux jours furent inoubliables, par l’enthousiasme, et l’affection qui m’ont accueilli en tant que Successeur de Pierre. Dans l’imposante cathédrale de Compostelle, j’ai embrassé saint Jacques. Ce geste traditionnel est le signe fort du désir de se conformer à son message apostolique en étant fidèle à annoncer l’Evangile sans céder à la tentation de le modifier, de le banaliser ou de le faire servir à d’autres intérêts. Tant de pèlerins, de tous les continents, en silencieux marcheurs sur ce chemin accomplissent ainsi un profond itinéraire de conversion au Christ. Unis dans la quête de la vérité sur eux-mêmes, qu’ils continuent à maintenir vivant l’authentique sens religieux, spirituel et pénitentiel de ce lieu, point de référence de l’Europe d’aujourd’hui ! C’est une splendide et gigantesque catéchèse sur Jésus Christ que le génie de Gaudi a réalisée en construisant la Sagrada Familia. Louange au Créateur, source de toute beauté, cette basilique que j’ai dédicacée, rappelle que le Baptême nous incorpore comme pierre vivante dans le Mystère de l’Eglise. J’ai prié intensément à Barcelone, pour la famille, cellule vitale et espérance de la société : aucun effort n’est vain quand on défend et soutient le mariage, dans lequel un homme et une femme fonde une famille, et que l’on manifeste l’inviolable dignité de toute personne.

    Je salue les pèlerins francophones, particulièrement ceux de la paroisse de Dannemarie-Haut-Rhin, et de la paroisse Saint Roch de Fréjus avec leur Evêque, Mgr Rey, ainsi que les élèves de l’Institut Saint Dominique de Rome et de Pau. Chers amis, puissiez-vous être porteurs de la joie et de la vérité du Christ autour de vous ! A tous, je souhaite un bon pèlerinage !


    ○ Sintesi della catechesi in lingua inglese

    Dear Brothers and Sisters,

    This past weekend I made an Apostolic Journey to Santiago de Compostela and Barcelona, two great cities of Spain and Europe. I came as a pilgrim among pilgrims in this Holy Year of Compostela, to venerate the Apostle Saint James the Greater. The traditional practice of embracing the image of the Saint symbolizes our embrace of the Gospel which he preached and the mission which we receive in Baptism to bear daily witness to Christ and to strengthen society by our fidelity to the wisdom and truth of the Gospel. On Sunday, in Barcelona, I dedicated the Church of the Sagrada Familia, the masterpiece of the great architect Antoni Gaudí. In this magnificent edifice Gaudí wished to celebrate the eternal source of all beauty, made flesh in Jesus Christ, who calls all humanity to become, in the Church, a temple in which God dwells. Let us pray for all families, that they may fulfil their unique role in society, and for all the people of Spain and Europe, that they may always find in their Christian roots the inspiration to pursue, along the pathways of our time, the historic mission of the Continent in today’s world.

    I offer a warm welcome to all the English-speaking visitors present at today’s Audience, especially those from England, Denmark, Sweden, Japan and the United States of America. Upon you and your families I invoke Almighty God’s blessings of joy and peace.


    ○ Sintesi della catechesi in lingua tedesca

    Liebe Brüder und Schwestern!

    Heute möchte ich eine kurze Rückschau auf meine Apostolische Reise nach Spanien halten. Der begeisterte Empfang und die herzliche Aufnahme, die ich überall erfahren durfte, haben mich sehr gefreut, und allen Beteiligten möchte ich herzlich dafür danken.

    Zwei Anlässe haben mich bewogen, nach Santiago de Compostela und nach Barcelona zu kommen. Zum einen war es mir gerade mitten im Heiligen Jahr von Compostela ein Anliegen, diesen Ort reicher religiöser Tradition zu besuchen. Am Grab des heiligen Jakobus des Älteren wollte ich mich mit allen Pilgern vereinen und als Nachfolger des Apostels Petrus meine Brüder im Glauben stärken (vgl. Lk 22,32). Ich habe darum gebetet, daß wir alle zu wahren Zeugen Christi werden. Der uralte Wallfahrtsort empfängt uns mit einer Offenheit für die Transzendenz, für Gott und zeigt uns, wie fruchtbar der Dialog zwischen Glaube und Vernunft, zwischen Politik und Religion für ein erneuertes Europa sein kann, das sich seiner christlichen Wurzeln bewußt wird. Der zweite Anlaß meines Besuches war die Weihe der Kirche der »Sagrada Familia« in Barcelona, ein wahres Meisterwerk christlicher Kunst und Frömmigkeit. Mit feinsinniger Spiritualität und künstlerischem Talent schuf Antonio Gaudí ein Werk, das uns einlädt, den Blick der Seele nach oben zu erheben, zu Gott, dem Allerhöchsten. Er spricht von drei Büchern, aus denen er schöpft und die darin sprechen: dem Buch der Schöpfung, dem Buch der Schrift und dem Buch der Liturgie, die zusammenklingen und die Sinfonie der Wirklichkeit darstellen, die Gott uns schenkt. Dabei habe ich daran erinnert, daß Gott uns selbst durch die Taufe als lebendige Steine zu einem lebendigen geistigen Haus bauen will, in dem er selber Wohnung nehmen kann, so daß die Menschheit selbst zum lebendigen Tempel wird.

    Mit Freude grüße ich die deutschsprachigen Pilger und Besucher, heute besonders den Bund der Historischen Schützenbruderschaft. Nach Kräften wollen wir uns bemühen, die Wohnung Gottes in unseren Herzen zu ehren und seiner Liebe in uns Raum zu geben. Dazu helfe uns allen der Heilige Geist. Euch allen wünsche ich einen gesegneten Aufenthalt hier in Rom.


    ○ Sintesi della catechesi in lingua spagnola

    Queridos hermanos y hermanas:

    Quisiera hoy recordar con vosotros el Viaje Apostólico a Santiago de Compostela y Barcelona, que realicé el fin de semana pasado. Me dirigí allí para confirmar en la fe a mis hermanos. En este Año Santo, quise visitar la Casa del Apóstol Santiago, como peregrino entre los peregrinos, para confiarle los trabajos y anhelos de todos los hijos de la Iglesia en España y Europa. Al día siguiente viajé a Barcelona, donde tuve la alegría de dedicar el templo de la Sagrada Familia, al que quise, además, declarar Basílica menor. Esa obra del genial arquitecto Antoni Gaudí es una alabanza a Dios hecha en piedra. Por la tarde, visité la Obra benéfico-social del Nen Déu, iniciativa eclesial donde se pone de manifiesto que la caridad es el distintivo de la condición cristiana.

    Saludo a los peregrinos de lengua española, invitándolos a dar gracias a Dios por el Viaje Apostólico a Santiago de Compostela y Barcelona. Conservo un inolvidable recuerdo de la amabilidad con la que me acogieron en Compostela Sus Altezas Reales los Príncipes de Asturias y con la que Sus Majestades los Reyes de España me despidieron en Barcelona. Deseo también agradecer vivamente a las Autoridades y a las Fuerzas de Seguridad todo el trabajo llevado a cabo con eficacia para que mi estancia en esos lugares se desarrollara felizmente. Reitero mi afectuoso agradecimiento a los Arzobispos de esas dos Iglesias particulares, así como a quienes numerosos me han acompañado con suma cordialidad en los actos celebrados en esas dos emblemáticas ciudades. Pido al Señor que bendiga copiosamente a los Pastores y fieles de esas nobles tierras, para que aviven su fe y la transmitan con valentía, siendo cristianos como ciudadanos y ciudadanos como cristianos. Volveré a España para la celebración de la Jornada Mundial de la Juventud. De nuevo, muchas gracias a todos los españoles.


    ○ Sintesi della catechesi in lingua portoghese

    Queridos irmãos e irmãs,

    Gostaria de recordar, hoje convosco, alguns momentos marcantes da Viagem Apostólica à Espanha que realizei no passado fim de semana. A primeira etapa foi Santiago de Compostela, onde, fazendo-me peregrino com os peregrinos, quis visitar o célebre santuário dedicado ao Apóstolo São Tiago Maior. Durante a solene Eucaristia, pedi para todos quantos fazem o Caminho de Santiago que possam receber o dom de se transformar em verdadeiras testemunhas de Cristo, mantendo assim o genuíno significado religioso, espiritual e penitencial dessa secular peregrinação. Depois, em Barcelona, tive a grande alegria de presidir à dedicação da igreja da Sagrada Família. Trata-se de uma construção imponente, de beleza singular, fruto da sensibilidade espiritual e do talento artístico de Antoni Gaudí que ajuda a elevar o olhar e o ânimo para o transcendente. Encerrei a viagem com a visita à Obra "Nen Deu", que cuida de crianças e jovens com necessidades especiais. Lá tudo fala de caridade, de respeito à pessoa e à sua dignidade, porque o ser humano vale por aquilo que é, e não só por aquilo que faz.

    Queridos peregrinos de língua portuguesa, particularmente os fiéis vindos do Rio de Janeiro: sede bem vindos! Que essa peregrinação a Roma vos ajude a crescer na esperança, que nasce do amor infinito de Deus pelos homens, e assim possais dar um eloqüente testemunho cristão na sociedade. Ide em paz! Obrigado!



    SALUTI PARTICOLARI NELLE DIVERSE LINGUE



    ○ Saluto in lingua polacca

    Serdecznie pozdrawiam wszystkich Polaków. Bardzo wam dziękuję za duchowe wsparcie podczas mojej pielgrzymki do Santiago de Compostela i do Barcelony. Wezwałem Europę, by otworzyła się na Boga, wychodząc na spotkanie z Nim bez lęku. Niech to pragnienie spełni się dzięki naszej modlitwie i ewangelicznemu świadectwu wiary. Niech będzie pochwalony Jezus Chrystus.

    [Saluto cordialmente tutti i polacchi. Vi ringrazio molto per avermi sostenuto spiritualmente, in occasione del mio viaggio a Santiago di Compostela e a Barcellona. Ho esortato l’Europa ad aprirsi a Dio, andando incontro a Lui senza timore. Si realizzi questo auspicio grazie alla preghiera di tutti noi e alla comune testimonianza evangelica della fede.]


    ○ Saluto in lingua ungherese

    Most a magyar zarándokokat köszöntöm, akik Budapestről és Tornáról érkeztek. Kedves Testvéreim, az Egyház holnap megemlékezik Tours-i Szent Márton püspökről, aki Pannónia földjén született. Az ő közbenjárását kérve szívesen adom apostoli áldásomat.

    Dicsértessék a Jézus Krisztus!

    [Ora rivolgo un cordiale saluto ai pellegrini di lingua ungherese, specialmente ai membri dei gruppi venuti da Budapest e Turna nad Bodvou. Domani la Chiesa ricorda la figura del Vescovo San Martino di Tours, nato nella terra di Pannonia. Chiedendo la sua intercessione vi imparto la Benedizione Apostolica. Sia lodato Gesù Cristo!]


    ○ Saluto in lingua slovacca

    Zo srdca vítam slovenských pútnikov, osobitne z Bratislavy. Bratia a sestry, včera sme slávili Výročie posviacky rímskej Lateránskej baziliky. Nech návšteva katedrály biskupa Ríma posilní vašu lásku k nástupcovi svätého Petra. Rád žehnám vás i vašich drahých. Pochválený buď Ježiš Kristus!

    [Do un cordiale benvenuto ai pellegrini slovacchi, particolarmente a quelli provenienti da Bratislava. Fratelli e sorelle, ieri abbiamo celebrato la Dedicazione della Basilica romana Lateranense. La visita alla Cattedrale del Vescovo di Roma rafforzi il vostro amore per il successore di San Pietro. Volentieri benedico voi ed i vostri cari. Sia lodato Gesù Cristo!]


    ○ Saluto in lingua italiana

    Il mio cordiale benvenuto va ora ai pellegrini di lingua italiana. Saluto in particolare il gruppo di fedeli dell’Arcidiocesi di Udine, con l’Arcivescovo Mons. Andrea Bruno Mazzocato e i partecipanti al convegno nazionale del "Fogolar Furlan". Cari amici, vi incoraggio a tenere vivo quello spirito di religiosità, di pace, di giustizia, di concordia, che è sempre stato alla base della storia della terra friulana. Saluto le Figlie di Maria Ausiliatrice e le Suore di Sant’Anna, convenute a Roma da diversi Paesi per i loro rispettivi incontri formativi, ed auguro loro di porre sempre al servizio dell’evangelizzazione ogni personale competenza e attitudine.

    Il mio pensiero si rivolge ora ai giovani, ai malati e agli sposi novelli. Nella liturgia di ieri abbiamo celebrato la festa della Dedicazione della Basilica di San Giovanni in Laterano, "caput et mater omnium ecclesiarum". Insieme con essa ricordiamo anche le chiese in cui si raccolgono le vostre comunità e quelle che attendono ancora di essere costruite a Roma e nel mondo. Cari giovani, malati e sposi cristiani, vi esorto a collaborare con tutto il popolo di Dio e con tutti gli uomini di buona volontà a realizzare la Casa del Signore. Siate sempre "pietre vive" dell’edificio spirituale che è la Chiesa, camminando insieme nel servizio al Vangelo, nell’offerta della preghiera e nella condivisione della carità.



    UDIENZA AL PRESIDENTE DEL PARLAMENTO DI MONTENEGRO

    Al termine dell’Udienza Generale, il Santo Padre Benedetto XVI ha ricevuto in Udienza, nell’Auletta dell’Aula Paolo VI, S.E. Ranko Krivokapić, Presidente del Parlamento di Montenegro, e Seguito.

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    00 11/11/2010 00:53
    Messaggio di Benedetto XVI in vista del G20 di Seoul
    Il Papa auspica una visione condivisa della dignità umana



    CITTA' DEL VATICANO, mercoledì, 10 novembre 2010 (ZENIT.org).- Pubblichiamo di seguito il messaggio inviato da Benedetto XVI al presidente della Repubblica di Corea, Lee Myung-bak, alla vigilia del G20 che si aprirà giovedì 11 novembre, a Seoul.

    * * *

    A Sua Eccellenza Sig. Lee Myung-bak, Presidente della Repubblica di Corea

    Signor Presidente,

    L'imminente riunione, a Seoul, dei Capi di Stato e di Governo delle ventidue più grandi economie mondiali, insieme con il Segretario Generale dell'Onu, con la Presidenza dell'Ue e di alcune Organizzazioni regionali, come pure con i responsabili di varie Agenzie specializzate, non ha soltanto una portata globale, ma è anche un segno eloquente della rilevanza e della responsabilità acquisite dall'Asia nello scenario internazionale all'inizio del secolo XXI. La Presidenza coreana del Vertice è un riconoscimento del significativo livello di sviluppo economico raggiunto dal Suo Paese, che è il primo, fra quelli non appartenenti al g8, ad ospitare il g20 e a guidare le sue decisioni nel mondo dopo la crisi. Si tratta di tracciare la soluzione di questioni assai complesse, dalle quali dipende il futuro delle prossime generazioni e che, pertanto, necessitano della collaborazione di tutta la comunità internazionale, nel riconoscimento, comune e concorde fra tutti i Popoli, del valore primario e centrale della dignità umana, obiettivo finale delle scelte stesse.

    La Chiesa cattolica, secondo il suo specifico, si sente coinvolta e condivide le preoccupazioni dei leaders che parteciperanno al Vertice di Seoul. Incoraggio pertanto ad affrontare i molteplici e gravi problemi che vi aspettano — e che, in un certo senso, oggi stanno davanti a ogni persona umana — coerentemente con le ragioni più profonde della crisi economico-finanziaria, tenendo adeguatamente in considerazione le conseguenze delle misure che sono state adottate per compensare la crisi medesima ed alla ricerca di soluzioni durature, sostenibili e giuste. Nel fare ciò auspico che ci sia viva consapevolezza che gli strumenti adottati, in quanto tali, funzioneranno solo se, in ultima analisi, saranno destinati alla realizzazione di un medesimo fine: il progresso autentico ed integrale dell'uomo.

    Il mondo vi guarda ed attende l'adozione di strumenti adeguati per uscire dalla crisi, con accordi comuni che non privilegino alcuni Paesi a scapito di altri. La storia vi ricorda inoltre che, per quanto sia difficile conciliare le diverse identità socio-culturali, economiche e politiche oggi coesistenti, detti strumenti, per essere efficaci, dovranno essere applicati in modo sinergico e, soprattutto, rispettoso della natura dell'uomo. Per il futuro stesso dell'umanità è decisivo dimostrare al mondo ed alla storia che oggi, anche grazie a questa crisi, l'uomo è maturato al punto da riconoscere che le civiltà e le culture, al pari dei sistemi economici, sociali e politici, possono e devono convergere in una visione condivisa della dignità umana e rispettosa delle leggi e delle esigenze poste in essa da Dio creatore. Il g20 risponderà alle attese in esso riposte e consegnerà al futuro un vero successo se, a partire dai problemi diversi e talvolta contrastanti che affliggono i Popoli della terra, saprà delineare i tratti del bene comune universale e dimostrerà la volontà di cooperare per raggiungerlo.

    Con questi sentimenti imploro la benedizione di Dio su tutti i partecipanti al Vertice di Seoul e colgo l'occasione per rinnovarLe, Signor Presidente, i sentimenti della mia stima e del mio deferente e cordiale ossequio.

    Dal Vaticano, 8 novembre 2010

    Benedetto XVI

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    00 11/11/2010 15:23
    LE UDIENZE

    Il Santo Padre Benedetto XVI ha ricevuto questa mattina in Udienza:

    Ecc.mi Presuli della Conferenza Episcopale del Brasile (Regione SUL II), in Visita "ad Limina Apostolorum":

    S.E. Mons. Volodemer Koubetch, O.S.B.M., Vescovo di São João Batista em Curitiba degli Ucraini;
    S.E. Mons. Antônio Braz Benevente, Vescovo di Jacarezinho;
    S.E. Mons. Anuar Battisti, Arcivescovo di Maringá;
    S.E. Mons. Francisco Javier Del Valle Paredes, Vescovo di Campo Mourão;
    Rev.do Ilson Luiz Da Graça, Amministratore Diocesano di Paranavaí;
    S.E. Mons. Sérgio Aparecido Colombo, Vescovo di Bragança Paulista;
    Mons. José Dantas De Sousa, Amministratore Diocesano di Umuarama;
    S.E. Mons. Vicente Costa, Vescovo di Jundiaí;
    S.E. Mons. Mauro Aparecido dos Santos, Arcivescovo di Cascavel;
    S.E. Mons. Laurindo Guizzardi, C.S., Vescovo emerito di Foz do Iguaçu;
    S.E. Mons. José Antônio Peruzzo, Vescovo di Palmas-Francisco Beltrão;
    S.E. Mons. Francisco Carlos Bach, Vescovo di Toledo;
    S.E. Mons. Giovanni Zerbini, S.D.B., Vescovo emerito di Guarapuava.

    Il Santo Padre ha ricevuto oggi:
    S.E. Mons. Gerhard Ludwig Müller, Vescovo di Regensburg (Germania).

    Il Papa riceve questa mattina in Udienza:
    Partecipanti alla Plenaria del Pontificio Comitato per i Congressi Eucaristici Internazionali.




    RINUNCE E NOMINE


    NOMINA DEL VESCOVO DI NASHIK (INDIA)

    Il Santo Padre Benedetto XVI ha nominato Vescovo di Nashik (India) S.E. Mons. Lourdes Daniel, finora Vescovo di Amravati ed Amministratore Apostolico di Nashik.










    UDIENZA AI PARTECIPANTI ALLA PLENARIA DEL PONTIFICIO COMITATO PER I CONGRESSI EUCARISTICI INTERNAZIONALI

    Alle ore 12 di questa mattina, nella Sala Clementina del Palazzo Apostolico Vaticano, il Santo Padre Benedetto XVI riceve in Udienza i partecipanti all’Assemblea Plenaria del Pontificio Comitato per i Congressi Eucaristici Internazionali e rivolge loro il discorso che pubblichiamo di seguito:


    DISCORSO DEL SANTO PADRE

    Signori Cardinali,
    Venerati Fratelli nell’episcopato e nel sacerdozio,
    cari fratelli e sorelle!

    Sono lieto di accogliervi a conclusione dei lavori dell’Assemblea Plenaria del Pontificio Comitato per i Congressi Eucaristici Internazionali. Saluto cordialmente ciascuno di voi, in particolare il Presidente, l’Arcivescovo Mons. Piero Marini, che ringrazio per le cortesi espressioni con cui ha introdotto il nostro incontro. Saluto i Delegati Nazionali delle Conferenze Episcopali e, in modo speciale, la Delegazione Irlandese, guidata da Mons. Diarmuid Martin, Arcivescovo di Dublino, città nella quale avrà luogo il prossimo Congresso Eucaristico Internazionale, nel giugno 2012. La vostra Assemblea ha dedicato grande attenzione a tale evento, che si inserisce anche nel programma di rinnovamento della Chiesa in Irlanda. Il tema, "L’Eucaristia, comunione con Cristo e tra noi", ricorda la centralità del Mistero eucaristico per la crescita della vita di fede e per ogni autentico cammino di rinnovamento ecclesiale. La Chiesa, mentre è pellegrinante in terra, è sacramento di unità degli uomini con Dio e tra di loro (cfr Conc. Vat. II, Cost. dogm. Lumen gentium, 1). Per questo fine, essa ha ricevuto la Parola e i Sacramenti, soprattutto l’Eucaristia, della quale "continuamente vive e cresce" (ibid., 26) e nella quale in pari tempo esprime se stessa.

    Il dono di Cristo e del suo Spirito, che riceviamo nell’Eucaristia, compie con sovrabbondante pienezza gli aneliti di unità fraterna che albergano nel cuore umano, e insieme li innalza ben al di sopra della semplice esperienza conviviale umana. Mediante la comunione al Corpo di Cristo la Chiesa diventa sempre più se stessa: mistero di unità "verticale" e "orizzontale" per l’intero genere umano. Ai germi di disgregazione, che l’esperienza quotidiana mostra tanto radicati nell’umanità a causa del peccato, si contrappone la forza generatrice di unità del Corpo di Cristo. L’Eucaristia, formando continuamente la Chiesa, crea anche comunione tra gli uomini.

    Carissimi, alcune felici circostanze rendono maggiormente significativi i lavori da voi svolti in questi giorni e gli eventi futuri. La presente Assemblea cade - come ha già detto Mons. Marini - nel 50° anniversario del Congresso Eucaristico di Monaco di Baviera, che segnò una svolta nella comprensione di questi eventi ecclesiali elaborando l’idea di "statio orbis", che sarà ripresa più tardi dal Rituale romano De sacra Communione et de cultu Mysterii eucharistici extra Missam. A quell’Assise, come ha ricordato ancora Mons. Marini, ebbi la gioia di partecipare personalmente, e anche di vedere crescere tale concetto, da giovane professore di teologia. Inoltre, il Congresso di Dublino del 2012 avrà un carattere giubilare, infatti sarà il 50°, e si terrà altresì a 50 anni dall’apertura del Concilio Ecumenico Vaticano II, a cui il tema fa esplicito riferimento richiamando il capitolo 7 della Costituzione dogmatica Lumen gentium.

    I Congressi Eucaristici Internazionali hanno ormai una lunga storia nella Chiesa. Mediante la forma caratteristica della "statio orbis", essi mettono in risalto la dimensione universale della celebrazione: infatti, si tratta sempre di una festa di fede attorno a Cristo Eucaristico, il Cristo del sacrificio supremo per l’umanità, alla quale partecipano fedeli non solo di una Chiesa particolare o di una nazione, ma, per quanto possibile, di varie parti dell’Orbe. E’ la Chiesa che si raccoglie attorno al suo Signore e suo Dio. A tale riguardo, importante è il ruolo dei Delegati nazionali. Essi sono chiamati a sensibilizzare le rispettive Chiese all’avvenimento del Congresso, soprattutto nel periodo della sua preparazione, affinché da esso rifluiscano frutti di vita e di comunione.

    Compito dei Congressi Eucaristici, soprattutto nel contesto attuale, è anche quello di dare un peculiare contributo alla nuova evangelizzazione, promuovendo l’evangelizzazione mistagogica (cfr Esort. ap. postsinod. Sacramentum caritatis, 64), che si compie alla scuola della Chiesa in preghiera, a partire dalla liturgia e attraverso la liturgia. Ma ogni Congresso porta in sé anche un afflato evangelizzatore in senso più strettamente missionario, tanto che il binomio Eucaristia-missione è entrato a far parte delle linee guida proposte dalla Santa Sede. La Mensa eucaristica, mensa del sacrificio e della comunione, viene così a rappresentare il centro diffusore del fermento del Vangelo, forza propulsiva per la costruzione della società umana e pegno del Regno che viene. La missione della Chiesa è in continuità con quella di Cristo: "Come il Padre ha mandato me, anche io mando voi" (Gv 20,21). E l’Eucaristia è il principale tramite di questa continuità missionaria tra Dio Padre, il Figlio incarnato, e la Chiesa che cammina nella storia, guidata dallo Spirito Santo.

    Infine, un’indicazione liturgico-pastorale. Poiché la celebrazione eucaristica è il centro e il culmine di tutte le varie manifestazioni e forme di pietà, è importante che ogni Congresso eucaristico sappia coinvolgere ed integrare, secondo lo spirito della riforma conciliare, tutte le espressioni del culto eucaristico "extra missam" che affondano le loro radici nella devozione popolare, come pure le associazioni di fedeli che a vario titolo dall’Eucaristia traggono ispirazione. Tutte le devozioni eucaristiche, raccomandate ed incoraggiate anche dall’Enciclica Ecclesia de Eucharistia (nn. 10; 47-52) e dall’Esortazione post-sinodale Sacramentum caritatis, vanno armonizzate secondo una ecclesiologia eucaristica orientata verso la comunione. Anche in questo senso i Congressi eucaristici sono un aiuto al rinnovamento permanente della vita eucaristica della Chiesa.

    Cari fratelli e sorelle, l’apostolato eucaristico a cui dedicate i vostri sforzi è assai prezioso. Perseverate in esso con impegno e passione, animando e diffondendo la devozione eucaristica in tutte le sue espressioni. Nell’Eucaristia è racchiuso il tesoro della Chiesa, cioè lo stesso Cristo, che sulla Croce si è immolato per la salvezza dell’umanità. Accompagno il vostro apprezzato servizio con l’assicurazione della mia preghiera, per intercessione di Maria Santissima, e con la Benedizione Apostolica, che di cuore imparto a voi, ai vostri cari e ai vostri collaboratori.












    LETTERA DEL SANTO PADRE AL PRESIDENTE DELLA REPUBBLICA ISLAMICA DELL’IRAN

    Pubblichiamo di seguito la Lettera che il Santo Padre Benedetto XVI ha inviato al Presidente della Repubblica Islamica dell’Iran, S.E. Mahmoud Ahmadinejad. La Lettera è stata consegnata al Presidente iraniano dall’Em.mo Card. Jean-Louis Tauran, Presidente del Pontificio Consiglio per il Dialogo Inter-Religioso, nel corso di un incontro avvenuto il 9 novembre a Teheran.


    LETTERA DEL SANTO PADRE

    To His Excellency Mahmoud Ahmadinejad
    President of the Islamic Republic of Iran

    Mr President,

    I am writing to acknowledge the courteous words of greeting and the reflections that Your Excellency kindly sent me by the good offices of His Excellency Mr Hojjat ol Eslam Haj Sayyed Mohammad Reza Mir Tajjadini, Vice President of the Islamic Republic of Iran.

    It is my profound conviction that respect for the transcendent dimension of the human person is an indispensable condition for the construction of a just social order and a stable peace. Indeed, one’s relationship with God is the ultimate foundation for the inalienable dignity and sacred character of every human life.

    When the promotion of the dignity of the human person is the primary inspiration of political and social activity that is committed to search for the common good, solid and enduring foundations are created for building peace and harmony between peoples.

    Peace is, above all, a gift from God, which is sought in prayer, but it is also the result of the efforts of people of good will. In this perspective, believers of every religion have a special responsibility and can play a decisive role, cooperating in common initiatives. Interreligious and intercultural dialogue is a fundamental path to peace.

    Strongly convinced of this, the recent Special Assembly for the Middle East of the Synod of Bishops, which took place in the Vatican from 10 to 24 October 2010, was a significant moment of reflection and sharing on the situation in the Middle East and on the great challenges placed before the Catholic communities present there. In some countries these communities face difficult circumstances, discrimination and even violence and they lack the freedom to live and publicly profess their faith. I am certain that the work of the Synod will bear good fruit for the Church and for the whole of society.

    The Catholics present in Iran and those around the world make efforts to collaborate with their fellow citizens to contribute loyally and honestly to the common good of the respective societies in which they live, becoming builders of peace and reconciliation.

    In this spirit, I express the hope that the cordial relations already happily existing between the Holy See and Iran will continue to progress, as well as those of the local Church with the civil authorities. I am also convinced that the launch of a bilateral Commission would be especially helpful in addressing questions of common concern, including that of the juridical status of the Catholic Church in the country.

    With these sentiments, I avail myself of the occasion to renew to you, Mr President, the assurance of my highest consideration.

    From the Vatican, 3 November 2010

    BENEDICTUS PP. XVI





    Lettera di Benedetto XVI al Presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad


    CITTA' DEL VATICANO, giovedì, 11 novembre 2010 (ZENIT.org).- Pubblichiamo di seguito il testo della lettera che Papa Benedetto XVI ha inviato al Presidente della Repubblica Islamica dell’Iran, Mahmoud Ahmadinejad. La lettera è stata consegnata al Presidente iraniano dal Cardinale Jean-Louis Tauran, Presidente del Pontificio Consiglio per il Dialogo Interreligioso, durante un incontro avvenuto il 9 novembre a Teheran.

    * * *

    A Sua Eccellenza Mahmoud Ahmadinejad

    Presidente della Repubblica Islamica dell'Iran

    Signor Presidente,

    Le scrivo per ringraziarla per le cortesi parole di saluto e per le riflessioni che Sua Eccellenza mi ha gentilmente inviato attraverso i buoni uffici di Sua Eccellenza il Signor Hojjat ol Eslam Haj Sayyed Mohammad Reza Mir Tajjadini, vicepresidente della Repubblica Islamica dell'Iran.

    E' mia profonda convinzione che il rispetto della dimensione trascendente della persona umana sia una condizione indispensabile per la costruzione di un giusto ordine sociale e di una pace stabile. La relazione con Dio è infatti il fondamento ultimo della dignità inalienabile e del carattere sacro di ogni vita umana.

    Quando la promozione della dignità della persona umana è l'ispirazione fondamentale dell'attività politica e sociale impegnata nella ricerca del bene comune, si creano basi solide e durature per la costruzione della pace e dell'armonia tra i popoli.

    La pace è soprattutto un dono di Dio, ricercato nella preghiera, ma è anche il risultato degli sforzi di persone di buona volontà. In questa prospettiva, i credenti di ogni religione hanno una speciale responsabilità e possono giocare un ruolo decisivo, cooperando in iniziative comuni. Il dialogo interreligioso e interculturale è una via fondamentale per la pace.

    Fortemente convinta di questo, la recente Assemblea Speciale per il Medio Oriente del Sinodo dei Vescovi, che ha avuto luogo in Vaticano dal 10 al 24 ottobre, è stata un momento significativo di riflessione e di condivisione sulla situazione in Medio Oriente e sulle grandi sfide a cui devono far fronte le comunità cattoliche ivi presenti. In alcuni Paesi queste comunità affrontano situazioni difficili, discriminazione e perfino violenza, e non hanno la libertà di vivere e professare pubblicamente la loro fede. Sono certo che l'opera del Sinodo porterà buoni frutti per la Chiesa e per tutta la società.

    I cattolici presenti in Iran e quelli di tutto il mondo si sforzano di collaborare con i loro concittadini per contribuire in modo onesto e leale al bene comune delle società in cui vivono, facendosi costruttori di pace e di riconciliazione.

    In questo spirito, esprimo la speranza che le cordiali relazioni già felicemente esistenti tra la Santa Sede e l'Iran continuino a progredire, così come quelle della Chiesa locale con le autorità civili. Sono anche convinto che l'avvio di una Commissione bilaterale sarebbe particolarmente utile per affrontare questioni di interesse comune, inclusa quella dello status giuridico della Chiesa cattolica nel Paese.

    Con questi sentimenti, colgo l'occasione di rinnovarle, Signor Presidente, l'assicurazione della mia più alta considerazione.

    Dal Vaticano, 3 novembre 2010

    BENEDICTUS PP. XVI



    [Traduzione dall'originale in inglese a cura di ZENIT]








    LETTERA DEL SANTO PADRE ALL’ARCHIVISTA E BIBLIOTECARIO DI SANTA ROMANA CHIESA, IN OCCASIONE DELLA RIAPERTURA DELLA BIBLIOTECA APOSTOLICA VATICANA

    Pubblichiamo di seguito la Lettera che il Santo Padre Benedetto XVI ha inviato all’Archivista e Bibliotecario di Santa Romana Chiesa, Em.mo Card. Raffaele Farina, S.D.B., in occasione della riapertura della Biblioteca Apostolica Vaticana:


    LETTERA DEL SANTO PADRE

    Al Venerato Fratello
    Cardinale RAFFAELE FARINA, S.D.B.
    Archivista e Bibliotecario di Santa Romana Chiesa

    La riapertura della Biblioteca Vaticana, dopo tre anni di chiusura per importanti lavori, viene celebrata con una mostra intitolata «Conoscere la Biblioteca Vaticana: una storia aperta al futuro» e con un convegno sul tema «La Biblioteca Apostolica Vaticana come luogo di ricerca e come istituzione al servizio degli studiosi». Seguo con particolare interesse queste iniziative, non solo per confermare la mia personale vicinanza di uomo di studio alla benemerita Istituzione, ma anche per continuare la secolare e costante cura che i miei Predecessori hanno riservato ad essa. Una delle due epigrafi apposte da Papa Sisto V accanto all’ingresso del Salone Sistino ricorda che essa fu incominciata (inchoata) da quei Papi che ascoltarono la voce dell’apostolo Pietro. In questa idea di continuità di una storia bimillenaria vi è una verità profonda: la Chiesa di Roma sin dai suoi inizi è legata ai libri; dapprima saranno stati quelli delle Sacre Scritture, poi quelli teologici e relativi alla disciplina e al governo della Chiesa. Infatti, se la Biblioteca Vaticana nasce nel XV secolo, nel cuore dell’Umanesimo, di cui è una splendida manifestazione, essa è l’espressione, la realizzazione istituzionale «moderna» di una realtà ben più antica, che ha sempre accompagnato il cammino della Chiesa. Tale consapevolezza storica mi induce a sottolineare come la Biblioteca Apostolica, al pari del vicino Archivio Segreto, faccia parte integrante degli strumenti necessari allo svolgimento del Ministero petrino e come essa sia radicata nelle esigenze del governo della Chiesa. Lungi dall’essere semplicemente il frutto della diuturna accumulazione di una bibliofilia raffinata e di un collezionismo dalle molte possibilità, la Biblioteca Vaticana è un mezzo prezioso al quale il Vescovo di Roma non può e non intende rinunciare, per avere, nella considerazione dei problemi, quello sguardo capace di cogliere, in una prospettiva di lunga durata, le radici remote delle situazioni e le loro evoluzioni nel tempo.

    Luogo eminente della memoria storica della Chiesa universale, nel quale sono custoditi venerabili testimonianze della tradizione manoscritta della Bibbia, la Biblioteca Vaticana ha però un altro motivo per essere oggetto delle cure e delle preoccupazioni dei Papi. Essa conserva, fin dalle sue origini, l’inconfondibile apertura, veramente «cattolica», universale, a tutto ciò che di bello, di buono, di nobile, di degno (cfr Fil 4,8) l’umanità ha prodotto nel corso dei secoli; di qui la larghezza con la quale nel tempo ha raccolto i frutti più elevati del pensiero e della cultura umana, dall’antichità al medioevo, dall’epoca moderna al XX secolo. Nulla di quanto è veramente umano è estraneo alla Chiesa, che per questo ha sempre cercato, raccolto, conservato, con una continuità che ha pochi paragoni, gli esiti migliori degli sforzi degli uomini di elevarsi al di sopra della pura materialità verso la ricerca, consapevole o inconsapevole, della Verità. Non a caso, nel programma iconografico del Salone Sistino, la successione ordinata delle rappresentazioni dei Concili ecumenici e delle grandi biblioteche dell’antichità sulle pareti destra e sinistra, le immagini degli inventori degli alfabeti nei pilastri centrali convergono tutte verso la figura di Gesù Cristo, «celestis doctrinae auctor», alfa e omega, vero Libro della vita (cfr Fil 4,3; Ap 3,5; 13,8; 17,8; 20,15; 21,27) al quale tende e anela tutto l’umano travaglio. La Biblioteca Vaticana non è dunque una biblioteca teologica o prevalentemente di carattere religioso; fedele alle sue origini umanistiche, essa è per vocazione aperta all’umano; e così serve la cultura, intendendo con essa – come ebbe a dire il mio venerato predecessore il Servo di Dio Paolo VI il 20 giugno 1975, in occasione del quinto centenario di codesta Istituzione – «maturazione umana (...) crescita dall’interno (...) acquisizione squisitamente spirituale; cultura è elevazione delle facoltà più nobili che Dio Creatore ha dato all’uomo, per farlo uomo, per farlo più uomo, per farlo simile a sé! Cultura e mente, dunque; cultura e anima; cultura e Dio. Anche con codesta "sua" istituzione, la Chiesa ci ripropone questi essenziali e vitali binomi, che toccano l’uomo nella sua dimensione più vera, e lo inclinano, quasi per un’inversione della legge di gravità, verso l’alto, e lo sollecitano (…) all’autosuperamento secondo la mirabile traiettoria agostiniana del quaerere super se (cfr S. Augustini, Confessiones, X, 6, 9: PL 32, 783). Anche col funzionamento di codesta "sua" istituzione, la Chiesa si ripromette oggi – come cinque secoli fa – di servire tutti gli uomini, inscrivendo un tale suo ministero nel quadro più vasto di quel ministero che a lei è tanto essenziale da farla essere Chiesa: Chiesa come comunità che evangelizza e che salva» (Insegnamenti, XIII [1975], p. 655).

    Tale apertura all’umano non è rivolta solo al passato ma guarda anche al presente. Nella Biblioteca Vaticana tutti i ricercatori della verità sono sempre stati accolti con attenzione e riguardo, senza alcuna discriminazione confessionale o ideologica; ad essi è richiesta solo la buona fede di una ricerca seria, disinteressata e qualificata. In questa ricerca la Chiesa e i miei Predecessori hanno sempre voluto riconoscere e valorizzare un movente, spesso inconsapevole, religioso, perché ogni parziale verità partecipa della Somma Verità di Dio e ogni indagine approfondita, rigorosa, per accertarla è un sentiero per raggiungerla. L’amore delle lettere, la ricerca storica e filologica, si intrecciano così al desiderio di Dio, come ebbi modo di ricordare il 12 settembre 2008 a Parigi, incontrando il mondo della cultura al Collège des Bernardins e rievocando la grande esperienza del monachesimo occidentale. L’obiettivo dei monaci era e rimane quello di «quaerere Deum, cercare Dio. (…) La ricerca di Dio richiede per intrinseca esigenza una cultura della parola. (...) Il desiderio di Dio, le désir de Dieu, include l’amour des lettres, l’amore per la parola, il penetrare in tutte le sue dimensioni. Poiché nella Parola biblica Dio è in cammino verso di noi e noi verso di Lui, bisogna imparare a penetrare nel segreto della lingua, a comprenderla nella sua struttura e nel suo modo di esprimersi. Così, proprio a causa della ricerca di Dio, diventano importanti le scienze profane che ci indicano le vie verso la lingua. Poiché la ricerca di Dio esigeva la cultura della parola, fa parte del monastero la biblioteca che indica le vie verso la parola. Per lo stesso motivo ne fa parte anche la scuola, nella quale le vie vengono aperte concretamente. (…) Il monastero serve alla eruditio, alla formazione e all’erudizione dell’uomo – una formazione con l’obiettivo ultimo che l’uomo impari a servire Dio» (Insegnamenti, IV, 2 [2008], p. 272).

    La Biblioteca Vaticana è dunque il luogo in cui le più alte parole umane vengono raccolte e conservate, specchio e riflesso della Parola, del Verbo che illumina ogni uomo (Gv 1,9). Mi piace concludere richiamando le parole che il Servo di Dio Paolo VI pronunciò nella sua prima visita alla Biblioteca Vaticana, l’8 giugno 1964, quando ricordò le «virtù ascetiche» che l’attività nella Biblioteca Vaticana impegna ed esige, immersa nella pluralità delle lingue, delle scritture e delle parole, ma guardando sempre alla Parola, attraverso il provvisorio cercando continuamente il definitivo. Di questa austera e al tempo stesso gioiosa ascesi della ricerca, nel servizio agli studi propri e altrui, la Biblioteca Vaticana nel corso della sua storia ha offerto innumerevoli esempi, da Guglielmo Sirleto a Franz Ehrle, da Giovanni Mercati a Eugène Tisserant. Possa essa continuare a camminare lungo la strada tracciata da queste luminose figure!

    Con i migliori auspici, e con sentita riconoscenza, imparto a Lei, Venerato Fratello, al Prefetto della Biblioteca Vaticana, Mons. Cesare Pasini, a tutti i collaboratori e ricercatori la mia Apostolica Benedizione.

    Dal Vaticano, 9 novembre 2010

    BENEDICTUS PP. XVI



















    MESSAGGIO DEL SANTO PADRE AL PRESIDENTE DELLA REPUBBLICA DI COREA IN OCCASIONE DEL G20

    Pubblichiamo di seguito il Messaggio che il Santo Padre Benedetto XVI ha inviato al Presidente della Repubblica di Corea, S.E. il Sig. Lee Myung-bak, in occasione dei lavori del G20, in programma da oggi a Seoul:


    MESSAGGIO DEL SANTO PADRE

    To His Excellency

    Mr. Lee Myung-bak

    President of the Republic of Korea

    Mr. President,

    The meeting about to take place in Seoul of Heads of States and Government of the world's twenty-two leading economies together with the Secretary-General of the United Nations Organization, the Presidency of the European Union and some regional Organizations, as well as the leaders of various specialized Agencies, is not only of global importance but also clearly expresses the significance and responsibility which Asia has acquired on the international scene at the beginning of the 21

    st century. The Korean Presidency of the Summit is a recognition of the significant level of economic development attained by your country, which is the first among those not belonging to the G8 to host the G20 and guide its decision in the world alter the crisis. The Summit seeks solutions to quite complex questions, on which the future of upcoming generations depends and which therefore require the cooperation of the entire international community, based on the acknowledgement – which is shared and agreed by all peoples – of the primary and central value of human dignity, the final objective of the choices themselves.

    The Catholic Church, in accordance with her specific nature, regards herself as involved and shares the concerns of the leaders who will take part in the Seoul Summit. I therefore encourage you to tackle the numerous serious problems facing you – and which, in a sense, face every human person today – bearing in mind the deeper reasons for the economic and financial crisis and giving due consideration to the consequences of the measures adopted to overcome the crisis itself, and to seek lasting, sustainable and just solutions. In doing so, it is my hope that there will be a keen awareness that the solutions adopted, as such, will work only if, in the final analysis, they are aimed at reaching the same goal: the authentic and integral development of man.

    The world's attention focuses on you and it expects that appropriate solutions will be adopted to overcome the crisis, with common agreements which will not favor some countries at the expense of others. History, furthermore, reminds us that, no matter how difficult it is to reconcile the different socio-cultural, economic and political identities coexisting today, these solutions, to be effective, must be applied through combined action which, above all, respects the nature of man. It is decisive for the very future of humanity to show the world and history that today, thanks also to this crisis, man has matured to the point of being able to recognize that civilizations and cultures, like economic, social and political systems, can and must converge in a shared vision of human dignity, which respects the laws and requirements placed in it by God the Creator. The G20 will respond to the expectations placed in it and grant real success to future generations, if taking into consideration the various and sometimes contrasting problems afflicting the peoples of the earth, it is able to set out the characteristics of the universal common good and demonstrate its willingness to cooperate in order to attain it.

    With these sentiments I invoke God's blessings on all taking part in the Seoul Summit and I avail myself of the occasion to renew to Your Excellency the assurance of my highest consideration.

    From the Vatican, 8 November 2010

    BENEDICTUS PP. XVI

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    00 12/11/2010 00:54
    Esortazione apostolica postsinodale di Benedetto XVI “Verbum Domini”


    CITTA' DEL VATICANO, giovedì, 11 novembre 2010 (ZENIT.org).- Pubblichiamo di seguito l’Esortazione apostolica postsinodale di Benedetto XVI Verbum Domini, che raccoglie le riflessioni e le proposte emerse dalla XII Assemblea Generale Ordinaria del Sinodo dei Vescovi svoltasi in Vaticano dal 5 al 26 ottobre del 2008 sul tema: La Parola di Dio nella vita e nella missione della Chiesa.


    www.zenit.org/article-24510?l=italian




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    00 12/11/2010 15:19
    LE UDIENZE


    Il Santo Padre Benedetto XVI riceve questo pomeriggio in Udienza:

    Em.mo Card. William Joseph Levada, Prefetto della Congregazione per la Dottrina della Fede.









    RINUNCE E NOMINE



    NOMINA DELL’ARCIVESCOVO DI SEMARANG (INDONESIA)

    Il Santo Padre Benedetto XVI ha nominato Arcivescovo di Semarang (Indonesia) S.E. Mons. Johannes Maria Trilaksyanta Pujasumarta, finora Vescovo di Bandung.

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    LE UDIENZE


    Il Santo Padre Benedetto XVI ha ricevuto questa mattina in Udienza:

    Ecc.mi Presuli della Conferenza Episcopale del Brasile (Regione CENTRO OESTE), in Visita "ad Limina Apostolorum":

    S.E. Mons. Washington Cruz, C.P., Arcivescovo di Goiânia

    con il Vescovo Ausiliare:

    S.E. Mons. Waldemar Passini Dalbello, Vescovo tit. di Membressa;

    S.E. Mons. João Wilk, O.F.M. Conv., Vescovo di Anápolis;

    S.E. Mons. Eugène Lambert Adrian Rixen, Vescovo di Goiás;

    S.E. Mons Guilherme Antônio Werlang, M.S.F., Vescovo di Ipameri;

    S.E. Mons José Luiz Majella Delgado, C.SS.R., Vescovo di Jataí

    con il Vescovo emerito:

    S.E. Mons. Aloísio Hilário de Pinho;

    S.E. Mons. Adair José Guimarães, Vescovo di Rubiataba-Mozarlândia;

    S.E. Mons. Osvino José Both, Arcivescovo Ordinario Militare;

    S.E. Mons. Carmelo Scampa, Vescovo di São Luis de Montes Belos.

    Il Papa riceve questa mattina in Udienza:

    il Signor Francisco Argüello, Fondatore del Cammino Neocatecumenale, e Seguito;

    Partecipanti alla Plenaria del Pontificio Consiglio della Cultura.

    Il Santo Padre riceve questo pomeriggio in Udienza:

    Em.mo Card. Marc Ouellet, P.S.S., Prefetto della Congregazione per i Vescovi;

    Em.mo Card. Ivan Dias, Prefetto della Congregazione per l’Evangelizzazione dei Popoli.














    RINUNCE E NOMINE





    RINUNCIA DELL’ARCIVESCOVO METROPOLITA DI BOBO-DIOULASSO (BURKINA FASO) E NOMINA DEL SUCCESSORE

    Il Santo Padre Benedetto XVI ha accettato la rinuncia al governo pastorale dell’arcidiocesi di Bobo-Dioulasso (Burkina Faso), presentata da S.E. Mons. Anselme Titianma Sanon, in conformità al can. 401 § 2 del Codice di Diritto Canonico.

    Il Papa ha nominato Arcivescovo Metropolita di Bobo-Dioulasso (Burkina Faso) S.E. Mons. Paul Yembuado Ouédraogo, finora Vescovo di Fada N’Gourma.



    RINUNCIA DEL VESCOVO DI FACATATIVÁ (COLOMBIA) E NOMINA DEL SUCCESSORE

    Il Santo Padre ha accettato la rinuncia al governo pastorale della diocesi di Facatativá (Colombia), presentata da S.E. Mons. Luis Gabriel Romero Franco, in conformità al can. 401 § 1 del Codice di Diritto Canonico.

    Il Papa ha nominato Vescovo di Facatativá (Colombia) S.E. Mons. Luis Antonio Nova Rocha, finora Vescovo titolare di Equizeto ed Ausiliare dell’arcidiocesi di Barranquilla (Colombia).

    S.E. Mons. Luis Antonio Nova Rocha

    S.E. Mons. Luis Antonio Nova Rocha è nato a Subachoque, diocesi di Facatativá, il 30 luglio 1943. Ha seguito gli studi liceali nel Collegio-Seminario dell'arcidiocesi di Tunja; ha frequentato i corsi di filosofia nel Seminario Maggiore di Tunja e in quello dell'arcidiocesi di Medellín e quelli teologici nel Collegio Aloisiano e nella Pontificia Università Javeriana di Bogotá. Ha ottenuto la Licenza in Teologia Morale presso l'Accademia Alfonsiana di Roma.

    Ha ricevuto l'ordinazione sacerdotale da Papa Paolo VI il 22 agosto 1968, durante il 39° Congresso Eucaristico internazionale, per il clero della diocesi di Facatativá.

    È stato vice-parroco a Nocaima, Parroco a La Vega ed a Madrid, Vicario Episcopale per l'Amministrazione, Economo diocesano e Professore e Rettore del Seminario Maggiore di Facatativá.

    Il 15 febbraio 2002 è stato nominato Vescovo titolare di Equizeto ed Ausiliare di Barranquilla. Ha ricevuto l'ordinazione episcopale il 9 marzo successivo.



    NOMINA DELL’ARCIVESCOVO METROPOLITA DI BARRANQUILLA (COLOMBIA)

    Il Santo Padre ha nominato Arcivescovo Metropolita di Barranquilla (Colombia) S.E. Mons. Jairo Jaramillo Monsalve, finora Vescovo di Santa Rosa de Osos (Colombia).

    S.E. Mons. Jairo Jaramillo Monsalve

    S.E. Mons. Jairo Jaramillo Monsalve è nato a Rionegro (Antioquia) il 2 dicembre 1940. Ha compiuto gli studi ecclesiastici di filosofia nel Seminario Maggiore di Medellín e quelli di teologia nella Pontificia Università Javeriana di Bogotá.

    È stato ordinato sacerdote il 26 luglio 1966 per il clero della diocesi di Sonsón – Rionegro. È stato Vicario Parrocchiale, Parroco, Assistente e Coordinatore diocesano per la Pastorale giovanile ed operaia e Vicario Generale della diocesi.

    Il 16 luglio 1988 è stato nominato Vescovo di Riohacha ed ha ricevuto la consacrazione episcopale il 9 settembre dello stesso anno.

    Il 10 giugno 1995 è stato nominato Vescovo di Santa Rosa de Osos.



    NOMINA DEL NUNZIO APOSTOLICO IN NEPAL

    Il Papa ha nominato Nunzio Apostolico in Nepal S.E. Mons. Salvatore Pennacchio, Arcivescovo titolare di Montemarano, Nunzio Apostolico in India.



    NOMINA DI MEMBRO DELLA CONGREGAZIONE DELLE CAUSE DEI SANTI

    Il Santo Padre ha nominato Membro della Congregazione delle Cause dei Santi l’Em.mo Card. Antonio Cañizares Llovera, Prefetto della Congregazione per il Culto Divino e la Disciplina dei Sacramenti.












    UDIENZA AI PARTECIPANTI ALLA PLENARIA DEL PONTIFICIO CONSIGLIO DELLA CULTURA


    Alle ore 12.15 di questa mattina, nella Sala Clementina del Palazzo Apostolico Vaticano, il Santo Padre Benedetto XVI riceve in Udienza i partecipanti all’Assemblea Plenaria del Pontificio Consiglio della Cultura sul tema: "Cultura della comunicazione e nuovi linguaggi".

    Pubblichiamo di seguito il discorso che il Papa rivolge ai presenti:


    DISCORSO DEL SANTO PADRE

    Signori Cardinali,

    Venerati Fratelli nell’episcopato e nel sacerdozio,

    Cari fratelli e sorelle!

    Sono lieto di incontrarvi al termine dell’Assemblea Plenaria del Pontificio Consiglio della Cultura, nel corso della quale avete approfondito il tema: "Cultura della comunicazione e nuovi linguaggi". Ringrazio il Presidente, Mons. Gianfranco Ravasi, per le belle parole, e saluto tutti i partecipanti, grato per il contributo offerto allo studio di tale tematica, assai rilevante per la missione della Chiesa. Parlare di comunicazione e di linguaggio significa, infatti, non solo toccare uno dei nodi cruciali del nostro mondo e delle sue culture, ma, per noi credenti, significa avvicinarsi al mistero stesso di Dio che, nella sua bontà e sapienza, ha voluto rivelarsi e manifestare la sua volontà agli uomini (Concilio Vaticano II, Cost. dogm. Dei Verbum, 2). In Cristo, infatti, Dio si è rivelato a noi come Logos, che si comunica e ci interpella, allacciando la relazione che fonda la nostra identità e dignità di persone umane, amate come figli dall’unico Padre (cfr Es. ap. postsinodale Verbum Domini, 6.22.23). Comunicazione e linguaggio sono anche dimensioni essenziali della cultura umana, costituita da informazioni e nozioni, da credenze e stili di vita, ma anche da regole, senza le quali difficilmente le persone potrebbero progredire nell’umanità e nella socialità. Ho apprezzato l’originale scelta di inaugurare la Plenaria nella Sala della Protomoteca al Campidoglio, cuore civile e istituzionale di Roma, con una tavola-rotonda sul tema: "Nella Città in ascolto dei linguaggi dell’anima". In tale modo, il Dicastero ha inteso esprimere uno dei suoi compiti essenziali: mettersi in ascolto degli uomini e delle donne del nostro tempo, per promuovere nuove occasioni di annuncio del Vangelo. Ascoltando, dunque, le voci del mondo globalizzato, ci accorgiamo che è in atto una profonda trasformazione culturale, con nuovi linguaggi e nuove forme di comunicazione, che favoriscono anche nuovi e problematici modelli antropologici.

    In questo contesto, i Pastori e i fedeli avvertono con preoccupazione alcune difficoltà nella comunicazione del messaggio evangelico e nella trasmissione della fede, all’interno della stessa comunità ecclesiale. Come ho scritto nell’Esortazione apostolica postsinodale Verbum Domini: "tanti cristiani hanno bisogno che sia loro riannunciata in modo persuasivo la Parola di Dio, così da poter sperimentare concretamente la forza del Vangelo" (n. 96). I problemi sembrano talora aumentare quando la Chiesa si rivolge agli uomini e alle donne lontani o indifferenti ad una esperienza di fede, ai quali il messaggio evangelico giunge in maniera poco efficace e coinvolgente. In un mondo che fa della comunicazione la strategia vincente, la Chiesa, depositaria della missione di comunicare a tutte le genti il Vangelo di salvezza, non rimane indifferente ed estranea; cerca, al contrario, di avvalersi con rinnovato impegno creativo, ma anche con senso critico e attento discernimento, dei nuovi linguaggi e delle nuove modalità comunicative.

    L’incapacità del linguaggio di comunicare il senso profondo e la bellezza dell’esperienza di fede può contribuire all’indifferenza di tanti, soprattutto giovani; può diventare motivo di allontanamento, come affermava già la Costituzione Gaudium et spes, rilevando che una presentazione inadeguata del messaggio nasconde più che manifestare il genuino volto di Dio e della religione (cfr n. 19). La Chiesa vuole dialogare con tutti, nella ricerca della verità; ma perché il dialogo e la comunicazione siano efficaci e fecondi è necessario sintonizzarsi su una medesima frequenza, in ambiti di incontro amichevole e sincero, in quell’ideale "Cortile dei Gentili" che ho proposto parlando alla Curia Romana un anno fa e che il Dicastero sta realizzando in diversi luoghi emblematici della cultura europea. Oggi non pochi giovani, storditi dalle infinite possibilità offerte dalle reti informatiche o da altre tecnologie, stabiliscono forme di comunicazione che non contribuiscono alla crescita in umanità, ma rischiano anzi di aumentare il senso di solitudine e di spaesamento. Dinanzi a tali fenomeni, ho parlato più volte di emergenza educativa, una sfida a cui si può e si deve rispondere con intelligenza creativa, impegnandosi a promuovere una comunicazione umanizzante, che stimoli il senso critico e la capacità di valutazione e di discernimento.

    Anche nell’odierna cultura tecnologica, è il paradigma permanente dell’inculturazione del Vangelo a fare da guida, purificando, sanando ed elevando gli elementi migliori dei nuovi linguaggi e delle nuove forme di comunicazione. Per questo compito, difficile e affascinante, la Chiesa può attingere allo straordinario patrimonio di simboli, immagini, riti e gesti della sua tradizione. In particolare il ricco e denso simbolismo della liturgia deve splendere in tutta la sua forza come elemento comunicativo, fino a toccare profondamente la coscienza umana, il cuore e l’intelletto. La tradizione cristiana, poi, ha sempre strettamente collegato alla liturgia il linguaggio dell’arte, la cui bellezza ha una sua particolare forza comunicativa. Lo abbiamo sperimentato anche domenica scorsa, a Barcellona, nella Basilica della Sagrada Familia, opera di Antoni Gaudí, che ha coniugato genialmente il senso del sacro e della liturgia con forme artistiche tanto moderne quanto in sintonia con le migliori tradizioni architettoniche. Tuttavia, più incisiva ancora dell’arte e dell’immagine nella comunicazione del messaggio evangelico è la bellezza della vita cristiana. Alla fine, solo l’amore è degno di fede e risulta credibile. La vita dei santi, dei martiri, mostra una singolare bellezza che affascina e attira, perché una vita cristiana vissuta in pienezza parla senza parole. Abbiamo bisogno di uomini e donne che parlino con la loro vita, che sappiano comunicare il Vangelo, con chiarezza e coraggio, con la trasparenza delle azioni, con la passione gioiosa della carità.

    Dopo essere stato pellegrino a Santiago de Compostela ed aver ammirato in migliaia di persone, soprattutto giovani, la forza coinvolgente della testimonianza, la gioia di mettersi in cammino verso la verità e la bellezza, auspico che tanti nostri contemporanei possano dire, riascoltando la voce del Signore, come i discepoli di Emmaus: "Non ardeva forse in noi il nostro cuore mentre egli conversava con noi lungo la via?" (Lc 24,32). Cari amici, vi ringrazio per quanto quotidianamente fate con competenza e dedizione e, mentre vi affido alla materna protezione di Maria Santissima, di cuore imparto a tutti la Benedizione Apostolica.

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    00 14/11/2010 15:10
    LE PAROLE DEL PAPA ALLA RECITA DELL’ANGELUS



    Alle ore 12 di oggi il Santo Padre Benedetto XVI si affaccia alla finestra del suo studio nel Palazzo Apostolico Vaticano per recitare l’Angelus con i fedeli ed i pellegrini convenuti in Piazza San Pietro.

    Queste le parole del Papa nell’introdurre la preghiera mariana:


    PRIMA DELL’ANGELUS PRIMA DELL’ANGELUS

    Cari fratelli e sorelle!

    Nella seconda Lettura della Liturgia odierna, l’apostolo Paolo sottolinea l’importanza del lavoro per la vita dell’uomo. Tale aspetto è anche richiamato dalla "Giornata del Ringraziamento", che si celebra tradizionalmente in Italia in questa seconda domenica di novembre come azione di grazie a Dio al termine della stagione dei raccolti. Anche se in altre aree geografiche i tempi delle coltivazioni sono naturalmente diversi, vorrei oggi prendere lo spunto dalle parole di san Paolo per qualche riflessione, in particolare sul lavoro agricolo.

    La crisi economica in atto, di cui si è trattato anche in questi giorni nella riunione del cosiddetto G20, va presa in tutta la sua serietà: essa ha numerose cause e manda un forte richiamo ad una revisione profonda del modello di sviluppo economico globale (cfr Enc. Caritas in veritate, 21). E’ un sintomo acuto che si è aggiunto ad altri ben più gravi e già ben conosciuti, quali il perdurare dello squilibrio tra ricchezza e povertà, lo scandalo della fame, l’emergenza ecologica e, ormai anch’esso generale, il problema della disoccupazione. In questo quadro, appare decisivo un rilancio strategico dell’agricoltura. Infatti, il processo di industrializzazione talvolta ha messo in ombra il settore agricolo, che, pur traendo a sua volta beneficio dalle conoscenze e dalle tecniche moderne, ha comunque perso di importanza, con notevoli conseguenze anche sul piano culturale. Mi pare il momento per un richiamo a rivalutare l’agricoltura non in senso nostalgico, ma come risorsa indispensabile per il futuro.

    Nell’attuale situazione economica, la tentazione per le economie più dinamiche è quella di rincorrere alleanze vantaggiose che, tuttavia, possono risultare gravose per altri Stati più poveri, prolungando situazioni di povertà estrema di masse di uomini e donne e prosciugando le risorse naturali della Terra, affidata da Dio Creatore all’uomo – come dice la Genesi – affinché la coltivi e la custodisca (cfr 2,15). Inoltre, malgrado la crisi, consta ancora che in Paesi di antica industrializzazione si incentivino stili di vita improntati ad un consumo insostenibile, che risultano anche dannosi per l’ambiente e per i poveri. Occorre puntare, allora, in modo veramente concertato, su un nuovo equilibro tra agricoltura, industria e servizi, perché lo sviluppo sia sostenibile, a nessuno manchino il pane e il lavoro, e l’aria, l’acqua e le altre risorse primarie siano preservate come beni universali (cfr Enc. Caritas in veritate, 27). E’ fondamentale per questo coltivare e diffondere una chiara consapevolezza etica, all’altezza delle sfide più complesse del tempo presente; educarsi tutti ad un consumo più saggio e responsabile; promuovere la responsabilità personale insieme con la dimensione sociale delle attività rurali, fondate su valori perenni, quali l’accoglienza, la solidarietà, la condivisione della fatica nel lavoro. Non pochi giovani hanno già scelto questa strada; anche diversi laureati tornano a dedicarsi all’impresa agricola, sentendo di rispondere così non solo ad un bisogno personale e familiare, ma anche ad un segno dei tempi, ad una sensibilità concreta per il bene comune.

    Preghiamo la Vergine Maria, perché queste riflessioni possano servire da stimolo alla comunità internazionale, mentre eleviamo a Dio il nostro ringraziamento per i frutti della terra e del lavoro dell’uomo.



    DOPO L’ANGELUS DOPO L’ANGELUS

    In questo momento, desidero rinnovare la mia vicinanza alle care popolazioni di Haiti, che, a causa del terribile terremoto del gennaio scorso, soffrono ora per una grave epidemia di colera. Incoraggio tutti coloro che si stanno prodigando per questa nuova emergenza e, mentre assicuro il mio particolare ricordo nella preghiera, faccio appello alla Comunità internazionale, affinché aiuti generosamente quelle popolazioni.

    Sabato 27 novembre prossimo, nella Basilica di San Pietro, presiederò i Primi Vespri della Prima Domenica di Avvento e una veglia di preghiera per la vita nascente. L’iniziativa è in comune con le Chiese particolari di tutto il mondo e ne ho raccomandato lo svolgimento anche in parrocchie, comunità religiose, associazioni e movimenti. Il tempo di preparazione al Santo Natale è un momento propizio per invocare la protezione divina su ogni essere umano chiamato all’esistenza, anche come ringraziamento a Dio per il dono della vita ricevuto dai nostri genitori.

    Je salue avec joie les pèlerins francophones ! Au cours de mon récent pèlerinage à Saint-Jacques-de-Compostelle, j’ai rappelé qu’un témoignage clair et courageux de l’Évangile doit être offert à nos contemporains. Pour répondre à tant d’interrogations posées par ceux qui cherchent la vérité, les chrétiens désirent partager leur bien le plus précieux : la Bonne Nouvelle du Christ qui sauve. L’espérance apportée par le Fils de Dieu peut soulager les personnes affligées par des détresses et des angoisses. A l’exemple de la Vierge Marie, puissions-nous rester toujours fermes dans notre foi ! Bon dimanche à tous !

    I offer a warm welcome to the English-speaking visitors gathered for this Angelus prayer, particularly the parish groups from California in the United States. Today’s Gospel reminds us that our lives and all history will be judged in the light of God’s truth. In these final days of the Church’s liturgical year, let us pray for the grace to remain always faithful to the Lord, as we look forward to Christ’s coming in glory and the fulfilment of his promises. Upon you and your families I invoke God’s gifts of wisdom, strength and peace!

    Mit Freude grüße ich die deutschsprachigen Pilger und Besucher hier auf dem Petersplatz. In den Lesungen der Liturgie in diesen letzten Wochen des Kirchenjahrs hören wir von Bedrängnissen, die auf die Menschheit zukommen. Doch hierin liegt für uns auch eine Chance. „Dann werdet ihr Zeugnis ablegen können", sagt Jesus im heutigen Evangelium zu den Jüngern. Lassen wir uns von der göttlichen Weisheit leiten, damit wir die Zeichen der Zeit erkennen und dementsprechend Gutes wirken. Euch und euren Familien wünsche ich einen gesegneten Sonntag.

    Saludo con afecto a los peregrinos de lengua española que participan en esta oración mariana, en particular a los grupos de las Parroquia de las Santas Juliana y Semproniana, de Barcelona; y de Santa María de las Virtudes, de Villa Martín, de Cádiz. En el evangelio proclamado este domingo, hay una invitación a la perseverancia cristiana. Os invito hermanos a acoger con un corazón bien dispuesto el misterio salvador de Cristo, Señor de la historia, que nos une íntimamente a su obra redentora, y nos impulsa a un trabajo generoso y constante en favor de todos los hombres. Feliz domingo.

    Od srca pozdravljam hrvatske hodočasnike, osobito iz Novigrada! Molite za vaše obitelji i čuvajte vjeru okupljajući se oko oltara Gospodnjega. Hvaljen Isus i Marija!

    [Di cuore saluto i pellegrini Croati, in modo particolare quelli provenienti da Novigrad. Pregate per le vostre famiglie e custodite la fede radunandovi attorno all’altare del Signore. Siano lodati Gesù e Maria!]

    Serdecznie pozdrawiam wszystkich Polaków. Wiem, że z inicjatywy Stowarzyszenia Pomoc Kościołowi w Potrzebie, Kościół w Polsce modli się dzisiaj za wszystkich braci i siostry, którzy znoszą cierpienia z powodu wierności Ewangelii. Wy, którzy w przeszłości cierpieliście za wierność Chrystusowi i Kościołowi jesteście szczególnie wrażliwi wobec tych, którzy dzisiaj są poddawani podobnej próbie. Módlmy się do Boga o wolność głoszenia w świecie ewangelicznego orędzia.

    [Saluto cordialmente tutti i Polacchi. So che per iniziativa dell’Associazione "Aiuto alla Chiesa che Soffre", la Chiesa in Polonia prega oggi per tutti i fratelli e le sorelle che soffrono a causa del Vangelo. Voi che in passato avete sofferto per essere fedeli a Cristo e alla Chiesa, avete una particolare sensibilità verso coloro che anche oggi sono nella prova. Innalziamo a Dio la nostra preghiera per la libertà di annunciare nel mondo il messaggio evangelico.]

    Saluto infine con affetto i pellegrini di lingua italiana, in particolare le numerose Confraternite, che hanno appena partecipato alla Santa Messa presieduta per loro dal Cardinale Bertone. Cari amici, vi ringrazio ed auguro ogni bene per il vostro impegno spirituale e sociale. Saluto la Scuola "Virginia Centurione Bracelli", di Roma, che festeggia 40 anni di attività educativa; l’Associazione Italiana Maestri Cattolici, a cui rivolgo uno speciale incoraggiamento; i Gruppi di Preghiera di Padre Pio da Rimini, i fedeli di Canavaccio di Urbino, Pizzo Calabro, Foggia, San Ferdinando di Puglia e Palermo, e anche quelli venuti da Toronto – Canada. Saluto anche gli iracheni qui presenti e invoco il dono della pace per il loro Paese. A tutti auguro una buona domenica.

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